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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Conexão Portugal - Brasil

A digressão que levou o Teatrão ao Brasil começou no dia 24, com o espetáculo "Conta-me como é", o centro do projeto Conexão Portugal - Brasil. Ainda em São Paulo, apresenta-se hoje a versão lusa de "Single Singers Bar", com encenação de Dagoberto Feliz. A relação que conduz a esta internacionalização parte de um trabalho de fundo que se concretizou artisticamente, nos últimos anos, nas duas edições da mostra de teatro “São Palco”, organizadas pelo Teatrão na cidade. Juntam-se a isto as produções orientadas por criadores brasileiros, que desde 2005 criaram pontes e contactos com o Brasil e trouxeram ao Teatrão linguagens artísticas diferentes.

A comemoração do 25 de abril no Brasil acontece em espaços emblemáticos em São Paulo e no Rio de Janeiro, passando pelos palcos da Escola SESC. A relevância cultural das instituições que acolhem esta digressão, e as cidades por onde passa, são motivo de nota. O mérito deste projeto foi, aliás, reconhecido pela DGArtes em forma de apoio à internacionalização. “Conta-me como é” apresenta-se assim ao público brasileiro, acompanhado por atividades paralelas que incluem seminários, oficinas, debates, cinema e dança. O espetáculo, que apresenta uma reflexão sobre Portugal atual, reveste-se de uma importância simbólica associando-se às comemorações da Revolução que marcou uma alteração de rumo no país. Importa também partilhar esta reflexão com o Brasil, país que sentiu a importância e o impacto dos acontecimentos. 

A programação completa está na página 8 do Almanaque (desanual) do Teatrão!



quinta-feira, 6 de novembro de 2014

CONTA-ME COMO É: últimas apresentações!

A curta temporada de CONTA-ME COMO É termina neste fim de semana! Na quinta-feira, dia 6 de novembro, será apresentada a última sessão em versão "reduzida" e, de sexta-feira a domingo, o espetáculo já conta com a participação da Classe T - Grupo de Teatro Amador d'O Teatrão. Na sexta, dia 7, há ainda um motivo extra para vir até à OMT: logo a seguir ao espetáculo, há jam session animada pelos alunos de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra. Esperamos por vós!


CONTA-ME COMO É (Teatro) 
de Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro 
O Teatrão | Encenação de Jorge Louraço Figueira 
Sala Grande | 31 de outubro a 9 de novembro | segunda a sexta | 21h30 | sábado e domingo | 19h | M12 | Entrada: entre €4 e €10 (descontos aplicáveis na compra de bilhete do Programa TEATRO-OUTONO) 

©Carlos Gomes

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"Lemos, ouvimos, lemos" e... reinventamos

Portugal entra-nos todos os dias pelas nossas casas, pelos nossos olhos, pelos nossos ouvidos. Ligamos a TV, a rádio, os smartphones, lemos os jornais e aí está o nosso país - ou pelo menos aquele que a comunicação social nos faz crer que é "o" país real. Mas depois saímos de casa e Portugal também é esse país de gente anónima que anda pelas ruas, que vive um quotidiano tão verdadeiro quanto o outro, mas que não aparece nas "gordas" dos jornais. Gente que tem dentro de si o seu Portugal ou a sua visão, íntima e "não oficial", de Portugal.

CONTA-ME COMO É nasce na sequência de um convite a três premiados dramaturgos portugueses para escreverem sobre o Portugal de cada um deles. Da pena de Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro, surge assim um conjunto de peças curtas, espécie de vinhetas do Portugal contemporâneo, e que são três retratos muito pessoais - e surreais quanto baste - da realidade portuguesa, três visões particulares que os três dramaturgos desenvolveram ao longo de um ano e meio de trabalho. É com base nestas três visões particulares da realidade portuguesa que O Teatrão fabrica uma versão própria do país real e com as quais se tentam recriar as formas de comunicação da imprensa, da rádio e da TV, que passam aos cidadãos uma versão oficial do país, formas de comunicação que neste espetáculo são passadas através do filtro poderoso do teatro.

CONTA-ME COMO É estreou na OMT por ocasião dos quarenta anos do 25 de abril e regressa agora para dez sessões seguidas, com cenário e cenas renovados, mas continuando os atores a assumir a missão de contar tudo, como se estivessem entre amigos íntimos, num descontraído piquenique - e é esta a teatralidade específica desta obra/experiência teatral que nos desafia a falar de nós, de todos nós, e de hoje, deste Portugal de 2014.

A reposição de CONTA-ME COMO É na OMT tem ainda a particularidade de oferecer ao público duas versões de si mesmo, pois de sexta a domingo o espetáculo conta com a participação da Classe T - Grupo de Teatro Amador d'O Teatrão.

CONTA-ME COMO É (Teatro) 
de Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro 
O Teatrão | Encenação de Jorge Louraço Figueira 
Sala Grande | 31 de outubro a 9 de novembro | segunda a sexta | 21h30 | sábado e domingo | 19h | M12 Entrada: entre €4 e €10 (descontos aplicáveis na compra de bilhete do Programa TEATRO-OUTONO) 

©Carlos Gomes

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O Portugal de hoje em dois atos

Esta semana, em Almada, dois pontos de vista poéticos e bem humorados sobre o que é viver, hoje, em Portugal. Um, com texto brasileiro de 1973, fala-nos de sonhos em tempos difíceis e das voltas que as pessoas dão à vida para os poderem concretizar. Outro, com textos de três dramaturgos portugueses de agora, fabrica uma versão própria do país real com personagens que tentam lidar com um quotidiano surreal. 

UM GRITO PARADO NO AR, escrito por Gianfrancesco Guarnieri em 1973, foi um dos textos que mais comoveu o Brasil nos tempos de resistência e que agora, adaptado à nossa realidade, onde o samba de Toquinho se transforma em fado, nos mostra as voltas que as pessoas dão à vida para poderem ter ou manter o seu trabalho e concretizar os seus sonhos. Sonhos em tempos difíceis, mas sonhos dos quais as personagens não podem abrir mão, embora corram o risco de serem engolidos pela realidade vertiginosa do quotidiano. Esta é, ao mesmo tempo, a peça mais alegre e lúdica de Guarnieri: uma celebração do mistério do teatro, com as suas mazelas e a sua grandeza, a sua desordem e o seu fascínio. 

CONTA-ME COMO É, que O Teatrão estreou este ano por ocasião do 25 de abril, é um conjunto de peças curtas, autênticos pedaços do Portugal contemporâneo surgidos da pena de três premiados dramaturgos e com os quais O Teatrão fabrica uma versão própria do país real. Com base nestas três visões particulares da realidade portuguesa, tentam recriar-se as formas de comunicação da imprensa, da rádio e da TV, que passam aos cidadãos uma versão oficial do país, formas de comunicação que neste espetáculo são passadas através do filtro poderoso do teatro. Este espetáculo será também reposto em Coimbra, na Oficina Municipal do Teatro, entre 31 de outubro e 9 de novembro.

Entretanto, a própria Companhia de Teatro de Almada, que acolhe estes dois espetáculos, visita pela primeira vez a OMT e logo com NEGÓCIO FECHADO, um poderoso texto escrito por um dos mais aclamados dramaturgos da atualidade, David Mamet, e vencedor do Prémio Pulitzer (1984).

O TEATRÃO no Teatro Municipal Joaquim Benite (Almada): 

UM GRITO PARADO NO AR 
de Gianfrancesco Guarnieri 
Direção: Antonio Mercado | 17 OUT | sexta | 21h30 | M16 

CONTA-ME COMO É 
de Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro 
Encenação: Jorge Louraço Figueira | 19 OUT | domingo | 16h | M12

segunda-feira, 21 de abril de 2014

CONTA-ME COMO É os 40 anos do 25 de abril!

CONTA-ME COMO É (Teatro)
de Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro
O Teatrão | Encenação de Jorge Louraço Figueira
Sala Grande | 23 a 27 de abril | quarta a sábado | 21h30 | domingo | 17h

CONTA-ME COMO É, em cena de 23 a 27 de abril, é também oportunidade de abrir a OMT à celebração dos 40 anos do 25 de abril e de oferecer um conjunto de atividades pensadas a partir do espetáculo. É assim que a energia própria dos grandes ajuntamentos populares (que o mês de abril tão bem representa) chega ao Teatrão!

Um conjunto de peças curtas surgidas da pena de três premiados dramaturgos, constitui o ponto de partida de CONTA-ME COMO É. São autênticos pedaços do Portugal contemporâneo, escritos segundo a visão particular de Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro.

Num caldeirão onde se deita este material dramatúrgico, mais as ilustrações de André Lemos, as fotografias do projeto 12.12.12, o apoio ao movimento da coreógrafa Marina Nabais, e ainda muitas toalhas e cestos de piquenique, histórias dos 40 anos passados desde o 25 de Abril, e as interpretações de 19 atores, mistura-se uma poção mágica para resistir ao invasor… O Teatrão fabrica uma versão própria do país real que, numa OMT dessacralizada e reinventada pelo cenário de Filipa Malva, a luz de Alexandre Mestre e o som de João Castro Gomes, cabe aos atores contar aos espectadores.

E porque estamos a falar de todos nós e de hoje, este mega-piquenique que o espetáculo propõe será alargado a gentes e áreas diversas, expandindo-se para todo o espaço da OMT. Nos dias das apresentações, O Teatrão oferece um intenso programa de atividades: 

©Carlos Gomes
- no dia 24 de abril, véspera de feriado, há logo a seguir ao espetáculo uma "jam session" organizada pelo curso de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra;

- no dia 25 de abril, integramos a sessão nas Comemorações do Dia da Liberdade e garantimos entrada livre a quem quiser vir assistir;

- a seguir à última sessão, no dia 27 de abril, recebemos alguns deputados da Assembleia da República para conversarmos sobre a democracia que vimos construindo e sobre o papel que cada um de nós tem, ou pode ter, neste Portugal europeu do ano de 2014.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

O Teatrão estreia "Conta-me Como É"

CONTA-ME COMO É nasce da constatação de que os momentos de crise são também os mais oportunos para criar. De que um estado de sujeição involuntária acicata o desejo de tomar nas mãos o destino. Tomando como ponto de partida as obras "Terror e miséria do III Reich", de Bertolt Brecht, e "Terror e miséria no primeiro franquismo", de José Sanchis Sinisterra, três autores encontram, num País e num continente em crise, matéria de criação dramatúrgica – tal como Brecht e Sinisterra haviam encontrado nos terrores do regime nazi e do regime franquista, respetivamente. O resultado – um conjunto de peças curtas, espécie de vinhetas do Portugal contemporâneo – são três retratos muito pessoais da realidade portuguesa, três visões particulares que Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro, os três dramaturgos, desenvolveram ao longo de um ano e meio de trabalho.

Com base neste material dramatúrgico, a encenação do CONTA-ME COMO É tenta recriar em palco as formas de comunicação da imprensa, da rádio e da TV, que passam aos cidadãos uma versão oficial do país, formas de comunicação que neste espetáculo são passadas através do filtro poderoso do teatro.

Para a construção desta outra versão do país, CONTA-ME COMO É revela também uma ambição muito particular: a de reunir uma equipa de gente de todo o país e de várias áreas artísticas para criar uma obra coletiva sobre o que é viver no Portugal contemporâneo. E é por isso que, aos três dramaturgos, se junta um elenco constituído por 19 atores (entre profissionais e alunos das classes d'O Teatrão); à cenógrafa e figurinista Filipa Malva juntam-se a coreógrafa Marina Nabais, o ilustrador André Lemos e a colaboração dos fotógrafos do projeto 12.12.12; e à celebração dos vinte anos d'O Teatrão juntam-se os quarenta anos do 25 de abril.

É com toda esta gente - geográfica e artisticamente variada - que pretendemos fabricar a nossa própria versão do país real, instalando-a num cenário que é um espaço de convívio onde as fronteiras entre espectador e ator se cruzam, e em que a própria Oficina Municipal do Teatro é dessacralizada, tirada do lugar do teatro comercial, do teatro de vanguarda, e também do teatro comunitário. Neste lugar, os atores assumem a missão de contar tudo, como se estivessem entre amigos íntimos, e é esta a teatralidade específica desta obra/experiência teatral, que nos desafia a falar de nós - de todos nós, hoje, aqui, Portugal-Europa 2014.

CONTA-ME COMO É (Teatro)
O Teatrão | Encenação de Jorge Louraço Figueira
Sala Grande | 23 a 27 de abril | quarta a sábado | 21h30 | domingo | 17h Entrada: entre €4 e €10


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Textos: Jorge Palinhos, Pedro Marques e Sandra Pinheiro Encenação e Dramaturgia: Jorge Louraço Elenco: Ana Bárbara Queirós, Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Castro Gomes, João Santos, Margarida Sousa, Nuno Carvalho (Atores d'O Teatrão); Carlos João Santos, Eduardo Faria, Licínia Carvalho, Liliana Taborda, Miguel Fonseca, Paula Carriço, Rita Melo, Sílvio Carvalho, Sofia Coelho, Susana Ladeira e Teresa Sá (Alunos Classes de Teatro) e Nuno Gomes Vozes na Rádio: Ana Rosmaninho, Catarina Ribeiro, Cátia Oliveira e João Conceição | Desenho de Luz: Alexandre Mestre | Apoio ao movimento: Marina Nabais | Cenário e Figurinos: Filipa Malva | Banda Sonora: João Castro Gomes | Ilustração: André Lemos | Grafismo: Unit.Lab, por Francisco Pires e Marisa Leiria | Cabeleireiro: Carlos Gago (Ilídio Design) | Fotografia: Carlos Gomes | Construção de Cenário: José Baltazar | Costureira: Fernanda Tomás | Direção de Produção: Cátia Oliveira | Produção Executiva: Nuno Carvalho | Direção Técnica: João Castro Gomes | Equipa Técnica: Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Rui Capitão | Produção: O TEATRÃO 2014

segunda-feira, 20 de maio de 2013

A vida em comunidade

Depois das edições a cargo de Pedro Marques, Jorge Palinhos e Miguel Castro Caldas, chega a vez da dramaturga Sandra Pinheiro programar, nos dias 25 e 26 de maio, várias atividades em torno da leitura das cenas que escreveu para os atores d’ O Teatrão.

O projeto CONTA-ME COMO É resulta do desafio que O Teatrão lançou a estes quatro dramaturgos em 2012: inspirados pelo movimento que levou Bertolt Brecht a escrever Terror e Misério no III Reich (onde explora e desconstrói a influência do regime nazi nas relações privadas e pessoais do povo alemão), estes autores olharam o Portugal contemporâneo em busca das contradições deste, e escreveram cenas que atentam nos reflexos e influências que o nosso contexto macro atual produz nos planos da intimidade e das relações entre indivíduos. Estas cenas, que visam a construção de um espetáculo em 2014, são o centro deste projeto de programação que permite uma viagem ao universo sobre o qual os dramaturgos se debruçaram.

Sobre aquilo que desenha para esta edição do Conta-me, Sandra Pinheiro reflete: “Eu gosto de escrever sobre coisas que observo e, se repararem, as minhas cenas são muito fotográficas. Por outro lado, outra coisa que caracteriza os temas de que escrevo é o papel social das pessoas na comunidade. Misturando estes dois temas, surgiu a ideia destas atividades na programação: ou seja, uma das atividades vai ser sobre o meu olhar sobre a realidade (a leitura) e todas as restantes pretendem ver o olhar do público sobre essa mesma realidade”.

A autora convida mesmo a comunidade a ter uma participação ativa nesta edição do "Conta-me" para a primeira manhã, em ESQUISOMEDIA 1, está programado um périplo pelas ruas de Coimbra onde os participantes são chamados a registar - utilizando telemóveis, máquinas fotográficas e outros gadgets – as entrevistas que, junto com pedaços de peças dos noticiários atuais, lançarão as bases para no dia seguinte acontecer ESQUISOMEDIA 2, no edifício Sede do CAPC; na tarde de 25, MURO DAS LAMENTAÇÕES traduz-se num exercício artístico que, partindo das queixas das pessoas e do “apontar o que está mal”, pode resultar na construção do mural que servirá de cenário à LEITURA ENCENADA que os atores d’O Teatrão farão nessa noite das cenas de Sandra Pinheiro, na Tabacaria da OMT; AA MEETING – Apáticos Anónimos toma como ponto de partida as reflexões observadas nas atividades anteriores e propõe uma reunião no edifício sede do CAPC com pessoas que se sentem apáticas e incapazes de reagir perante a situação atual. A fechar o "Conta-me Como É", Sandra convida-nos para VELHOS E SÓS, sessão de cinema no Salão Brazil, onde será projetado o filme AMOUR de Michael Haneke.



Sandra Pinheiro é natural de Guimarães, e autora das peças ”Emprateleirados” Prémio Miguel Rovisco 2003 (Teatro da Trindade / Inatel), “BlindDate”, “Homens de cá e de lá”, ”Os filhos de Teresa” (Menção Honrosa Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno 2009), “Os trabalhadores invisíveis”, "O Coach" e “Como ser feliz em apenas 5 dias”. Participou em workshops de escrita com José Sanchis Sinisterra e Linda Seger e com Andrea Thome e Michael Bradford da Lark Play Development Centre de Nova Iorque. Em Julho de 2009, com uma bolsa da DGArtes e da Fundação Calouste Gulbenkian participou na residência de escrita dramática do Royal Court Theatre, em Londres, onde trabalhou sobre o texto “Os trabalhadores invisíveis”, sobre a realidade das fábricas do Norte de Portugal - o mesmo Royal Court que agora convida Sandra a integrar a 25 de junho o PIIGS*, evento onde vários escritores internacionais se juntam aos seus homólogos britânicos no Jerwood Theatre Upstairs para partilharem o que é a e como é a vida para aqueles que vivem na austeridade hoje.

* PIIGS - sigla que na língua inglesa designa Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, os países mais afetados pela crescente austeridade económica.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O direito à palavra

Chegados a abril, é tempo de conhecer os textos que Miguel Castro Caldas escreveu para o CONTA-ME COMO É, projeto de leitura de cenas escritas por quatro dramaturgos portugueses contemporâneos. Entre a Tabacaria da OMT e a Casa da Esquina – parceiros de programação das LINHAS CRUZADAS –, Miguel Castro Caldas propõe ainda a música dos CASAL DO LESTE como complemento à leitura das suas cenas.

CONTA-ME COMO É (Teatro)
Miguel Castro Caldas

É ASSIM: CASAL DO LESTE (MÚSICA)
OMT | Tabacaria | 24 abril | quarta | 22h | Entrada: €5

É ASSIM: REPORTÓRIOS E CENAS (IMPROVISAÇÕES E LEITURAS)
CASA DA ESQUINA | 25 de abril | quinta | 16h30 | entrada livre

No dia 25 de abril, dia de celebração da Liberdade, o elenco d’O Teatrão lerá textos inspirados – quando não mesmo retirados da – realidade aparentemente absurda com que temos lidado nos últimos tempos. As cenas escritas por Castro Caldas retratam episódios reais e recentes que, “contados, ninguém acredita” e que trazem para o palco personagens do nosso quotidiano, dando-lhes espaço para que as ouçamos. Ao mesmo tempo, o autor reflete sobre a própria escrita aquele absurdo, agora explorado em diferentes estilos e géneros literários.

Na véspera, às 22h, e em jeito de senha para esta leitura, os CASAL DO LESTE apresentam o espetáculo "O terror e a miséria também é isto..." com textos de Miguel Castro Caldas. Segundo a banda, neste concerto há uma sucessão de paisagens urbanas, tragédias de classe, histórias de emigrantes com dificuldade de tradução e poetas explorados. Palavras de ordem furiosas ora patéticas em desespero distópico, perdidas na confusão da distância dos jogos políticos, da opinião pública e da procura de ter em que acreditar.

Os Casal do Leste são um quarteto fundado em 2008 entre Lisboa e Caldas da Rainha. Têm vindo a criar desde então uma série de canções low-fi com influências de surf-rock, boogie-woogie, teatro amador, poesia popular, realismo literário e de banda desenhada. É constituído por José Smith Vargas (guitarra e voz), Guitarra: João Cabaço (guitarra), Luís Carreira (baixo) e João Ferro Martins (bateria)


sexta-feira, 22 de março de 2013

Pedaços de vidas

O fim-de-semana idealizado por Jorge Palinhos para o CONTA-ME COMO É termina com a leitura encenada de peças curtas da sua autoria. As cenas escritas por Palinhos emergem da sensação de espanto por algumas situações e eventos, mediáticos ou mais obscuros, que sustentam as relações pessoais e institucionais, e que são aceites com a resignação de quem acha que outra forma de viver não é possível. Por isso são pequenos episódios de vidas pessoais, empresariais, políticas, onde parece que a esperança já não existe.

CONTA-ME COMO É (LEITURA ENCENADA)
OMT | Tabacaria | 23 de março | 21h30 | entrada livre 


quinta-feira, 21 de março de 2013

Música para moldar o corpo e transformar o espírito

O CONTA-ME COMO É programado por Jorge Palinhos abrange três atividades a desenvolver com o dj sérvio Lukatoyboy - uma blind tape, um concerto e um workshop - , que se repartem pela OMT e pelo Salão Brazil.

CONTA-ME COMO É
Jorge Palinhos

BLIND TAPE QUARTETS (MÚSICA)
SALÃO BRAZIL | 22 março | sexta | 14h30 – 19h30

Um gravador de cassetes portátil com quatro pistas, uma para cada músico (profissional ou estreante, declamador ou poeta de ocasião), e um pequeno estúdio. Da mistura resulta um BLIND TAPE QUARTET, projeto lançado por Lukatoyboy em 2010 pela sua editora Blind Tapes, em formato digital e cassete de edição limitada


LUKATOYBOY vs PT (MÚSICA)
Blind Tapes (Sérvia)
OMT | Tabacaria | 22 março | sexta | 22h00

«Primeiro dança-se, depois pensa-se. É essa a ordem natural das coisas» disse um dia Samuel Beckett. Diariamente somos bombardeados com milhões de ruídos, músicas, palavras, soundbytes, discursos, notícias, etc. Vamos dançar ao som deles? Com a cumplicidade do internacionalmente conhecido DJ Lukatoyboy, vamos esquecer discursos políticos, pregões, canções e notícias do nosso quotidiano e simplesmente dançar ao seu ritmo.


SOM ÀS CEGAS (FORMAÇÃO)
a partir dos 12 anos
OMT | Tabacaria | 23 março | sábado | 14h30 – 18h30 | Inscrição: 10 euros

Música eletroacústica improvisada a partir de samples de vários objetos, brinquedos, vozes e gravações de campo, cruzados com feedbacks, sintetizadores analógicos, bobinas eletromagnéticas, e outras pequenas surpresas. Workshop limitado a 20 participantes, e dirigido a todos os fascinados pela forma como o som nos pode moldar o corpo e transformar o espírito.


quarta-feira, 20 de março de 2013

3, 2, 1... está a gravar!

CONTA-ME COMO É
Jorge Palinhos


BLIND TAPE QUARTETS (MÚSICA)
SALÃO BRAZIL | 22 março | sexta | 14h30 – 17h30 | Entrada livre

Um gravador de cassetes portátil com quatro pistas, uma para cada músico (profissional ou estreante, declamador ou poeta de ocasião), e um pequeno estúdio. Da mistura resulta um BLIND TAPE QUARTET, projeto lançado por Lukatoyboy em 2010 pela sua editora Blind Tapes, em formato digital e cassete de edição limitada.



terça-feira, 19 de março de 2013

A realidade de boca em boca

CONTA-ME COMO É
Jorge Palinhos

DIAS CONTADOS (HISTÓRIAS)
CASA DA ESQUINA | 21 de março | quinta | 21h30 | entrada livre

Há muitas formas de entender o presente - com teorias, estatísticas, projeções, estudos, inquéritos, etc. Mas neste encontro informal vamos tentar compreendê-lo através da mais antiga forma de entendimento do mundo: as histórias contadas de boca em boca. Todos os participantes são encorajados a trazer consigo histórias reais - que aconteceram consigo, que aconteceram a pessoas que conhecem - a fim de, em conjunto, todos as podermos ouvir, contar e tentar desemaranhar a complexa teia da realidade.


segunda-feira, 18 de março de 2013

A rua como um museu

CONTA-ME COMO É
Jorge Palinhos

MUSEU DA RUA (INSTALAÇÃO)
CAPC – Edifício Sede | de 21 a 23 de março | 14h00 – 20h00 | entrada livre

A rua é o lugar comum por excelência, onde nos podemos encontrar, reunir, manifestar, e, por vezes, até viver. Esta instalação pretende dar a ver e a ouvir algumas das entidades vivas e não vivas que enchem as nossas ruas e fazer do lugar de onde se vê - a galeria - o sítio onde se pode experimentar o lugar por onde tantas vezes passamos e que não vemos, a própria rua. 


sexta-feira, 15 de março de 2013

A realidade na ribalta

O CONTA-ME COMO É de março, organizado em torno das cenas escritas por Jorge Palinhos, volta a propor um fim-de-semana de intensa atividade distribuída pelas quatro casas das LINHAS CRUZADAS.

Entre 21 e 23 de março, Jorge Palinhos apimenta a leitura das suas cenas com uma programação com a qual o autor pretende colocar em evidência a realidade que nos circunda e que muitas vezes rejeitamos ou esquecemos de olhar, mesmo que esteja ao nosso lado – mas também a realidade do que sentimos, do que sonhamos, do que vivemos ou do que os outros viveram. No fundo, a proposta de Palinhos para este março é que tentemos descobrir de novo as histórias, os objetos e sons que compõem o nosso quotidiano, para assim melhor o entender.

Entre uma instalação, um workshop de música eletroacústica, um concerto de música de dança, um blind tape (não date!) de sons e música e uma sessão de histórias, há muito que ver, ouvir e contar.

CONTA-ME COMO É (Teatro)
Jorge Palinhos

MUSEU DA RUA (INSTALAÇÃO)
CAPC – Edifício Sede | de 21 a 23 de março | quinta a sábado | 14h00 – 20h00 | entrada livre

DIAS CONTADOS (HISTÓRIAS)
CASA DA ESQUINA | 21 de março | quinta | 21h30 | entrada livre

BLIND TAPE QUARTETS (MÚSICA)
SALÃO BRAZIL | 22 março | sexta | 14h30 – 17h30 | entrada livre

LUKATOYBOY vs PT (MÚSICA)
Blind Tapes (Sérvia)
OMT | Tabacaria | 22 março | sexta | 22h00 | Entrada: €5

SOM ÀS CEGAS (FORMAÇÃO)
a partir dos 12 anos
OMT | Tabacaria | 23 março | sábado | 14h30 – 18h30 | Inscrição: € 10

CONTA-ME COMO É (LEITURA ENCENADA)
OMT | Tabacaria | 23 de março | sábado | 21h30 | entrada livre


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O Portugal de Pedro Marques

Clientes de um generoso hipermercado, políticos telegénicos, anões e empregadas de limpeza de discotecas, ex-toxidependentes, amores frustrados – eis o Terror e a Miséria do Portugal contemporâneo de Pedro Marques, cujas cenas serão lidas pelos atores d’O Teatrão, dirigidos por Jorge Louraço Figueira. Desta vez, no Edifício Sede do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, mesmo junto às Escadas Monumentais.

CONTA-ME COMO É (LEITURA ENCENADA)
de Pedro Marques
CAPC – Edifício Sede | 24 de fevereiro | domingo | 15h | entrada livre


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Music is the best

Um tema para esta noite? "That's the theme of our program for tonight. It's so FUCKING GREAT to be alive! Is what the theme of our show is tonight, boys and girls. And I wanna tell ya, if there is anybody here who doesn't believe that it is FUCKING GREAT to be alive, I wish they would go now, because this show will bring them down so much..." Frank Zappa, 1971.

THE CHROME PLATED MEGAPHONE OF DESTINY (MÚSICA)
Banda de homenagem à música de Frank Zappa | OMT | Tabacaria | 23 de fevereiro | sábado | 21h30 | Entrada: €5

Flip, Mikao, Zé Paulo, Rodney, Vasquo, Ruth e um músico para homenagear. O escolhido: Frank Zappa. Um imaginário delirante, acordes de garagem (mas originais), prazeres da noite... Todos gostam de rollin’ on the bed, afinal. Um espetáculo que é uma homenagem, não um tributo. Tributar quer dizer pagamento, imposto. Homenagear, não. Homenagear é festejar a música – Music is the best.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mundo em mudança

O CONTA-ME COMO É de Pedro Marques assenta na ideia de que “o mundo está (e não, “é”) em permanente mudança e que todos desempenhamos um papel importante (de protagonistas) nele”. A trilogia ZEITGEIST – ADDENDUM – MOVING FORWARD, de Peter Joseph, demonstra que “esta crise não é um percalço num sistema, ela É o próprio sistema”.
A entrada para estes eventos é como o pensamento que os originou, ou seja, livre. Só não se perca no caminho: a projeção dos filmes está divida entre a Casa da Esquina e o Salão Brazil.

ZEITGEIST: O FILME (CINEMA)
de Peter Joseph
CASA DA ESQUINA | 22 de fevereiro | sexta | 21h | entrada livre

ZEITGEIST: ADDENDUM (CINEMA)
de Peter Joseph
SALÃO BRAZIL | 23 de fevereiro | sábado| 14h | entrada livre

ZEITGEIST: MOVING FORWARD (CINEMA)
de Peter Joseph
CASA DA ESQUINA | 24 de fevereiro | domingo | 10h30 | entrada livre


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Conta-me como é

O CONTA-ME COMO É é um projeto em que quatro dramaturgos (Jorge Palinhos, Miguel Castro Caldas, Pedro Marques e Sandra Pinheiro) se propõem fazer um retrato pessoal do país. Os pontos de partida para a criação dos textos foram as obras Terror e Miséria no III Reich, de Bertolt Brecht, e Terror e Miséria no Primeiro Franquismo, de J. Sanchis Sinisterra. Inspirações à parte, neste início do séc. XXI, num Portugal e numa Europa em “crise” e num mundo irreversivelmente globalizado, que Terror e que Miséria nos moldam? Que “poderes” influenciam os nossos hábitos e modo de vida e que relação se estabelece entre o Indivíduo e o Poder instituído?

No primeiro semestre de 2013, apresentamos a primeira parte deste projeto, lendo cenas inéditas daqueles quatro dramaturgos em quatro sessões, uma por autor, espalhadas por quatro meses. Esta série teatral culminará, em 2014, com um espetáculo onde se cruzarão as cenas dos quatro autores. Fevereiro é o mês de Pedro Marques no CONTA-ME COMO É, com uma programação repartida pelas quatro casas das LINHAS CRUZADAS:

CONTA-ME COMO É
Pedro Marques

ZEITGEIST: O FILME (CINEMA)
de Peter Joseph
CASA DA ESQUINA | 22 de fevereiro | sexta | 21h | entrada livre

ZEITGEIST: ADDENDUM (CINEMA)
de Peter Joseph
SALÃO BRAZIL | 23 de fevereiro | sábado | 14h | entrada livre

THE CHROME PLATED MEGAPHONE OF DESTINY (MÚSICA)
Banda de homenagem à música de Frank Zappa | OMT | Tabacaria | 23 de fevereiro | sábado | 21h30 | Entrada: €5

ZEITGEIST: MOVING FORWARD (CINEMA)
de Peter Joseph
CASA DA ESQUINA | 24 de fevereiro | domingo | 10h30 | entrada livre

CONTA-ME COMO É (LEITURA ENCENADA)
CAPC – Edifício Sede | 24 de fevereiro | domingo | 15h | entrada livre

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Um novo condomínio em Coimbra

Para 2013/2014, O Teatrão, o Jazz ao Centro, o CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e a Casa da Esquina inauguram LINHAS CRUZADAS: um autêntico bairro das artes, onde as casas das quatro entidades partilham uma vizinhança com capacidade de contágio e cruzamento de obras, artistas e públicos, articulando uma programação conjunta que inclui música, teatro e artes plásticas. CONTA-ME COMO É é a primeira produção d’O Teatrão para este projeto, onde a propósito da leitura de cenas inéditas sobre o país atual, damos carta branca aos seus autores para programarem um fim de semana de atividade cultural em torno dessas cenas. Esta série teatral culminará, em 2014, com um espetáculo onde se cruzarão as cenas dos quatro autores, a apresentar também nos vários espaços das LINHAS CRUZADAS, numa série de episódios teatrais. Neste fevereiro, apresentamos o programa pensado por Pedro Marques e que inclui cinema (a trilogia ZEITGEIST – ADDENDUM – MOVING FORWARD, de Peter Joseph), música (um espetáculo-homenagem a Frank Zappa) e leitura encenada das suas cenas.