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quarta-feira, 25 de março de 2015

Um dia cheio de teatro!

Eis-nos chegados ao 27 de março - Dia Mundial do Teatro. Para este dia, O Teatrão tem programadas não uma, não duas, mas três apresentações teatrais em outros tantos locais!

O CONTRABAIXO ©Carlos Gomes
Em Góis, na sua Casa da Cultura, está o À Direita de Deus Pai, uma coprodução da Trincheira Teatro com O Teatrão. No Seixal, é António Fonseca que sobe ao palco com O Contrabaixo, encenado por Antonio Mercado. E em Coimbra, na nossa casa, há o ensaio aberto da nova produção d'O Teatrão - Terrenos Baldios, um espetáculo com muitos tempos mas situado no presente. Estes terrenos, performáticos, convidam para uma troca de tempo por experiências, que ficam também à responsabilidade do espectador/participante. Este ensaio aberto permite espreitar o processo de criação da nova criação d'O Teatrão, encenada por Joana Mattei em parceria artística com Marco Antonio Rodrigues. 

"Terrenos Baldios" | Sala Grande | 27 março | sexta | 21:30h | Entrada livre sujeita a reserva

"O Contrabaixo" | Auditório Municipal do Fórum Cultural | 27 março | sexta | 21:30h 

"À Direita de Deus Pai" | Coprodução Trincheira Teatro e O Teatrão, no âmbito da incubadora artística PT2 | 27 março | sexta | 21:30h 

TERRENOS BALDIOS ©Carlos Gomes

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sonhos e paixões de um homem comum

O que é um "homem comum"? Diríamos: um homem igual a tantos outros, ou melhor, um homem em cuja alma pulsam todas as paixões, injustiças, alegrias e frustrações que fazem de nós humanos, mesmo que na maior parte do tempo elas estejam contidas, submetidas às regras rígidas da sociedade.

Foi a pensar num desses homens - em todos os homens, portanto - que Patrick Süskind escreveu, em 1981, o divertido O CONTRABAIXO, partindo da visão de que "o mundo todo é uma orquestra e todos nós, homens e mulheres, somos meros músicos que passamos a vida a tocar com maior ou menor talento, com maior ou menor sucesso, conforme os atributos e oportunidades que a natureza e a sociedade nos deram ou deixaram de dar." (Antonio Mercado) 

O homem que encontramos neste texto, e de quem nunca chegamos a saber o nome, é então um contrabaixista, um desses seres sem rosto que estão lá ao fundo da orquestra e que vivem anonimamente ao nosso lado, no meio da multidão, nas nossas ruas e tascas, nas paragens de autocarro e nas filas de supermercado. É sobre este homem que Patrick Süskind coloca a lupa do teatro, revelando-nos com ternura, furor e humor sarcástico, alguém que, como todos nós, vive paixões avassaladoras, mas inconfessadas, e que nos levam tanto ao sublime, quanto ao ridículo. Um homem cuja fúria contida nos confronta, afinal, com uma inquietação: entre o sonhar e o fazer, o que conseguimos realmente concretizar na nossa vida?

O CONTRABAIXO (Teatro)
De Patrick Süskind  | Encenação: Antonio Mercado  | Com António Fonseca
Coprodução O Teatrão e Conservatório de Música de Coimbra
Sala Grande | 15, 16, 23 e 29 novembro | 6, 7, 13 e 14 dezembro | sábado às 21h30 | domingo às 17h | M12

©Carlos Gomes

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Uma comédia feita de som, de paixão e de fúria

Um músico de orquestra, o seu contrabaixo e as múltiplas paixões que o consomem são os ingredientes que voltam a juntar Antonio Mercado e António Fonseca, depois de "Passagem", estreada em 2004 ainda no Museu dos Transportes. "O Contrabaixo" é um dos mais encenados textos de Süskind (autor também do best-seller "O Perfume") e nele se apresenta a "complexa relação de amor e ódio que o músico mantém com o seu instrumento de trabalho e que é dissecada por Süskind com um misto de ternura, furor e humor sarcástico" (A. Mercado). "O Contrabaixo" assinala também uma nova etapa na relação d'O Teatrão com o vizinho Conservatório, que, além de coprodutor e anfitrião da estreia, envolve professores seus na criação do espetáculo. A partir de novembro, será a Tabacaria da OMT a receber este monólogo que nos arrebata e que nos leva tanto ao riso e à ternura, quanto à beira do precipício.

O CONTRABAIXO (Teatro) 
De Patrick Süskind | Encenação: Antonio Mercado | Com António Fonseca 
Coprodução O Teatrão e Conservatório de Música de Coimbra
Conservatório de Música de Coimbra | 26 e 27 SET | 21h30 | 28 SET | 17h30 | M12 

"Dizia Shakespeare que “o mundo todo é um palco, e todos os homens e mulheres são meros actores” ("As You Like It", II, cena VII). Na visão de Patrick Süskind, o mundo todo é uma orquestra e todos nós, homens e mulheres, somos meros músicos que passamos a vida a tocar com maior ou menor talento, com maior ou menor sucesso, conforme os atributos e oportunidades que a natureza e a sociedade nos deram ou deixaram de dar.

Na hierarquia social uns poucos têm o dom ou a sorte de serem maestros, outros serão solistas famosos, outros ainda primeiros-violinos ou chefes de naipes, e por fim vem a imensa multidão dos “tuttistas”- aqueles instrumentistas anónimos que nunca distinguimos no fosso da orquestra, mas que são indispen-sáveis para que a orquestra soe e a música exista. Ignorados pelo público, são eles os verdadeiros respon-sáveis pela massa orquestral que sustenta o brilho das estrelas.

O contrabaixista da peça de Süskind é um desses tuttistas sem nome e sem rosto no meio da multidão, o homem comum das nossas ruas e tascas, das paragens de autocarro e das filas dos supermercados, que leva às costas o fardo dos dias de trabalho árduo e traz oculto dentro de si um universo inquietante de sonhos, de frustrações, de injustiças, de alegrias e paixões.

E é de paixão que fala esta peça: acima de tudo, a paixão pela música, que o personagem sente e com-preende como poucos, embora jamais tenha conseguido distinguir-se como intérprete. Passeia à vontade pela história da música, pelos segredos de alcova dos grandes compositores, faz-nos ouvir e perceber o íntimo de algumas grandes obras. A complexa relação de amor e ódio que mantém com o seu instrumen-to de trabalho, o contrabaixo, é dissecada por Süskind com um misto de ternura, furor e humor sarcástico. Paixão também por uma jovem cantora de ópera, que leva o contrabaixisita anónimo à beira das acções mais desatinadas e estapafúrdias. Mas quem de nós jamais sentiu a força de uma paixão avassaladora, e pensou em assumir atitudes absurdas e ridículas - mas nunca teve a coragem de confessá-lo? Só o teatro permite-nos extravasar essas paixões e rir das suas consequências.

Por fim, a fúria contida dos que são ignorados, desprezados, injustamente preteridos, relegados à massa informe dos tuttistas, obrigados a executarem sempre a partitura da sua solidão e da sua submissão à rigidez das hierarquias. Uma fúria pulsante que a qualquer momento pode explodir num improvável grito de libertação."

 Antonio Mercado


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Dramaturgia e Direção: Antonio Mercado
Interpretação: António Fonseca
Desenho de Luz: Alexandre Mestre
Apoio Musical: Rui Pereira (Conservatório de Música de Coimbra) e Romeu Santos
Sonoplastia: Rui Capitão
Design Gráfico: unitlab, por Francisco Pires e Marisa Leiria
Fotografia: Carlos Gomes
Produção Executiva: Nuno Carvalho
Direção de Produção: Cátia Oliveira
Direção Técnica: João Castro Gomes
Produção: O Teatrão e Conservatório de Música de Coimbra 2014

terça-feira, 26 de novembro de 2013

OS CANTOS À TASCA: Taberna d'Aviz

Porque Coimbra também está n'OS LUSÍADAS

A derradeira sessão dos CANTOS À TASCA será dedicada à Coimbra que se encontra n'OS LUSÍADAS - não apenas a Coimbra da "mísera e mesquinha / que depois de morta foi rainha" (Inês de Castro), mas também a de outras personagens históricas. Esta sessão será ainda a que encerra a programação pelas tascas e tabernas de Coimbra, mesmo antes da última sessão do Integral que acontecerá no sábado, 30 de novembro a partir das 10h da manhã.

Ao fim de quase dois meses de um percurso que foi da Baixa até à Alta de Coimbra, passando pelo Centro da cidade, Os CANTOS À TASCA voltam, pois, ao ponto de partida, isto é, à Rua das Azeiteiras (na Baixa), mas desta vez à muito a propósito Taberna d'Aviz (Cantinho do Artista). Esta casa é gerida pelo Sr. Carino Ulisses e tem a particularidade de os seus menus serem dedicados à dinastia de Aviz, iniciada, como se sabe, por D. João I. Para quem quiser petiscar nesta próxima quarta-feira, pode escolher entre dobrada, cavalinhas ou punheta de bacalhau, bem acompanhadas de vinho a copo.

OS LUSÍADAS EM COIMBRA
OS CANTOS À TASCA - "Coimbra n'OS LUSÍADAS"
Taberna d'Aviz (Cantinho do Artista)
Rua das Azeiteiras, nº 3-5 | 27 de novembro | quarta-feira | 21h30 | Entrada livre


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

OS CANTOS À TASCA - Taberna do Romal

UMA GRANDE HISTÓRIA

A última semana do projeto "OS LUSÍADAS em Coimbra" começa no nº 30 do Largo do Romal, na Taberna nascida em 1933 e que hoje é propriedade do Sr. Norberto Lucas. A Taberna do Romal é muito pequena, pelo que quem quiser garantir lugar terá que vir antes da hora e petiscar um dos variados pratos que a casa disponibiliza e dos quais se destacam papas laverças, pataniscas e petinga de escabeche.

Nesta penúltima sessão dos CANTOS À TASCA, o ator António Fonseca falará excertos d'OS LUSÍADAS escolhidos a partir do tema "Dias e Noites". Ao longo de todo o poema existem inúmeras referências espacio-temporais que nos permitem perceber como Camões quis, sem dúvida alguma, que OS LUSÍADAS fossem a narração de uma grande história. António Fonseca partilhará com os presentes alguns versos retirados de todos os Cantos e que se enquadram nas categorias de Tempo e Espaço que nos permitem ir acompanhando as peripécias e os acontecimentos narrados na obra.

OS LUSÍADAS EM COIMBRA
OS CANTOS À TASCA - "Dias e Noites"
Taberna do Romal
Largo do Romal, nº 30 | 25 de novembro | segunda-feira | 21h30 | Entrada livre

António Fonseca na Adega Paço do Conde

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Canto Coletivo

OS LUSÍADAS andam há várias semanas a ser falados, em separado, por Coimbra: tascas e tabernas, restaurantes, escolas, Casa da Escrita têm ouvido excertos da obra. Chegou agora o momento de serem falados integralmente, no mesmo dia, das 10h da manhã às 24h. 

Faltam palavras para descrever o acontecimento que é escutar OS LUSÍADAS ditos. Mais do que a literatura, emerge a consciência de Camões, capaz de capturar um ponto de viragem da história de Portugal, o reinado de D. Sebastião, ao mesmo tempo que recapitula os pontos anteriores dessa história. António Fonseca faz acompanhar a récita do texto integral com histórias, comentários e referências que vão revelando os significados ocultos da obra e contextualizando o interesse e importância de OS LUSÍADAS hoje, no dealbar de mais um século.

Nos dias 23 e 30 de dezembro, hora após hora, todos poderão seguir este acontecimento. Às 23h, hora do Canto X, António Fonseca partilhará o palco da OMT com mais de 80 pessoas que, com ele, falarão esta derradeira parte do poema.

OS LUSÍADAS (VERSÃO INTEGRAL)
OMT | 23 e 30 de novembro | sábado | das 10h às 24h | Entrada: €3 (um canto); €5 (dois cantos); €10 (cinco cantos) e €15 (dez cantos)

10h: Canto I | 11h: Canto II | 12h: Canto III | 15h: Canto IV | 16h: Canto V | 17h: Canto VI | 18h: Canto VII | 19h: Canto VIII | 22h: Canto IX | 23h: Canto X


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

OS CANTOS À TASCA: Adega Paço do Conde

DO "VIL METAL"

A 20 de novembro, OS LUSÍADAS assentam arraiais no restaurante Adega Paço do Conde para uma sessão extra e muito especial. Desta vez, as estrofes serão escolhidas em função de um tema sério e antigo: a CORRUPÇÃO. Lembramos, a propósito, como Camões lamenta a importância atribuída ao "vil metal", origem de corrupção e traição.

Esta sessão especial será enriquecida pela presença do Professor Paulo Morais, ex-Vice Presidente da Câmara Municipal do Porto e autor do livro "Da Corrupção à Crise - Que fazer?". É também docente do ensino superior nas áreas da Estatística e Matemática e diretor do Instituto de Estudos Eleitorais da Universidade Lusófona do Porto. Tem desenvolvido investigação na área das sondagens, sistemas eleitorais, desenvolvimento e qualidade de vida. Na Câmara Municipal do Porto (2002-2005) foi responsável pelos pelouros do Urbanismo, Ação Social e Habitação. Na sequência dessa sua experiência, tem denunciado ativamente crimes urbanísticos e os meandros da corrupção associados a este domínio. Atualmente, é também membro do grupo de trabalho para a revisão do Índice de Perceção da Corrupção, levada a cabo pela sede da TI, e vice-presidente da Associação Transparência e Integridade.

A Adega Paço do Conde é um dos mais característicos restaurantes da Baixinha, servindo pratos da cozinha tradicional portuguesa e sendo conhecido pelos seus grelhados na hora de carne e peixe, a chanfana e a vitela assada.

OS CANTOS À TASCA - "Corrupção"
Adega Paço do Conde
Rua do Paço do Conde | 20 de novembro | quarta | 21h30 | Entrada livre


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Como se decoram 8816 versos?

Na terça-feira, 19 de novembro, a OMT tem o privilégio de receber o documentário "8816 versos", de Sofia Marques, que regista a aventura que tem sido decorar OS LUSÍADAS e viajar com eles pelo país fora. Sofia Marques acompanhou durante mais de um ano o ator Fonseca nessa viagem e realizou um tocante filme que documenta o percurso do ator, desde os momentos solitários de fixação do texto, passando pela preparação do Canto X com populações locais, até à apresentação em Guimarães Capital Europeia da Cultura. Este documentário integrou a seleção oficial do Doclisboa'13 e foi finalista do prémio de realização na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

"Diz-se que Luís Vaz de Camões terá demorado cerca de 20 anos a escrever os 8816 versos que compõem Os Lusíadas. O ator António Fonseca dedicou 4 anos da sua vida a torná-los seus. Na viagem que empreendeu para chegar à falação d'Os Lusíadas, António Fonseca deu os versos de Camões a ouvir e a dizer. A multiplicação dos versos pelas vozes de famílias vimaranenses no Canto X somou-se à inscrição dos dias, dos meses, dos anos de que o ator precisou para preparar a apresentação integral da obra no dia 9 de Junho de 2012 em Guimarães, Capital Europeia da Cultura. Este documentário acompanha o ano que antecede essa apresentação final." - Sofia Marques

OS LUSÍADAS EM COIMBRA
Uma co-produção O TEATRÃO/SUL em parceria com a ROUGHCUT

8816 VERSOS (DOCUMENTÁRIO)
De Sofia Marques | Produção: Roughcut
OMT | 19 de novembro | terça | 21h30 | Entrada: €3 (preço único)


Ficha Técnica | 8816 versos
Um filme de Sofia Marques com António Fonseca

Realização - Sofia Marques Imagem – Sofia Marques, Paulo Abreu, Nani Espinha, Ricardo Rezende, Micael Espinha e Pedro Macedo Som – Patrícia André, Sofia Marques e Frederico Gracias Edição de Imagem – Francisco Moreira Música Original e Versões de “Piano Trio op. 100” de Franz Schubert – Jon Luz Narração de excertos do ‘Diário’ de António Fonseca – Sofia Marques Mistura – João Eleutério (Armazém 42) Design & Layout – David Gabriel e João Jerónimo Direção de Produção – Patrícia André Produção Executiva – Pedro Rodrigues Produção – Roughcut Apoios Financeiros – Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Cidade de Guimarães 
Documentário | versão longa | 78’ aprox. | Portugal | 2013 © Roughcut 2013 
Trailer: http://www.roughcut.pt/8816/

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

OS CANTOS À TASCA: Casa Chelense


Negócios, negócios, "Lusíadas" à parte

"Os Lusíadas" ditos de cor por António Fonseca dão meia volta e regressam à Baixa, mais concretamente à Casa Chelense, uma das mais famosas tabernas de Coimbra. Atualmente gerida pelo Sr. Manuel Santos, a casa serve especialidades deliciosas: dobrada, bucho, orelha, raia frita e um muito requisitado bacalhau frito. O público que tem acompanhado este circuito das tascas coimbrãs vem aumentando de sessão para sessão e por isso aconselhamos todos os interessados a vir com tempo para arranjar mesa.

 Desta vez, o tema abordado será de grande atualidade: Negócios. Por todo o seu poema épico, Luís Vaz de Camões faz inúmeras referências ao mundo do dinheiro, do comércio, dos negócios e de como as almas do seu tempo vão conseguindo, com maior ou menor dificuldade, sobreviver. Tempos diferentes, esses. Ou será que não? Nesta casa da Rua das Rãs, António Fonseca falará trechos d'Os Lusíadas que nos farão perceber que, no fundo, nem tudo é "composto de mudança"...

OS LUSÍADAS EM COIMBRA
OS CANTOS À TASCA - "Negócios"
Casa Chelense | Rua das Rãs, 1 | 18 de novembro | segunda | 21h30 | Entrada livre

António Fonseca na Casa Costa, 04/11/2013

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

OS CANTOS À TASCA: Casa Costa

A arte de bem fazer um bom discurso 

Depois de passarem pela Alta de Coimbra, mais concretamente na Casa Pinto da Rua do Cabido, "Os Lusíadas" partem cidade afora e aproximam-se do centro: no dia 4 de novembro assentam arraiais no nº 3 da Rua Filipe Simões (em frente à Penintenciária de Coimbra) e confraternizam com os clientes da Casa Costa, ali fundada em 1930. A Casa Costa tem como proprietário atual o Senhor Rui Costa e está aberta das 7h às 24h, servindo diariamente, entre outros petiscos, migas com peixe frito, chanfana, pataniscas e, dizem as línguas conhecedoras, um frango delicioso.

Em época de tantas tomadas de posse, convidamos todos a estar presentes numa sessão d'Os Cantos à Tasca em que António Fonseca partilhará "Os discursos" verdadeiramente épicos que encontra na obra camoniana e que poderão servir de inspiração aos novos autarcas.

OS LUSÍADAS EM COIMBRA
OS CANTOS À TASCA - "Os Discursos"
Casa Costa | Rua Filipe Simões, r/c, 3 | 4 de novembro | segunda | 21h30 | Entrada livre


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

OS CANTOS À TASCA: Casa Pinto

Da Baixa até à Alta

As duas primeiras sessões de "Os Cantos à Tasca" animaram a Baixa de Coimbra. N'O Verdadeiro, António Fonseca teve que se desdobrar, falando algumas estrofes de "Os Lusíadas" com um pé fora e outro dentro da tasca, dadas as dezenas de pessoas que enchiam o interior da tasca e a calçada da Rua Direita.

Após uma pequena paragem, a viagem segue para a Alta, mais concretamente para a Casa Pinto, situada no nº 43 da Rua do Cabido. Esta tasca obteve licença nos anos 40 do séc. XX e é atualmente gerida pela Dª Adelina e seu genro, o Sr. Álvaro. Ponto de paragem de muitos estudantes que vivem ou passam pela Alta, o Pinto é famoso pelas suas bifanas, pelas moelas e pelo traçadinho. A casa é pequena, pelo que aconselhamos que guardem lugar a tempo de ouvir e ver António Fonseca falar sobre "Os Consílios" que encontra n'Os Lusíadas.

OS LUSÍADAS EM COIMBRA
OS CANTOS À TASCA - "Os Consílios"
Casa Pinto | Rua do Cabido, 43 | 28 de outubro | segunda | 21h30 | Entrada livre

António Fonseca falando "Os Lusíadas" n'O Verdadeiro da Rua Direita, na Baixa de Coimbra

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

OS CANTOS À TASCA: O Verdadeiro

A nau com que António Fonseca seguirá em intensa viagem pela cidade de Coimbra já largou amarras. Na Tasquinha do Fado, entre copos de vinho e de chocolate com ginja de óbidos, tremoços e amendoins, e excertos de vários cantos de "Os Lusíadas", o ator disse ao que veio: "falar da vida". A vida é feita de grandezas e de misérias e nada melhor do que o grande poema camoniano para aí nos descobrir-nos e à nossa vida.

No próximo dia 14 de outubro, António Fonseca estará na taberna O Verdadeiro para dizer de cor mais estrofes de "Os Lusíadas", desta vez selecionadas a partir do tema "O Amor e a Carne". O Verdadeiro, sito na Rua Direita, nº 12, é uma das mais antigas tascas da Baixa de Coimbra. Tendo passado por várias mãos, é atualmente gerido por João Seco, que faz questão de servir a receita original de pés de borrego de chanfana, um prato que já raramente se encontra na cidade. Outra especialidade da casa são as costeletas de borrego panadas, sempre acompanhadas pelo vinho da casa. A entrada é livre.

OS LUSÍADAS EM COIMBRA 
OS CANTOS À TASCA - "O Amor e a Carne"
O Verdadeiro | Rua Direita, 12 | 14 de outubro | segunda | 21h30 | Entrada livre

António Fonseca na Tasquinha do Fado, 7 outubro 2013

sábado, 5 de outubro de 2013

OS CANTOS À TASCA: Tasquinha do Fado

"Os Lusíadas" começam a sua jornada pela Lusa Atenas na Tasquinha do Fado (Rua das Azeiteiras). Propriedade do Sr. António Pereira e situada numa das mais características ruas da Baixinha de Coimbra, a Tasquinha do Fado é a "única tasca de Coimbra que serve ginja de Óbidos em copo de chocolate". Mas serve também polvo, posta mirandesa e costeleta de novilho. Entre duas garfadas e um copo de ginja, António Fonseca falará um dos cantos de "Os Lusíadas", levando-nos por uma viagem intemporal.

"OS LUSÍADAS" EM COIMBRA - OS CANTOS À TASCA
Tasquinha do Fado | Rua das Azeiteiras, 36-38 | 7 Outubro | 18h30 | Entrada livre 


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

"Os Lusíadas" voltam a casa

Um ator sozinho em palco, a dizer Os Lusíadas de cor e salteado, é quase como um poeta a salvar o manuscrito das águas do Índico, depois de um naufrágio.

Faltam palavras para descrever o acontecimento que é escutar Os Lusíadas ditos. Mais do que a literatura, emerge a consciência de Camões, capaz de capturar um ponto de viragem da história de Portugal, o reinado de D. Sebastião, ao mesmo tempo que recapitula os pontos anteriores dessa história. António Fonseca faz acompanhar a récita do texto integral com histórias, comentários e referências que vão revelando os significados ocultos da obra e contextualizando o interesse e importância de Os Lusíadas hoje, no dealbar de mais um século.

Depois da estreia na Capital Europeia da Cultura, em Guimarães, e das apresentações no Centro Cultural de Belém e São Luiz, em Lisboa, Os Lusíadas chegam a Coimbra, onde António Fonseca começou por apresentar um a um os cantos do poema. A todos os cantos de Coimbra: os versos não serão ouvidos apenas n’O Teatrão. Dublin tem o seu dia de dizer Joyce e Espanha o dia de dizer Cervantes. Pois a Lusa Atenas terá semanas de Camões, um pouco por toda a parte.

A lenda de um Luís Vaz de Camões boémio e eterno apaixonado começa a contar-se por Coimbra, onde o poeta terá estudado os clássicos e sofrido as primeiras coitas de amor. Agora que o ator António Fonseca se prepara para dizer os dez cantos de Os Lusíadas, uma tarefa homérica, hercúlea e ciclópica, nada como recordar o lado humano tanto do poeta quanto do ator, que tornam tão impressionantes estas duas aventuras: a de escrever os 8816 versos de Os Lusíadas, e a de dizer de cor os 8816 versos de Os Lusíadas. O Teatrão, a SUL (em parceria com a Roughcut) e António Fonseca convidam toda a cidade para revisitar Os Lusíadas a partir de um ponto de vista muito diferente do habitual: o das pessoas comuns, que nunca leram senão algumas estrofes do poema. Por isso, começamos com uma série de visitas a tascas tradicionais de Coimbra, onde se podem comer petiscos os mais variados, entremeados com poesia, e seguimos com a apresentação de antologias do poema em escolas secundárias e na Casa da Escrita (numa parceria com o Centro de Estudos Camonianos da Universidade de Coimbra), para culminar no dia da récita com a participação no espetáculo de dezenas de amigos e espetadores, que vão dizer o último canto de Os Lusíadas em conjunto com o ator. Antes ainda, haverá oportunidade para assistir ao documentário "8816 versos" realizado por Sofia Marques e que regista parte da aventura que tem sido falar de cor "Os Lusíadas". 


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Perdidos na Casa de Partida - últimas sessões!

PERDIDOS NA CASA DE PARTIDA (Teatro)
Curso de Teatro e Educação da ESEC
Sala Grande | até 2 de fevereiro | 21h30 | M12 | Bilhete: € 4 (preço único) | Entrada gratuita para professores, estudantes e funcionários da ESEC

Não podemos desistir do nome de Humano.
Cinco quadros de personagens tão perdidas como qualquer um de nós. São talvez estranhas, meio desfiguradas até, mas ligadas a nós pela vontade de se fazerem valer num mundo onde a incerteza reina e a segurança se esvai por entre os dedos.
Estar perdido, à deriva, desarmado é assustador. Mas é daí, de remexer no mais fundo de nós, que nasce o riso, a consciência de quem somos e quem sabe, até mesmo a esperança de continuarmos a ser quem nos propusemos ser.
Afinal, não é por estarmos perdidos que vamos, de bom grado, desistir do nome de Humano.

Alunos do 3º Ano do Curso de Teatro e Educação da ESEC

©Carlos Gomes

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

E agora o que fazemos?

PERDIDOS NA CASA DE PARTIDA (Teatro)
Curso de Teatro e Educação da ESEC
Sala Grande | 23 de janeiro a 2 de fevereiro | 21h30 | Domingo | 17h | M12
Bilhete: € 4 (preço único) | Entrada gratuita para professores, estudantes e funcionários da ESEC

O “Perdidos na Casa de Partida” é um projeto de teatro desenvolvido pelos alunos do 3º ano de Teatro e Educação da ESEC em coprodução com O Teatrão.
“O que é que fazemos agora?” tornou-se o nosso mote de ação, o nosso ponto de partida para um projeto que ambiciona comunicar com o público, e pôr em discussão o que anda no ar e se nos entranha na pele quase até doer, ou quase até rir.
Partindo da nossa situação atual de alunos finalistas prestes a entrar no mercado de trabalho (ou de não trabalho), deparamo-nos agora com medos, dúvidas e indecisões. Medo do futuro, medo do que virá, medo de que não possamos caber num país cada vez mais pequeno, e numa sociedade cada vez mais desumanizada. Medos que são nossos, e que são comuns a tantos outros finalistas, e no fundo, a tantos outros portugueses.


SINOPSE 
Um grupo de 10 atores novatos prepara-se para apresentar um espetáculo. “E se isto corre mal?” é a pergunta que passa pela cabeça de cada um. Não há forma de voltar atrás, o público já está sentado na plateia. Apesar da vontade e do esforço feito para levar a cena uma comédia disparatada sobre um elefante e a sua mãe, são continuamente sabotados pelo seu próprio medo de falhar, e pelos espetadores impacientes e insaciáveis.
A frustração de não conseguirem apresentar o seu espetáculo desencadeia um motim onde se procura um lugar para a culpa.
Da revolta, nasce a necessidade de se juntarem uma vez mais, desta feita para falarem sobre os tempos de hoje. Através de pequenas cenas do quotidiano, que aparentemente nos são estranhas e distantes mas que, no fundo, nos são tão próximas, propõe-se uma discussão sobre a nossa realidade. Envolvidos num ambiente de medo e instabilidade, vemos como consequências a alteração de valores que se refletem nas relações humanas deixando-nos cada vez mais distantes daquilo que nos propusemos inicialmente a ser.


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Texto: a partir de textos dos participantes e de “Vermelhos, Negros e Ignorantes” de Edward Bond Direção: António Fonseca Assistência de Direção: Inês Duarte Elenco: Adriana Pais, Ana Bárbara Soares, Boaventura Faria, Diogo Binnema, Diogo Lestre, Fábio Rocha, Hugo Inácio, Inês Duarte, Joana Saraiva, João Paiva, Telmo Ferreira e Soraia Correia Desenho de Luz: Jonathan Azevedo Cenografia: Adriana Pais, Hugo Inácio, Joana Saraiva e João Paiva Figurinos: Adriana Pais, Fábio Rocha, Inês Duarte e Soraia Correia Adereços: Adriana Pais, Fábio Rocha e Soraia Correia Música: Cristina Faria Direção e apoio musical: Cristina Faria Som: Ana Bárbara Soares, Diogo Lestre e Hugo Inácio Equipa Técnica: João Castro Gomes, Rui Capitão, Jonathan Azevedo e Alexandre Mestre Caracterização: Adriana Pais, Andreia Tomás, Telmo Ferreira e Soraia Correia Fotografia: Carlos Gomes Grafismo: Sofia Frazão Montagem de Cenário: José Baltazar Operação de Luz e Som: Mário Pais e Carolina Carvalhais Frente de Casa: Ana Carolina, Sandy Quaresma, Beatriz Melo Promoção e Divulgação: Inês Duarte, Hugo Inácio, Joana Saraiva e Telmo Ferreira Contacto com Imprensa: Ana Bárbara Soares, Boaventura Rodrigues, Inês Duarte e Joana Saraiva Direção de Produção: Cátia Oliveira Produção: Escola Superior de Educação / O TEATRÃO 2013

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Ouro e As Ninfas

OS LUSÍADAS (Poesia)
ditos por António Fonseca
Tabacaria | 14 de fevereiro | terça | 22h | Maiores de 12 | €5 (normal) e €3 (estudante)

Quase no final da epopeia que é decorar e dizer Os Lusíadas, António Fonseca estreia novamente em Coimbra o penúltimo e antepenúltimo cantos, na íntegra.

"Os Portugueses mexem-se nos meandros políticos da Índia. Os interesses económicos começam a interferir nas relações com os poderes instalados e eles são obrigados a fugir, conseguindo trazer algumas provas do seu feito. Estão de volta à Pátria e Vénus concede-lhes o prémio pelo seu trabalho: uma estadia na Ilha dos Amores com tudo à discrição incluindo as Ninfas. São os cantos VIII e IX. Passados três anos de ter dito o primeiro, concluo esta fase no Teatrão. O X e o resto ver-se-á conforme o andamento da moeda única." - António Fonseca

(Fotografia de Paulo Abrantes)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Do desconcerto do mundo

OS LUSÍADAS (POESIA)
ditos por António Fonseca
Tabacaria | 31 de maio | Terça | 22h

António Fonseca começou a dizer Os Lusíadas em 2008, a estreia de cada canto sendo sempre na Tabacaria da OMT. Chegam-nos agora os cantos VI e VII: "A Armada deixa Melinde e chega à Índia depois de Vénus anular as decisões do Concílio dos Deuses marítimos e amainar a tempestade que interrompe as aventuras dos Magriços, tal como em 1966 o jogo com a Inglaterra em Wembley (nem de propósito!). Não é meigo, Camões, para os que se deixam enredar nas fofuras consumistas e não só (estrofes 95-99 - Canto VI). Índia! Grande sonho! Para tanta gente ainda hoje! Encontram Monçaide, pobre diabo - ou espião? Grande amigo em qualquer caso. A política europeia, de bradar aos céus, já no século XVI, o Catual, o Samorim e o desconcerto que o dinheiro deixa já adivinhar. Camões está muito cansado! Não sei se vai conseguir acabar o Poema. Eu também não sei se consigo acabar isto no próximo ano. Estou muito chocado com o senhor do FMI."

Entrada: € 5


quinta-feira, 27 de maio de 2010

No mar e em terra...

OS LUSÍADAS Cantos IV e V - António Fonseca, Tabacaria, 1 de Junho, 22h - M12
Bilhetes: € 5 (preço único)
VOID - Clara Andermatt, Sala Grande, 3 de Junho, 21h30 - M6
Bilhetes: € 4 (alunos das Classes d'O Teatrão e sócios do GEFAC), € 6 (estudante) e € 12 (normal)

Oh, maldito o primeiro que, no mundo,
Nas ondas vela pôs em seco lenho!
Dino da eterna pena do Profundo,
Se é justa a justa Lei que sigo e tenho!
Nunca juízo algum, alto e profundo,
Nem cítara sonora ou vivo engenho
Te dê por isso fama bem memória,
Mas contigo se acabe o nome e glória!

Abrimos Junho com dois cantos de Os Lusíadas, ditos por António Fonseca, e uma coreografia de Clara Andermatt inspirada em Cabo Verde.

Os preparativos para a viagem à Índia, com o lamento do Velho do Restelo (no canto IV), e a dobragem do Cabo das Tormentas, sob a ameaça do Adamastor (no canto V), serão cantados na Tabacaria, enquanto a gesta terrestre de dois emigrantes cabo-verdianos em Portugal (os intérpretes e co-autores de Void), será dançada na Sala Grande.

As nossas boas-vindas ao verão que se aproxima!


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Canto III - Os Lusíadas

Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo o doce fruito

Quem não conhece tais palavras?... António Fonseca regressa à Tabacaria, já com o Canto III de Os Lusíadas. É neste canto que vamos percorrer toda a História de Portugal até D. Fernando e encontramos Viriato, Afonso Henriques, a formosíssima Maria, Afonso IV, Leonor Teles e, claro, Inês de Castro, entre tantos outros.

Terça-feira, dia 27 de Outubro, às 22h, na Tabacaria da OMT. Preço único: 4 euros.

Junto deixamos fotografias que registam o dizer dos dois primeiros cantos.


Canto I - 5 de Fevereiro 2009 e Canto II - 28 de Maio 2009
(fotografias de Paulo Abrantes)