segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cahahahahabaret de Variedades - prolongamento de temporada

Devido à afluência de público, o espetáculo Cahahahahabaret de Variedades terá sessões extra nos dias 4, 5 e 7 de julho.

  
 Fotografia de Carlos Gomes 


Cahahahahabaret de Variedades | Autoria e Direção de Clóvis Levi | 3º Ano do Curso de Teatro e Educação da ESEC | 13 junho a 7 julho | quarta a sábado | 22h | Bilhete: € 4 (preço único) | No dia 6 de julho, sexta-feira, não há sessão

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A Tempestade

LEITURAS ATRAVESSADAS (ciclo de leituras) 
A Tempestade | 19 de junho | terça | 22h | Entrada Livre 

Nossa festa acabou. Nossos atores, 
que eu avisei não serem mais que espíritos, 
derreteram no ar, no puro ar: 
e como a trama vã desta visão, 
as torres e os palácios encantados, 
templos solenes, como o globo inteiro, 
sim, tudo o que ele envolve, vão sumir 
sem deixar rastros. Nós somos o estofo 
de que se fazem os sonhos, e esta vida 
é encerrada no sono. 

Sinopse 
Uma tempestade faz naufragar o navio onde viaja o rei de Nápoles, Alonso, o filho, Ferdinand, além do duque de Milão, Antonio, um usurpador. Numa ilha próxima, Miranda assiste aflita ao naufrágio. É a jovem filha de Próspero, o anterior duque de Milão. Há anos atrás, ambos foram expulsos de Milão por Antonio, e abandonados num barco à deriva. Foi Próspero que, recorrendo a poderes mágicos, causou a tempestade. Às ordens de Próspero estão Ariel, um espírito, e Caliban, um monstro. Próspero orquestra um encontro entre Miranda e Ferdinand, que se apaixonam à primeira vista. Aos restantes náufragos, fá-los arrependerem-se dos males que lhe causaram. No final, perdoa aos seus inimigos, permite o casamento de Miranda com Ferdinand, e liberta Ariel e Caliban. 

No primeiro semestre de 2012, damos a conhecer a obra de Shakespeare de várias maneiras: nas Leituras Atravessadas, uma vez por mês, lemos as peças mais emblemáticas; no espetáculo Shakespeare pelas Barbas, que esteve em cena entre março e abril, apresentamos uma fusão entre personagens shakespearianas e personagens atuais, inspiradas em pessoas reais; e na Visita com Shakespeare ao Castelo, em julho, em Montemor-o-Velho, com direção de Deolindo Pessoa, fazemos uma colagem e adaptação ao espaço de cenas das principais peças do autor inglês.

 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Workshops Expressão Dramática - Inscrições abertas

EXPRESSÃO DRAMÁTICA (formação) | a partir dos 6 anos 
Sala de Ensaios | 2 a 6 de julho | segunda a sexta | Inscrições até 28 de junho | Valor de inscrição: € 30 (desconto para irmãos) 

Mais uma vez, em tempo de férias letivas, O Teatrão desenvolve workshops de Expressão Dramática. Os workshops proporcionam aos participantes um conjunto de atividades lúdicas que propiciam o jogo dramático, estimulando a imaginação, a expressão e a relação com o outro.

 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O Urso e a Raposa em digressão

A história de Nanu, um urso polar, e Fana Fox, uma raposa do deserto, que se juntam ao circo – fugindo da raça humana - depois de muitas desventuras nas vizinhanças da OMT. 

N'AS EXTRAORDINÁRIAS AVENTURAS DO URSO POLAR E DA RAPOSA DO DESERTO contamos a aventura de dois animais, um urso polar e uma raposa do deserto, recém-chegados a Coimbra e à vizinhança da Oficina Municipal de Teatro. A história do urso e da raposa é destinada não só às crianças mas também aos adultos, na esperança de que pais e filhos venham juntos ao teatro. Os mais velhos poderão reviver o encantamento pelas fábulas e contos populares, e os mais novos poderão imaginar como é crescer.

AS EXTRAORDINÁRIAS AVENTURAS DO URSO POLAR E A RAPOSA DO DESERTO (teatro)
Tondela - Associação ACERT | Auditório 1 | M4 | 12 de junho | terça | Sessões para público escolar: 10h00 e 14h30 | Preço dos bilhetes: € 2
 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Cá dentro inquietação, inquietação...

Cahahahahabaret de Variedades | Autoria e Direção de Clóvis Levi | 3º Ano do Curso de Teatro e Educação da ESEC | 13 a 30 junho | quarta a sábado | 22h | Bilhete: € 4 (preço único) 

Cá dentro inquietação, inquietação... Portugal tão massacrado com a crise europeia precisa rir e o nosso Cahahahahabaret de Variedades está aqui para diverti-lo!

Cahahahahabaret é um espetáculo de variedades repleto de humor, música e dança num ambiente de Cabaret com um cheirinho bem português. 

É neste ambiente que, mais uma vez, o curso de Teatro e Educação da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), que já conta com mais de 10 anos, apresenta o seu novo espetáculo. Este curso sempre se propôs a uma perspetiva de teatro para intervenção na comunidade e desta vez não é exceção. 

Dura já há vários anos uma estreita relação entre o curso e a companhia de teatro O Teatrão , que juntos têm colaborado e coproduzido vários projetos que vêm sendo desenvolvidos na cidade nestes últimos anos.

A(s) crise(s) dos portugueses levaram à construção deste Cabaret, numa altura em que questionamos se “rir-agir” não será a melhor solução e é isso que este espetáculo sugere. Apesar das cenas cómicas, não esquece a necessidade de intervir, de reagir, de procurar uma solução que nos faça ultrapassar este obstáculo que tanto tem preocupado todos os portugueses. 

Com teatro, dança, muita comicidade e música ao vivo, pelos alunos do 1º ano do Curso de Música, os alunos finalistas do 3º ano do Curso de Teatro e Educação da ESEC convidam-no a vir à Tabacaria d'O Teatrão na Oficina Municipal do Teatro de 13 a 30 de junho.

   
 ©Carlos Gomes 


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA 
Autoria e Direção: Clovis Levi Codireção: Pamela Jean Croitorou Direção Musical e Vocal: Cristina Faria Direção Instrumental: André Pereira Coreografias: Cristina Leandro Desenho de Luz: Jonathan Azevedo Cenografia: Ana Bárbara Queirós, Carla Castanheira, Celso Pedro e Mário Pais Figurinos: Andreia Tomás, Celso Pedro, Mário Pais, Sílvia Saraiva e Susana Ferreira Cabeleireiro: Carlos Gago (Ilídio Design) Caracterização: Rodrigo Rocha Elenco: Ana Bárbara Queirós, Andreia Tomás, Ariana Janice Gomes Mané, Carla Castanheira, Celso Pedro, Mariana Sá, Mário Pais, Susana Ferreira, Susana Oliveira Músicos: Guitarra Elétrica - Pedro Marques e Ricardo Costa; Guitarra Clássica - Bruno Oliveira, Diogo Passos, Maria dos Santos e Rafael Silva; Baixo Elétrico - João Pascoal e Pedro Marques; Contrabaixo - Márcio Cabral; Flauta Transversal - Letícia Farias; Violino - André Isidoro; Clarinete - Auxiliadora Dias; Saxofone - Vanessa Romão; Percussão - Cláudio Afonso, João Machado e Rafael Silva Confeção de Figurinos: Cátia Teles e Sílvia Saraiva Adereços: Celso Pedro e Sílvia Saraiva Fotografia: Carlos Gomes Grafismo: Guilherme Almeida Montagem de Cenário: José Baltazar Operação de Luz e Som: Equipa Técnica d’O Teatrão – Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Jonathan Azevedo, Rui Capitão; Mariana Gomes (ESEC) Frente de Casa: Carolina Carvalhais e Júlia Pereira Promoção e Divulgação: Andreia Tomás, Mariana Sá, Susana Ferreira, Susana Oliveira Contacto com Imprensa: Ana Bárbara Queirós e Mariana Sá Direção de Produção: Cátia Oliveira Produção: Escola Superior de Educação / O TEATRÃO 2012

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A mercadoria emancipa?

ÓPERA DOS VIVOS | Companhia do Latão | TAGV | 8 de junho | sexta | 21h30 | Bilhetes à venda no TAGV

    
 ©Companhia do Latão 

“Ópera dos Vivos” é o resultado de um estudo iniciado pela Companhia do Latão em meados de 2007. Após a encenação de “O Círculo de Giz Caucasiano”, texto de Brecht, o grupo desenvolve o seu núcleo de cinema e realiza uma série de experiências audiovisuais. Dois desses trabalhos, “Senhorita L” (2007) e “Ensaio sobre a Crise” (2009) foram apresentados em televisões públicas. O contacto com situações de produção especializadas, com realidades de trabalho muito distintas da improvisação ou coletivização das práticas, comuns no teatro de grupo, passou a inspirar uma pesquisa sobre a mercantilização do trabalho artístico atual e sua ideologia. Por força da estratégia brechtiana que fundamenta o grupo, a primeira fase dos ensaios foi marcada pelo deslocamento do assunto para um contexto histórico diverso. Foram assim realizados estudos sobre o teatro do século XVIII. O próprio nome “Ópera dos Vivos” é uma alusão aos espetáculos feitos por atores de carne e osso, em contraste com o teatro de bonecos que predominava no Rio de Janeiro colonial. Com o desenvolvimento da pesquisa, o projeto de uma peça histórica sobre os artistas desclassificados do Brasil colónia (que montavam óperas italianas) foi suspenso. O grupo retorna em 2008 aos improvisos sobre a indústria cultural. Elege como tema de pesquisa cénica a atualidade da música popular brasileira, televisão e show business, num diálogo com um debate já apontado pelo espetáculo “O Mercado do Gozo”, de 2003. Teve início, assim, uma segunda fase de ensaios (ao longo de 2008), que conviveu com a conclusão do projeto “Companhia do Latão dez anos”. Este projeto demandou enormes esforços para remontagens de vários espetáculos, lançamentos de três livros e oito videodocumentários sobre a história do grupo. Nessa fase predominaram exercícios de improvisação sobre artistas da nova geração que em condição periférica reproduzem padrões estéticos mundializados. 

Uma mudança mais radical no rumo dos estudos para “Ópera dos Vivos” ocorreu no ano de 2009. Em paralelo às viagens por todo o Brasil para apresentações e difusão dos livros, optaram por realizar novos estudos sobre a produção artística dos anos 1960. Voltavam ao debate sobre os “mortos” e “vivos” da cultura, responsáveis pelas mais importantes realizações de uma arte que se pretendeu também nacional. O tema já havia sido sondado pelo grupo em “Equívocos Colecionados”, espetáculo de 2004, restrito, na ocasião, ao diálogo com a filmografia de Glauber Rocha. O objetivo da guinada nos ensaios era discutir as formas da indústria cultural brasileira a partir do embate com seu passado, numa investigação sobre as contradições entre ideias e situações produtivas. Inspirados pelo ensaio “Cultura e Política”, de Roberto Schwarz, os artistas do grupo dedicam-se, então, a um grande trabalho de leituras, entrevistas e experiências cénicas, em que traçam as bases teóricas para uma dramaturgia que não poderia ser de um único espetáculo, mas de um repertório. Assim, no ano de 2010, as estruturas cénicas e dramatúrgicas ganham corpo. “Ópera dos Vivos” torna-se num espetáculo-estudo composto por quatro peças mais ou menos independentes. Os seus temas são variados: três atos parecem estar mais no passado e o último na atualidade, mas essas ênfases deslocam-se a todo o tempo na medida em que se acentua a reflexão sobre o trabalho da cultura. Personagens saem de uma narrativa e atravessam outra. Teatro, filme, show, drama televisivo: a própria forma está no centro do assunto reflexivo. Sendo um estudo que parte dos anos 1960, período que ainda dá categorias e alguma substância ao imaginário nacional contemporâneo, a dialética da cultura que se mercantiliza é, também aqui, uma história política. 

FICHA TÉCNICA 
Elenco: Helena Albergaria, Ney Piacentini, Martin Eikmeier, Rodrigo Bolzan, Carlos Escher, Maurício Braz, Adriana Mendonça, Renan Rovida, Rogério Bandeira, Carlota Joaquina e Ana Petta Direção Musical: Martin Eikmeier Iluminação: Melissa Guimarães Cenografia: Renato Bolelli Rebouças e Vivianne Kiritani Coordenação de cinema: Luiz Gustavo Cruz Pesquisa de Dramaturgia: Roberta Carbone e Filipe Moraes Direção de Produção: João Pissarra Direção e dramaturgia: Sérgio Carvalho 

 
©Bob Sousa 

A COMPANHIA DO LATÃO - companhiadolatao.com.br 
Inspirado na tradição brechtiana, o trabalho da Companhia do Latão desenvolve-se desde 1996. Com “O Nome do Sujeito” (1998), escrita pelos dramaturgos e diretores Sérgio de Carvalho e Márcio Marciano a partir da improvisação dos atores, teve início o exame da vida nacional brasileira segundo os recortes determinados por uma reflexão dialética aliada a um trabalho baseado na produção coletiva dos materiais mais tarde traduzidos em dramaturgia. (…) Radicalmente experimentais, a cena e o texto da Companhia do Latão traduzem o empenho em levar às últimas consequências a superação dos limites formais do repertório brasileiro. (…) A companhia tornou-se uma referência para o teatro em São Paulo no que se refere à conjugação de pesquisa estética avançada e politização da cena. (Iná Camargo Costa, Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe.)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O gemido do passado

HYGIENE 
Grupo XIX de Teatro | Largo da Sé Velha | 7 de junho | quinta | 20h | M14 | Duração: 90 min
Prémio Qualidade Brasil 2005 

 
 © Adalberto Lima 

Encenada à luz do dia, originalmente, nos prédios históricos da Vila Operária Maria Zélia (1917), a peça é baseada numa pesquisa sobre o processo de higienização urbana no Brasil do fim do século XIX, onde um grande contingente de culturas e ideias dividem o mesmo teto - o cortiço. E desse caldeirão de misturas surgem os embriões de importantes manifestações da nossa identidade, assim como as desigualdades sociais que marcam profundamente os nossos dilemas atuais. 

“Hygiene” faz uma reflexão sobre o momento histórico em que o Brasil se construía numa velocidade acelerada recebendo diariamente milhares de imigrantes. É esse contingente de culturas e ideias que coabitavam nos grandes cortiços do centro do Rio de Janeiro. 

Contando a história de operários, imigrantes, lavadeiras, meretrizes, ex-escravos, curandeiros, comerciantes do Rio de Janeiro da virada do século XIX/XX, quando a habitação se tornou numa questão pública e a sociedade, inspirada por modelos urbanos europeus, resolve pôr em prática a ideia de uma casa unifamiliar, o Grupo XIX de Teatro traz à tona as características que vão marcar profundamente a construção da identidade brasileira. O samba, o sincretismo religioso, as lutas operárias, entre outras manifestações sócio-culturais, geraram os seus embriões nessas habitações coletivas. Colocar essas vidas do passado em contacto com os nossos dias atuais é pôr em foco os dilemas e desafios brasileiros para o futuro. 

A peça propõe uma ocupação espacial em escala urbana, ou seja, transborda o limite do edifício para tomar o espaço público, a rua. 

FICHA TÉCNICA 
Pesquisa e Criação: Grupo XIX de Teatro Dramaturgia: Janaina Leite, Juliana Sanches, Luiz Fernando Marques, Paulo Celestino, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya e Sara Antunes Elenco: Janaina Leite, Juliana Sanches, Paulo Celestino, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya e Tatiana Caltabiano Direção: Luiz Fernando Marques Figurinos: Renato Bolelli Contrarregra: Felipe Cruz Produção: Grupo XIX de Teatro Produtora Executiva: Graziella Mantovani 

 
© Adalberto Lima 

GRUPO XIX DE TEATRO - grupoxix.com.br Coletivo nascido no Centro de Artes Cénicas da Universidade de São Paulo, a partir de pesquisa académica. Os seus espetáculos narram dramas sociais e políticos, apresentados em edifícios antigos, invariavelmente abandonados, aproveitando a arquitetura como cenografia e a luz natural como iluminação. A génese do grupo segue a tendência dos chamados processos colaborativos na cena contemporânea brasileira da viragem do milénio. A afirmação do vínculo do teatro com a cidade, e vice-versa, fica patente já na primeira produção, “Hysteria”, que estreia no circuito académico em novembro de 2001, mas só vai chamar a atenção do público e dos média no Festival de Teatro de Curitiba, em março do ano seguinte. O diretor Luiz Fernando Marques e as atrizes Gisela Millás, Janaina Leite, Juliana Sanches, Raissa Gregori e Sara Antunes são protagonistas de uma aventura teatral que os leva não só a outros Estados, percorrendo festivais, mas também a França, Portugal e Cabo Verde. (Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro).