Eis que chega a Coimbra a adaptação que o Trigo Limpo – Teatro ACERT construiu a partir do romance “A máquina de fazer espanhóis”, a aclamada e premiada obra de Valter Hugo Mãe, um dos mais destacados escritores portugueses da atualidade. No livro, V. Hugo Mãe coloca-nos de forma emotiva num Portugal envelhecido e confronta-nos com uma realidade cada vez mais premente e dolorosa, também.
Foi com esta aventura de final de vida que o grupo de Tondela se quis encontrar e assim surge O FASCISMO DOS BONS HOMENS, título aliás “roubado” ao primeiro capítulo do romance.
Este é, pois, um espetáculo que se constrói como a vida, isto é, entre o cómico e o trágico e que conta a história de António Silva, personagem central e narrador do romance de V. Hugo Mãe. Conduzidos pelo Lar “A Feliz Idade”, chegamos a um universo onde, como no mundo do “faz-de-conta”, idades e comportamentos se confundem (“de velho se torna a menino”, diz o povo), mas cujas personagens não abdicam de refletir sobre as suas lembranças. Como diz uma das personagens, Cristiano Silva, “Quem fomos há-de sempre estar contido em quem somos, por mais que mudemos ou aprendamos coisas novas”.
Para além da sessão para público geral, às 21h30, haverá também uma sessão para grupos escolares às 15h.
O FASCISMO DOS BONS HOMENS
a partir de "A máquina de fazer espanhóis", de Valter Hugo Mãe
Trigo Limpo teatro ACERT | Encenação de Pompeu José
Sala Grande | 12 NOV | quarta | 15h e 21h30 | M12
Sem comentários:
Enviar um comentário