Mostrar mensagens com a etiqueta teatro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta teatro. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 9 de julho de 2015

TRÊS IRMÃS (MAKING OF)

O Teatrão volta a encontrar-se com Marco Antonio Rodrigues. A nova produção própria do Teatrão retoma a portugalidade deste século, explorando-a nas relações público-privadas e privado-públicas entre cidadãos e Estado. Três Irmãs (Making Of) não é um álbum de instantâneos nem de memórias: é um documentário.
A construção dramatúrgica, orientada por Marco Antonio Rodrigues, parte do texto de Tchekhov para espreitar o tempo presente em Portugal, a ação do passado e a possibilidade de futuro. Antes de mais, para perceber onde estamos enquanto sociedade – e para onde queremos ir.
 E estas são questões recorrentes (mas sempre novas) na criação artística do Teatrão. A exemplo, “Conta-me como é”, que estreou durante as comemorações do 25 de Abril, em 2014. Esteve em cena e em digressão, a mais recente no Brasil, levando um retrato de Portugal Contemporâneo em peças curtas, escritas por dramaturgos premiados. Agora vamos além do retrato. Para isso, em duas temporadas, as Irmãs procuram a casa portuguesa em itinerância pelas casas-públicas da cidade e, depois, em Setembro, numa proposta de sala.


quarta (dias 1, 8, 15, 22 e 29 de Julho), às 19h30 na Casa Municipal da Cultura;
quinta (dias 2, 9, 16, 23, 30 de Julho), às 19h no Museu do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha;
sexta (dias 3, 10, 17, 24 e 31 de Julho), às 21h30 no Núcleo de Coimbra da Liga dos Combatentes;
sábado (dias 4, 11, 18, 25 e dia 1 de Agosto), às 19h30 no Jardim da Oficina Municipal do Teatro;

segunda-feira, 30 de março de 2015

TERRENOS BALDIOS


Este é o espaço simultaneamente ocupado e a ocupar. É o terreno onde tudo (ou nada) pode acontecer. Um baldio onde podem nascer flores, ervas-daninhas, ou um monte de lixo e entulho. Este terreno baldio, performático, é uma chamada para um encontro que vai depender do dia, da hora, da minha disposição e da sua. É uma troca de tempo por experiências. Onde tudo, ou nada, pode acontecer.

Terrenos Baldios // Teatro // Novas 

LABORATÓRIO // contribuição do público para o espetáculo
de 14 a 18 de abril
terça a sexta às 21h30
sábado às 17h e às 21h30

quarta-feira, 25 de março de 2015

Um dia cheio de teatro!

Eis-nos chegados ao 27 de março - Dia Mundial do Teatro. Para este dia, O Teatrão tem programadas não uma, não duas, mas três apresentações teatrais em outros tantos locais!

O CONTRABAIXO ©Carlos Gomes
Em Góis, na sua Casa da Cultura, está o À Direita de Deus Pai, uma coprodução da Trincheira Teatro com O Teatrão. No Seixal, é António Fonseca que sobe ao palco com O Contrabaixo, encenado por Antonio Mercado. E em Coimbra, na nossa casa, há o ensaio aberto da nova produção d'O Teatrão - Terrenos Baldios, um espetáculo com muitos tempos mas situado no presente. Estes terrenos, performáticos, convidam para uma troca de tempo por experiências, que ficam também à responsabilidade do espectador/participante. Este ensaio aberto permite espreitar o processo de criação da nova criação d'O Teatrão, encenada por Joana Mattei em parceria artística com Marco Antonio Rodrigues. 

"Terrenos Baldios" | Sala Grande | 27 março | sexta | 21:30h | Entrada livre sujeita a reserva

"O Contrabaixo" | Auditório Municipal do Fórum Cultural | 27 março | sexta | 21:30h 

"À Direita de Deus Pai" | Coprodução Trincheira Teatro e O Teatrão, no âmbito da incubadora artística PT2 | 27 março | sexta | 21:30h 

TERRENOS BALDIOS ©Carlos Gomes

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Há mais TEMPO PARA TUDO!

Porque foi bom sair de casa e da escola, brincar com a neve, com o sol e com o vento, o espectáculo HÁ TEMPO PARA TUDO, que O Teatrão estreou em novembro, esgotou todas as sessões para escolas. Porque continua a ser bom brincar com as estações e com as mudanças de ciclo, e muito bom ir ao teatro, informamos que há novas datas para o mês de janeiro. Esta nova temporada vai estar em cena entre os dias 7 e 17 de Janeiro, com sessões para grupos escolares (de segunda a sexta) e para o público em geral (ao sábado).

HÁ TEMPO PARA TUDO (Teatro)
Coprodução O Teatrão e Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
Sala de Ensaios | 10 e 17 janeiro | sábado | 17h | M3
Preços: €10 (Normal e Pais e Filhos) | Espetáculo + ateliê "Ao Sabor do Tempo": €15 (Pais e Filhos)




































segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Um Tempo de Todos

Às vezes o tempo prega-nos (boas) partidas e junta os que procuram e gostam de se encontrar. HÁ TEMPO PARA TUDO, a 69ª produção d’O Teatrão, assume-se, por isso, como um espetáculo de especial importância. Desde logo, por ser a primeira produção que a Companhia dirige aos que começam agora a tomar consciência dos mistérios do mundo, ou seja, os meninos e as meninas que têm entre três e seis anos (e suas famílias!). E é também um espetáculo que alia algumas das mais importantes instituições de Coimbra e que têm aqui oportunidade de aprofundar a sua relação. Sendo uma coprodução com o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, HÁ TEMPO PARA TUDO tem ainda a particularidade de contar, na sua criação, com o valioso contributo dos alunos e professores do Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Coimbra e do Curso de Teatro do Colégio de S. Teotónio. 

HÁ TEMPO PARA TUDO não começa nem acaba, acontece. Porque o mesmo se passa na vida. Acontece... Depende do tempo que estiver na altura! Acontece como um ciclo, que pode ser em qualquer lugar da natureza mãe, onde uma árvore ao perder as suas folhas se transforma numa girafa ou onde uma flor desabrocha e se divide em quatro. Este espetáculo acontece no momento em que se nasce e morre ao mesmo tempo que se funde com outra vida. É um espetáculo sobre estações do ano e aquilo que elas nos provocam. É sobre a Mãe dessas quatro estações. É sobre o tempo das coisas. É sobre as voltas que o tempo dá. É sobre a memória das sensações das coisas. É sobre o tempo de brincar e sobre o tempo que faz quando se brinca.

Ao longo da temporada, em algumas das muitas sessões que O Teatrão organiza durante a semana e ao sábado, o público terá o prazer de assistir ao espetáculo com música tocada ao vivo por alunos do Curso de Jazz do Conservatório. Além disso, haverá, aos sábados, o ateliê “Ao Sabor do Tempo”, para Pais e Filhos também poderem brincar com a passagem do tempo e das Estações do Ano. 

HÁ TEMPO PARA TUDO (Teatro)
Coprodução O Teatrão e Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
Direção: Cláudia Carvalho e Jonathan Azevedo
Sala de Ensaios | 27 NOV a 23 DEZ | segunda a sexta | 10h, 11h30, 14h e 15h30 (sessões para escolas) | sábado | 11h e 17h (sessões para público geral) | M3

Preços: €10 (Normal e Pais e Filhos), €5 (Estudante e Sénior), €4 (grupos com mais de 10 pessoas) | Espetáculo + ateliê "Ao Sabor do Tempo": €15 (Pais e Filhos) 



FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Direção: Cláudia Carvalho e Jonathan de Azevedo
A partir de uma ideia original de: Isabel Craveiro
Elenco: Ana Bárbara Queirós, Inês Mourão, João Santos, Margarida Sousa (Atores d'O Teatrão); Ana Margarida Cruz, Bruno Alves, Cristiana Calvário, Daniel Neves, Joana Isabela, Luana Figueiredo, Mariana Antunes e Melanie Cunha (alunos estagiários do Curso Profissional de Artes do Espetáculo do Colégio de S. Teotónio)
Músicos: Diogo Alexandre, Joni Axel, Pedro Jerónimo e Tiago Baptista (alunos do Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra)
Colaboração na criação do espetáculo: Inês Silva, Mitchell Andrade, Sara Tavares e Vera Martins (alunos estagiários do Curso Profissional de Artes do Espetáculo do Colégio de S. Teotónio)
Desenho de Luz e Vídeo: Alexandre Mestre
Apoio ao movimento: Ana Madureira
Cenário e Figurinos: Filipa Malva
Direção Musical: Rui Lúcio
Grafismo: Unit.Lab, por Francisco Pires e Marisa Leiria
Cabeleireiro: Carlos Gago (Ilídio Design)
Fotografia: Carlos Gomes
Construção de Cenário: José Baltazar
Costureira: Fernanda Tomás
Direção de Produção: Cátia Oliveira
Produção Executiva: Nuno Carvalho
Direção Técnica: João Castro Gomes
Equipa Técnica: Alexandre Mestre, João Castro Gomes e Rui Capitão
Equipa Jardim Botânico: Aurora Moreira, Catarina Schreck Reis, Liliana Gonçalves e Paulo Trincão
Coprodução: O Teatrão e Jardim Botânico da Universidade de Coimbra 2014

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Das palavras aos atos

SANGUE NA GUELRA começa com o escritor e dramaturgo Fernando Giestas a ler uma inscrição numa igreja francesa (“os muros da separação não chegam ao céu”). Inspirado por essas palavras, Giestas escreve, em 2011, um texto que se tornou a base dramatúrgica com que os atores Rafaela Santos e Graeme Pulleyn trabalharam, sob o olhar e a sabedoria de um dos mais consagrados criadores a encenar em Portugal – Rogério de Carvalho. Todos juntos, começaram por construir um muro imaginado, depois criou-se uma mulher e um homem que fossem nós, um lugar que fosse muitos, um tempo que fosse todos, uma guerra que fosse qualquer uma (com ou sem balas). Um mundo, portanto, que é o deles e o nosso, de Portugal. Um mundo onde, com diferentes guerras mais ou menos imaginárias, homens e mulheres são colocados em contextos difíceis para a condição humana.

SANGUE NA GUELRA (Teatro) 
De Fernando Giestas | Encenação: Rogério de Carvalho
Coprodução Amarelo Silvestre e Teatro Viriato
Sala Grande | 21 NOV | sexta | 21h30 | M12 


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sonhos e paixões de um homem comum

O que é um "homem comum"? Diríamos: um homem igual a tantos outros, ou melhor, um homem em cuja alma pulsam todas as paixões, injustiças, alegrias e frustrações que fazem de nós humanos, mesmo que na maior parte do tempo elas estejam contidas, submetidas às regras rígidas da sociedade.

Foi a pensar num desses homens - em todos os homens, portanto - que Patrick Süskind escreveu, em 1981, o divertido O CONTRABAIXO, partindo da visão de que "o mundo todo é uma orquestra e todos nós, homens e mulheres, somos meros músicos que passamos a vida a tocar com maior ou menor talento, com maior ou menor sucesso, conforme os atributos e oportunidades que a natureza e a sociedade nos deram ou deixaram de dar." (Antonio Mercado) 

O homem que encontramos neste texto, e de quem nunca chegamos a saber o nome, é então um contrabaixista, um desses seres sem rosto que estão lá ao fundo da orquestra e que vivem anonimamente ao nosso lado, no meio da multidão, nas nossas ruas e tascas, nas paragens de autocarro e nas filas de supermercado. É sobre este homem que Patrick Süskind coloca a lupa do teatro, revelando-nos com ternura, furor e humor sarcástico, alguém que, como todos nós, vive paixões avassaladoras, mas inconfessadas, e que nos levam tanto ao sublime, quanto ao ridículo. Um homem cuja fúria contida nos confronta, afinal, com uma inquietação: entre o sonhar e o fazer, o que conseguimos realmente concretizar na nossa vida?

O CONTRABAIXO (Teatro)
De Patrick Süskind  | Encenação: Antonio Mercado  | Com António Fonseca
Coprodução O Teatrão e Conservatório de Música de Coimbra
Sala Grande | 15, 16, 23 e 29 novembro | 6, 7, 13 e 14 dezembro | sábado às 21h30 | domingo às 17h | M12

©Carlos Gomes

domingo, 9 de novembro de 2014

O Portugal de Valter Hugo Mãe

Eis que chega a Coimbra a adaptação que o Trigo Limpo – Teatro ACERT construiu a partir do romance “A máquina de fazer espanhóis”, a aclamada e premiada obra de Valter Hugo Mãe, um dos mais destacados escritores portugueses da atualidade. No livro, V. Hugo Mãe coloca-nos de forma emotiva num Portugal envelhecido e confronta-nos com uma realidade cada vez mais premente e dolorosa, também. 

Foi com esta aventura de final de vida que o grupo de Tondela se quis encontrar e assim surge O FASCISMO DOS BONS HOMENS, título aliás “roubado” ao primeiro capítulo do romance. Este é, pois, um espetáculo que se constrói como a vida, isto é, entre o cómico e o trágico e que conta a história de António Silva, personagem central e narrador do romance de V. Hugo Mãe. Conduzidos pelo Lar “A Feliz Idade”, chegamos a um universo onde, como no mundo do “faz-de-conta”, idades e comportamentos se confundem (“de velho se torna a menino”, diz o povo), mas cujas personagens não abdicam de refletir sobre as suas lembranças. Como diz uma das personagens, Cristiano Silva, “Quem fomos há-de sempre estar contido em quem somos, por mais que mudemos ou aprendamos coisas novas”.
Para além da sessão para público geral, às 21h30, haverá também uma sessão para grupos escolares às 15h.

O FASCISMO DOS BONS HOMENS
a partir de "A máquina de fazer espanhóis", de Valter Hugo Mãe
Trigo Limpo teatro ACERT | Encenação de Pompeu José
Sala Grande | 12 NOV | quarta | 15h e 21h30 | M12
Espetáculo integrado no Programa TEATRO-OUTONO, que oferece descontos especiais na compra de bilhetes para espetáculos de teatro 

©Carlos Teles

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

CONTA-ME COMO É: últimas apresentações!

A curta temporada de CONTA-ME COMO É termina neste fim de semana! Na quinta-feira, dia 6 de novembro, será apresentada a última sessão em versão "reduzida" e, de sexta-feira a domingo, o espetáculo já conta com a participação da Classe T - Grupo de Teatro Amador d'O Teatrão. Na sexta, dia 7, há ainda um motivo extra para vir até à OMT: logo a seguir ao espetáculo, há jam session animada pelos alunos de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra. Esperamos por vós!


CONTA-ME COMO É (Teatro) 
de Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro 
O Teatrão | Encenação de Jorge Louraço Figueira 
Sala Grande | 31 de outubro a 9 de novembro | segunda a sexta | 21h30 | sábado e domingo | 19h | M12 | Entrada: entre €4 e €10 (descontos aplicáveis na compra de bilhete do Programa TEATRO-OUTONO) 

©Carlos Gomes

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"Lemos, ouvimos, lemos" e... reinventamos

Portugal entra-nos todos os dias pelas nossas casas, pelos nossos olhos, pelos nossos ouvidos. Ligamos a TV, a rádio, os smartphones, lemos os jornais e aí está o nosso país - ou pelo menos aquele que a comunicação social nos faz crer que é "o" país real. Mas depois saímos de casa e Portugal também é esse país de gente anónima que anda pelas ruas, que vive um quotidiano tão verdadeiro quanto o outro, mas que não aparece nas "gordas" dos jornais. Gente que tem dentro de si o seu Portugal ou a sua visão, íntima e "não oficial", de Portugal.

CONTA-ME COMO É nasce na sequência de um convite a três premiados dramaturgos portugueses para escreverem sobre o Portugal de cada um deles. Da pena de Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro, surge assim um conjunto de peças curtas, espécie de vinhetas do Portugal contemporâneo, e que são três retratos muito pessoais - e surreais quanto baste - da realidade portuguesa, três visões particulares que os três dramaturgos desenvolveram ao longo de um ano e meio de trabalho. É com base nestas três visões particulares da realidade portuguesa que O Teatrão fabrica uma versão própria do país real e com as quais se tentam recriar as formas de comunicação da imprensa, da rádio e da TV, que passam aos cidadãos uma versão oficial do país, formas de comunicação que neste espetáculo são passadas através do filtro poderoso do teatro.

CONTA-ME COMO É estreou na OMT por ocasião dos quarenta anos do 25 de abril e regressa agora para dez sessões seguidas, com cenário e cenas renovados, mas continuando os atores a assumir a missão de contar tudo, como se estivessem entre amigos íntimos, num descontraído piquenique - e é esta a teatralidade específica desta obra/experiência teatral que nos desafia a falar de nós, de todos nós, e de hoje, deste Portugal de 2014.

A reposição de CONTA-ME COMO É na OMT tem ainda a particularidade de oferecer ao público duas versões de si mesmo, pois de sexta a domingo o espetáculo conta com a participação da Classe T - Grupo de Teatro Amador d'O Teatrão.

CONTA-ME COMO É (Teatro) 
de Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro 
O Teatrão | Encenação de Jorge Louraço Figueira 
Sala Grande | 31 de outubro a 9 de novembro | segunda a sexta | 21h30 | sábado e domingo | 19h | M12 Entrada: entre €4 e €10 (descontos aplicáveis na compra de bilhete do Programa TEATRO-OUTONO) 

©Carlos Gomes

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Ser o número um

David Mamet trabalhou numa agência imobiliária nos anos 60. Vinte anos mais tarde, nos chamados “anos dourados” de Reagan, escreveu NEGÓCIO FECHADO (no original, Glengarry Glen Ross), peça que lhe valeu o Pulitzer em 1984. Inspirada no mundo impiedoso dos agentes imobiliários que Mamet observou a digladiarem-se por prémios de produtividade – à custa dos seus colegas, inevitavelmente –, NEGÓCIO FECHADO é uma crítica à sociedade americana sua contemporânea. Mas aquele que é considerado um dos maiores dramaturgos norte-americanos de todos os tempos soube transcender as idiossincrasias dos vendilhões de Chicago, escrevendo uma obra que assenta bem a qualquer tempo, língua ou lugar. Nesta versão, em que a Chicago de Mamet se transforma em Almada, “os segundos são os primeiros dos últimos” – mostrando ser universal a desilusão escondida no reverso da medalha do Sonho Americano, que foi também, nos anos 90, o pequeno Sonho Português.

Estreado com grande sucesso em 2013 e reposto em 2014, esta comédia da Companhia de Teatro de Almada vem agora a Coimbra, numa parceria com O Teatrão que se inicia com a apresentação, em Almada, de duas peças d'O Teatrão ("Um Grito Parado no Ar" e "Conta-me Como É"). NEGÓCIO FECHADO conta com um elenco oito atores, entre os quais Pedro Lima e Marques D'Arede, que o público conhece bem pelas suas participações em séries televisivas.

David Mamet (n. 1947) monta os seus primeiros textos em Chicago e, a partir de 1975, no circuito off da Broadway: Perversidade sexual em Chicago (1974), Búfalo americano (1977) e Uma vida no teatro (1977). Mestre do diálogo, as suas peças breves mas densas assentam nas vidas das suas personagens, cuja solidão encontra eco na sociedade moderna. A linguagem de Mamet, um virtuoso construtor de enredos, distingue-se pelo ritmo quase musical, obtido através de pausas, de frases interrompidas e de um inconfundível jargão realista – simultaneamente violento e poético.

NEGÓCIO FECHADO (Teatro) 
De David Mamet | Encenação: Rodrigo Francisco 
Companhia de Teatro de Almada 
Sala Grande | 25 OUT | sábado | 21h30 | M12 | Entrada: entre €4 e €10 (descontos aplicáveis a quem comprar o bilhete do Programa TEATRO-OUTONO) | Lotação limitada!

©Rui Carlos Mateus

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Um Outono cheio de teatro!

Entre 25 de outubro e 23 de dezembro, O Teatrão apresenta na OMT sete espetáculos de teatro dirigidos a públicos de todas as idades. Sete espetáculos que têm em comum o facto de partirem de textos e dramaturgia contemporânea nacional e estrangeira, incluindo autores consagrados, como David Mamet, Patrick Suskind, José Sanchis Sinisterra ou Valter Hugo Mãe. Textos vencedores de inúmeros prémios e textos escritos por dramaturgos portugueses para o teatro que se faz, hoje, em Portugal, a que se junta uma grande amplitude de temas, são demonstração da pluralidade de espetáculos que o público de Coimbra poderá ver. Além disso, a maioria destas propostas tem origem em Companhias da Região Centro, pondo à vista a diversidade e vitalidade da criação artística neste território. 

Como forma de celebrar a riqueza e originalidade deste trabalho teatral, e porque todo ele merece ser visto, O Teatrão estabeleceu para esta programação de outono um preçário especial! Quem comprar cinco bilhetes poderá assistir aos sete espetáculos e quem comprar três bilhetes poderá assistir a cinco espetáculos, à escolha. Os bilhetes para o Programa TEATRO-OUTONO já estão à venda - aproveite!

Programa TEATRO-OUTONO

NEGÓCIO FECHADO 
De David Mamet | Encenação: Rodrigo Francisco 
Companhia de Teatro de Almada 
Sala Grande | 25 OUT | sábado | 21h30 | M12 

CONTA-ME COMO É 
De Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro | Encenação: Jorge Louraço Figueira
O Teatrão
Sala Grande | 31 outubro a 9 novembro | segunda a sexta | 21h30 | sábado e domingo | 19h | M12

O CONTRABAIXO 
De Patrick Süskind | Encenação: Antonio Mercado | Com António Fonseca
Coprodução O Teatrão e Conservatório de Música de Coimbra
Tabacaria | 8, 15, 22 e 29 novembro | sábado | 22h | M12

O FASCISMO DOS BONS HOMENS 
a partir de "A máquina de fazer espanhóis" de Valter Hugo Mãe
ACERT | Encenação: Pompeu José
Sala Grande | 12 NOV | quarta | 21h30 | M12

SANGUE NA GUELRA 
De Fernando Giestas | Encenação: Rogério de Carvalho
Coprodução Amarelo Silvestre e Teatro Viriato
Sala Grande | 21 NOV | sexta | 21h30 | M12

TEMPUS 
Direção: Cláudia Carvalho e Jonathan Azevedo
O Teatrão 
Sala de Ensaios | 27 NOV a 23 DEZ | segunda a sexta | 10h30 e 14h30 (sessões para escolas) | sábado | 17h (sessões para público geral) | M3

EU + 1 
a partir de textos de José Sanchis Sinisterra
Classe T – Grupo de Teatro Amador d’O Teatrão | Direção: Sílvio Carvalho
Sala Grande | 18 a 20 DEZ | quinta e sexta | 21h30 | sábado | 17h | M12

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Teatro e Música à desgarrada!

Hoje, na Oficina Municipal do Teatro, há dose dupla de folia. Às 21h30, na Sala Grande, entra em cena o À DIREITA DE DEUS PAI, Uma Desgarrada em Dois Atos. Logo a seguir, às 23h e na Tabacaria, é a vez de os alunos de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra entrarem em modo de improviso para mais uma Jam Session.

À DIREITA DE DEUS PAI, Uma Desgarrada em Dois Atos (Teatro) 
a partir da obra de Tomás Carrasquilla 
Uma produção O Teatrão e Trincheira Teatro, no âmbito da incubadora artística Plataforma T2 
Sala Grande | 8 a 12 OUT | 4ª a sáb | 21h30 | dom | 17h e 21h30 | M12

JAM SESSION (Música) 
Alunos do Curso Professional de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra
Tabacaria | 10 OUT | sexta | 23h | Entrada livre

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Uma "Trincheira" de folia

Jesus e São Pedro descem à terra e disfarçam-se de peregrinos para poderem testar a caridade de Peralta, camponês que, mesmo não tendo um tostão, tem coração para dar e vender. Habituado a partilhar tudo o que tem com os seus próximos, o honesto Peralta supera a prova celestial com distinção e vê-se premiado com um monte de patacas de ouro e cinco desejos à sua escolha. No entanto, os seus pedidos são tão estrambólicos que vêm abalar a ordem natural das coisas, e até a Morte e o próprio Diabo vêm dar um ar da sua graça nesta comédia cheia de peripécias.

À DIREITA DE DEUS PAI, Uma Desgarrada em Dois Atos (Teatro) 
a partir da obra de Tomás Carrasquilla
Uma produção O Teatrão e Trincheira Teatro, no âmbito da incubadora artística Plataforma T2
Sala Grande | 8 a 12 OUT | 4ª a sáb | 21h30 | dom | 17h e 21h30 | M12


À DIREITA DE DEUS PAI é um projeto teatral que nasce no âmbito da Plataforma T2, uma incubadora para jovens licenciados e profissionais de teatro que O Teatrão gerou com o intuito de apoiar novos criadores, de os pôr no terreno a aplicar conhecimentos adquiridos e, ao mesmo tempo, a ser agentes de transformação da própria criação artística e da relação das populações com o teatro. A PT2 é também uma forma de O Teatrão colocar os seus meios e conhecimentos à disposição de outros olhares e sensibilidades e que daqui surjam novas relações, propostas, trabalhos e… sonhos.

Estreia agora este espetáculo criado por uma nova estrutura, a Trincheira Teatro, constituída por jovens atores cujo sonho do teatro faz avivar uma voz pessoal interior que, maldita ou bendita, não os deixa desistir da sua arte. Um grupo que quer celebrar um teatro aberto e fervilhante, que busca essa maneira de trabalhar paredes meias com o outro, em prol de um mesmo objetivo comum: juntar gente. Este movimento agregador tem ainda uma outra – e determinante – dimensão, pois faz integrar no espetáculo cinco jovens estudantes de teatro, futuros companheiros que podem, com esta experiência, começar a desenhar o seu próprio caminho. Com eles, são catorze alegres comparsas em cena. 

E assim surge À DIREITA DE DEUS PAI, cujo protagonista, o raro e generoso camponês Peralta, sonha com uma vida melhor para si e para os que o rodeiam e que um dia se vê recompensado por Jesus e São Pedro com cinco desejos à sua escolha. Entre Deus e o Diabo, rock e música popular, bailes de aldeia, "mariachis", esquimós e patacas milagrosas, até onde chegará Peralta?

O espetáculo, baseado no conto escrito em 1908 pelo colombiano Tomás Carrasquilla Naranjo, é, por tudo isto, construído em jeito de desgarrada, cheia de jogos corais e canções. Uma desgarrada jogada à maneira da antiga comédia latina, onde o profano e o sagrado se misturam sem dó nem pudor e se brinca incessantemente com o universo referencial do público. A fábula – a história de Peralta – é a linha que une essa manta de retalhos coletivos, comuns tanto à plateia como aos atores. Uns, como outros, têm aqui oportunidade para se deixar envolver pelo espírito de folia, diversão e energia com que este espetáculo é feito.

Fotografia de ensaio: ©Carlos Gomes

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Título: À Direita de Deus Pai, uma desgarrada em dois atos | Dramaturgia: do grupo, a partir de Tomás Carrasquilla Naranjo | Com: Celso Pedro, Diogo Binnema, Filipe de Góis, Marta Nogueira, Miguel Lança, Natália Cardoso, Pedro Lamas, Telmo Ferreira e Vânia Fernandes | Elenco Convidado: Carolina Carvalhais, Daniela Cardoso, João Amorim, João Alves, Rafael Cid | Consultoria Artística: O Teatrão - Plataforma T2 | Direção: Pedro Lamas | Desenho de Luz: Jonathan de Azevedo | Consultoria de Cenografia e Figurinos: Filipa Malva | Guarda Roupa: Marta Nogueira e Trincheira Teatro | Apoio à construção de cenário: Diogo Pinho e Teatro em Caixa | Apoio Musical: Nuno Gomes | Grafismo: Unit.Lab | Fotografia: Carlos Gomes | Vídeo: Tiago Campos | Produção Executiva: Celso Pedro e Trincheira Teatro | Comunicação: Ana Bárbara Queirós, Inês Mourão, Margarida Sousa e Pedro Lamas | Apoio à divulgação on-line: Creativus ADDAC, Crl | Direção Técnica: João Castro Gomes | Equipa Técnica: Alexandre Mestre, Rui Capitão e João Castro Gomes | Apoio Técnico e Logístico: O Teatrão | Direção de Produção: Cátia Oliveira | Produção: Plataforma T2 - O Teatrão 2014
Entidades parceiras: Creativus ADDAC, Crl | Sótão do Vizinho
Duração: aprox. 75 min

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Uma comédia feita de som, de paixão e de fúria

Um músico de orquestra, o seu contrabaixo e as múltiplas paixões que o consomem são os ingredientes que voltam a juntar Antonio Mercado e António Fonseca, depois de "Passagem", estreada em 2004 ainda no Museu dos Transportes. "O Contrabaixo" é um dos mais encenados textos de Süskind (autor também do best-seller "O Perfume") e nele se apresenta a "complexa relação de amor e ódio que o músico mantém com o seu instrumento de trabalho e que é dissecada por Süskind com um misto de ternura, furor e humor sarcástico" (A. Mercado). "O Contrabaixo" assinala também uma nova etapa na relação d'O Teatrão com o vizinho Conservatório, que, além de coprodutor e anfitrião da estreia, envolve professores seus na criação do espetáculo. A partir de novembro, será a Tabacaria da OMT a receber este monólogo que nos arrebata e que nos leva tanto ao riso e à ternura, quanto à beira do precipício.

O CONTRABAIXO (Teatro) 
De Patrick Süskind | Encenação: Antonio Mercado | Com António Fonseca 
Coprodução O Teatrão e Conservatório de Música de Coimbra
Conservatório de Música de Coimbra | 26 e 27 SET | 21h30 | 28 SET | 17h30 | M12 

"Dizia Shakespeare que “o mundo todo é um palco, e todos os homens e mulheres são meros actores” ("As You Like It", II, cena VII). Na visão de Patrick Süskind, o mundo todo é uma orquestra e todos nós, homens e mulheres, somos meros músicos que passamos a vida a tocar com maior ou menor talento, com maior ou menor sucesso, conforme os atributos e oportunidades que a natureza e a sociedade nos deram ou deixaram de dar.

Na hierarquia social uns poucos têm o dom ou a sorte de serem maestros, outros serão solistas famosos, outros ainda primeiros-violinos ou chefes de naipes, e por fim vem a imensa multidão dos “tuttistas”- aqueles instrumentistas anónimos que nunca distinguimos no fosso da orquestra, mas que são indispen-sáveis para que a orquestra soe e a música exista. Ignorados pelo público, são eles os verdadeiros respon-sáveis pela massa orquestral que sustenta o brilho das estrelas.

O contrabaixista da peça de Süskind é um desses tuttistas sem nome e sem rosto no meio da multidão, o homem comum das nossas ruas e tascas, das paragens de autocarro e das filas dos supermercados, que leva às costas o fardo dos dias de trabalho árduo e traz oculto dentro de si um universo inquietante de sonhos, de frustrações, de injustiças, de alegrias e paixões.

E é de paixão que fala esta peça: acima de tudo, a paixão pela música, que o personagem sente e com-preende como poucos, embora jamais tenha conseguido distinguir-se como intérprete. Passeia à vontade pela história da música, pelos segredos de alcova dos grandes compositores, faz-nos ouvir e perceber o íntimo de algumas grandes obras. A complexa relação de amor e ódio que mantém com o seu instrumen-to de trabalho, o contrabaixo, é dissecada por Süskind com um misto de ternura, furor e humor sarcástico. Paixão também por uma jovem cantora de ópera, que leva o contrabaixisita anónimo à beira das acções mais desatinadas e estapafúrdias. Mas quem de nós jamais sentiu a força de uma paixão avassaladora, e pensou em assumir atitudes absurdas e ridículas - mas nunca teve a coragem de confessá-lo? Só o teatro permite-nos extravasar essas paixões e rir das suas consequências.

Por fim, a fúria contida dos que são ignorados, desprezados, injustamente preteridos, relegados à massa informe dos tuttistas, obrigados a executarem sempre a partitura da sua solidão e da sua submissão à rigidez das hierarquias. Uma fúria pulsante que a qualquer momento pode explodir num improvável grito de libertação."

 Antonio Mercado


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Dramaturgia e Direção: Antonio Mercado
Interpretação: António Fonseca
Desenho de Luz: Alexandre Mestre
Apoio Musical: Rui Pereira (Conservatório de Música de Coimbra) e Romeu Santos
Sonoplastia: Rui Capitão
Design Gráfico: unitlab, por Francisco Pires e Marisa Leiria
Fotografia: Carlos Gomes
Produção Executiva: Nuno Carvalho
Direção de Produção: Cátia Oliveira
Direção Técnica: João Castro Gomes
Produção: O Teatrão e Conservatório de Música de Coimbra 2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Novos Tempos

A celebração dos 20 anos d'O Teatrão confrontou-nos com um balanço que, em vez de nos transportar para o passado, permitiu perceber transformações que estavam latentes e que se começam aos poucos a revelar. O trabalho desenvolvido nos últimos anos, as ideias, parcerias, encontros, os novos projetos - tudo o que tem assinalado a ação da nossa companhia - marcam esta programação, que pretendemos que seja, ela própria, expressão de uma mudança de ciclo que acreditamos estar a chegar.

Prova disso são as quatro estreias agendadas: O Teatrão e o Conservatório de Música de Coimbra dão um passo em frente na sua parceria e coproduzem O CONTRABAIXO, texto de Patrick Süskind encenado por Antonio Mercado e protagonizado por António Fonseca; os Faunos do Rio regressam para a sua mais recente - e quem sabe a última... - aventura, agora às voltas com D. Sesnando, O ALVAZIL DE COIMBRA; a primeira produção feita no âmbito da Plataforma T2, À DIREITA DE DEUS PAI, junta jovens atores que veem aqui oportunidade de lançar um novo projeto; e porque é de ciclos que acabam e de ciclos que começam que estamos a tratar, os mais pequeninos podem ver, no final do ano, TEMPUS, uma criação que dedicamos às quatro estações de ano e que, pela primeira vez, dirigimos a crianças a partir dos 3 anos e suas famílias.

Novos tempos se aproximam igualmente do nosso Projeto Pedagógico, cuja Turma de Adultos se transforma em CLASSE T – Grupo de Teatro Amador d’O Teatrão e se aventura a fazer, em dezembro, EU+1, prova de que a participação em criações anteriores d'O Teatrão lhes despertou a vontade de explorar novos caminhos. Exemplo de uma dessas criações é o CONTA-ME COMO É, espetáculo que parte do país real e que estreámos em abril, voltando agora para uma curta temporada. Ainda em outubro e novembro, uma recente parceria com a Companhia de Teatro de Almada permite-nos receber NEGÓCIO FECHADO, de David Mamet; da ACERT acolhemos O FASCISMO DOS BONS HOMENS, e da Associação Amarelo Silvestre (um novo projeto profissional da região centro), temos SANGUE NA GUELRA, encenado pelo reconhecido Rogério de Carvalho. Mantêm-se o Jazz e o Projeto Pedagógico, mas com muitas novidades: uma Oficina de Shakespeare, uma ação de formação de Teatro para Professores e um programa de férias de Natal que andará pela cidade. Fora da OMT, a PLATAFORMA MONDEGO arranca com uma programação que chega a várias salas da nossa Região.

Uma programação que aposta em novos criadores e projetos, ao mesmo tempo que baixa o pano sobre alguns outros trabalhos, é o que lhe propomos para os últimos meses de 2014. Não perca nenhum deles e acompanhe-nos onde estivermos! 

Para mais informações, consulte o sítio d'O Teatrão


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Universo infindável

LORCA (Teatro)
A partir de textos de Federico García Lorca | Encenação de Ricardo Correia
3º ano do Curso de Teatro e Educação da Escola Superior de Educação de Coimbra
Sala Grande | 26 de junho a 5 de julho | segunda a sábado | 21h30 | domingo | 17h | M12

A vida e obra de Federico García Lorca foram o ponto de partida das finalistas de Teatro e Educação para idealizar este espetáculo. O universo imaginário de Lorca navega entre várias disciplinas: música, desenho, teatro, cinema, literatura e poesia. É nesse imaginário que se convida o espectador a participar, deixando-se envolver pelo real e a ficção, a vida e a arte.

É, pois, a partir das múltiplas facetas de García Lorca que se leva o público a fazer uma viagem pela linguagem poética por ele criada, viagem essa que nos transporta a um espaço onde podemos encontrar mulheres de força, mulheres sofridas, figuras surrealistas e ainda aqui descobrir momentos da sua vida.

Lorca foi um lutador incansável, um visionário que mostrou e seguiu os seus ideais ultrapassando as barreiras à medida que estas se impunham, com o intuito de deixar passar a toda a gente a sua forma de lidar com o mundo, usando a arte através da obra tão abrangente que foi criando, para o fazer.

Federico García Lorca foi uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola e durante a ditadura franquista, o nome do poeta andaluz foi banido e proibido em todo o país. Naquela época, a existência de um enorme conservadorismo dos costumes católicos na Ibéria veio fazer com que as ideias de Lorca, juntamente com a sua homossexualidade latente, fossem decisivas para o seu fuzilamento. A forma como ele conduziu os seus ideais foi julgada pelo preconceito do País, mas enquanto deitavam abaixo o homem, o poeta e o dramaturgo, eternizavam o mito. A sua obra permaneceu calada durante décadas, tendo vindo de novo ao de cima com a democracia, formando um grito que ecoou por toda a Península Ibérica e tornando-se assim um dos maiores nomes da literatura espanhola.

Paralelamente, e tendo como mote a construção deste espetáculo que navega entre várias disciplinas, desde a escrita poética e dramática, até às artes visuais e cinema de Lorca, a turma do 3º ano também organiza um conjunto de atividades que abordam, de forma diversa, a obra tão variada e abrangente do autor:

Durante a temporada do espetáculo:
Projeção de desenhos de Lorca
20h30 | Bilheteira
Projeção da série“Lorca – a morte de um poeta”, de Juan Antonio Bardem
20h30 | Tabacaria

29 de junho | 19h | Tabacaria
Conversa “Lorca, o artista multifacetado”
Com António Apolinário Lourenço (Professor do Departamento de Línguas e Culturas da FLUC – área de Espanhol) e Roberto Merino (dramaturgo, encenador e diretor do Curso Superior de Teatro da ESAP)

3 de julho | 21h | Tabacaria
Combo de Jazz Manouche – Gypsy Jazz (alunos do Curso Profissional de Instrumentista de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra)


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Guião: a partir de Federico García Lorca | Encenação e Dramaturgia: Ricardo Correia | Elenco: Ana Rute Cabral, Clarisse Moreira, Jessica Moreira, Júlia Pereira, Patrícia Almeida, Teresa Roxo | Desenho de Luz: Jonathan Azevedo | Espaço Cénico, Figurinos e Adereços: Filipa Malva, com assistência de Teresa Roxo e Júlia Pereira | Criação e montagem Audiovisual: Esec TV | Apoio Vocal e Musical: Cristina Faria | Pianista: Rui Alves | Apoio ao Movimento: Cristina Leandro | Cabeleireiro: Carlos Gago - Ilídio Design | Fotografia: Miguel Silva | Grafismo: Unit.lab (Francisco Pires e Marisa Leiria) | Operação de Luz e Som: O’Teatrão / Alunos da ESEC | Comunicação: Patrícia Almeida e Jessica Moreira | Gestão de Orçamento: Clarisse Moreira | Pedidos de Apoio: Ana Rute Cabral | Frente de Sala: Curso de Teatro e Educação | Direção de Produção: Cátia Oliveira e Nuno Carvalho | Coordenação de Produção: Patrícia Almeida | Co Produção: Escola Superior de Educação / O Teatrao 2014

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Do Choupal até à Lapa vai Coimbra aos seus jardins!

DO CHOUPAL ATÉ À LAPA (WORKSHOP)
De 7 a 11 de julho | 9h-13h
Locais: Choupal | Penedo da Saudade | Jardim Botânico | Parque Dr. Manuel Braga | Lapa dos Esteios
Turmas: 6-9 anos | 10-13 anos | 14-18 anos
Inscrições abertas até 3 de julho | Valor: 40 euros


Cinco dias, cinco espaços verdes... e muitas descobertas! O workshop de verão de expressão dramática ocupa alguns dos mais bonitos, misteriosos e refrescantes parques e jardins de Coimbra. Na primeira parte do atelier, os participantes farão uma visita guiada pelos espaços para ficarem a conhecer a sua história, singularidade e segredos especiais. A seguir - e partindo das técnicas de expressão dramática -, terra, flores, pedrinhas, árvores, recantos, cursos de água e o mais que houver serão o material que ajudará a criar histórias e brincadeiras.

Estes workshops ao ar livre proporcionam atividades aos estudantes em férias, ao mesmo tempo que valorizam e dão a conhecer aos jovens de Coimbra os lugares mais emblemáticos da cidade e que muitos ainda desconhecem. São ainda ocasião para crianças e jovens dos 6 aos 18 anos terem contacto com o jogo dramático, construído a partir da exploração de alguns indutores da ação dramática, como objetos, o som ou o espaço, e com os quais inventam personagens, criam ficções e exploram diferentes maneiras de as mostrar e contar.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Uma Amizade Extraordinária

Ei-los que regressam à casa de partida depois de uma longa digressão "por Paris, Roma, Nova Iorque, Gronelândia e Marrocos!" Um espetáculo de 2010 que encantou milhares de espectadores e que não podia faltar neste ano em que O Teatrão comemora 20 anos.

A caminho da neve, Nanu, um urso polar, encontra uma raposa do deserto, de nome Fana, emigrante clandestina no Vale das Flores. Juntos, partem a explorar a vizinhança: a rua e as casas, os descampados e a feira, a estrada e o circo. Nanu e Fana Fox encontrarão o Zeca Poeira, a dona Maria, a menina Isabel, o major Alverca, a cigana de Anadia (e vários pivôs e repórteres da TV), mas também monsieur Le Coq, o galo do Mónaco, e Amur, o tigre da Sibéria (que os levarão para o Grande Circo dos Animais).

Apenas quatro sessões, para crianças mas também para adultos, na esperança de que pais e filhos venham juntos ao teatro e se divirtam com esta fábula contemporânea criada a partir de alguns contos tradicionais muito conhecidos: "A Raposa e os Ovos", da tradição Berbere; "O Mestre dos Ursos", da tradição Inuit; "A Rã e o Escorpião", dita de Esopo; e "Os Músicos de Bremen", dos irmãos Grimm.

As Extraordinárias Aventuras do Urso Polar e da Raposa do Deserto (Teatro)
Encenação de Ricardo Correia
Sala Grande | 7, 8, 14 e 15 de junho | sábado e domingo | 17h | M4 | Bilhetes: entre €4 e €10

©Paulo Abrantes