quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mostra São Palco: HYGIENE

HYGIENE (Teatro de rua)
Grupo XIX de Teatro | Largo da Sé Velha | 31 de maio e 1 de junho | sexta e sábado | 19h | M14 | Duração: 80 min | Entrada gratuita, sujeita a reserva
Prémio Qualidade Brasil 2005

Encenada à luz do dia, originalmente, nos prédios históricos da Vila Operária Maria Zélia (1917), a peça é baseada numa pesquisa sobre o processo de higienização urbana no Brasil do fim do século XIX, onde um grande contingente de culturas e ideias dividem o mesmo teto - o cortiço. E desse caldeirão de misturas surgem os embriões de importantes manifestações da nossa identidade, assim como as desigualdades sociais que marcam profundamente os nossos dilemas atuais.

“Hygiene” faz uma reflexão sobre o momento histórico em que o Brasil se construía numa velocidade acelerada recebendo diariamente milhares de imigrantes. É esse contingente de culturas e ideias que coabitavam nos grandes cortiços do centro do Rio de Janeiro.

Contando a história de operários, imigrantes, lavadeiras, meretrizes, ex-escravos, curandeiros, comerciantes do Rio de Janeiro da virada do século XIX/XX, quando a habitação se tornou numa questão pública e a sociedade, inspirada por modelos urbanos europeus, resolve pôr em prática a ideia de uma casa unifamiliar, o Grupo XIX de Teatro traz à tona as características que vão marcar profundamente a construção da identidade brasileira. O samba, o sincretismo religioso, as lutas operárias, entre outras manifestações sócio-culturais, geraram os seus embriões nessas habitações coletivas. Colocar essas vidas do passado em contacto com os nossos dias atuais é pôr em foco os dilemas e desafios brasileiros para o futuro.

A peça propõe uma ocupação espacial em escala urbana, ou seja, transborda o limite do edifício para tomar o espaço público, a rua.

©Carlos Gomes - Rua Fernandes Tomás, em Coimbra, 2012

FICHA TÉCNICA
Pesquisa e Criação: Grupo XIX de Teatro Dramaturgia: Janaina Leite, Juliana Sanches, Luiz Fernando Marques, Paulo Celestino, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya e Sara Antunes Elenco: Janaina Leite, Joana de Freitas, Juliana Sanches, Paulo Celestino, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya e Tatiana Caltabiano Direção: Luiz Fernando Marques Figurinos: Renato Bolelli Contrarregra: Felipe Cruz Produção: Grupo XIX de Teatro Produtora Executiva: Vanessa Candela

terça-feira, 28 de maio de 2013

O melhor do Teatro de S.Paulo volta a Coimbra

De 31 de maio a 9 de junho, e pelo segundo ano consecutivo, O Teatrão volta a trazer a vários espaços da cidade de Coimbra trabalhos exemplares de alguns dos grupos de referência da cidade de São Paulo, no âmbito da MOSTRA SÃO PALCO. O público que se queira deslocar à Oficina Municipal do Teatro, ao  Teatro Académico de Gil Vicente, ao Colégio das Artes e Largo da Sé Velha para assistir aos trabalhos do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos e do Grupo XIX de Teatro poderá fazê-lo numa de duas datas à escolha, já que cada espetáculo apresentará duas sessões, ao invés das sessões únicas que a edição do ano passado oferecia.

A colaboração com outras entidades e instituições faz com que este ano o público possa ainda assistir a espetáculos São Palco em noutras cidades do território português, a saber: Santa Maria da Feira (Imaginarius), Porto (FITEI), Torres Novas (Teatro Virgínia) e Torres Vedras (Teatro-Cine).

Com origem em métodos muito diversos (que vão da improvisação coletiva à adaptação de textos narrativos, passando por uma dramaturgia de fragmentação e coralidade), o desenvolvimento da linguagem teatral destes grupos teve sempre como pano de fundo o retrato cénico da cidade de São Paulo, e as releituras que são feitas por cada companhia dos mitos, estórias ou mesmo da História são sempre à luz de uma visão sobre o Brasil contemporâneo.




MOSTRA SÃO PALCO:

HYGIENE (Teatro de Rua)
Grupo XIX de Teatro
LARGO DA SÉ VELHA - COIMBRA | 31 maio e 1 junho | sexta e sábado | 19h | M14 | Entrada livre (sujeita a reserva)

A DÓCIL
Folias
4 e 5 junho | CANCELADO

VAI-TE CATAR
Núcleo Bartolomeu de Depoimentos
Teatro Académico de Gil Vicente | 4 de junho | terça | 18h30 e 21h30 | M12 | Bilhetes à venda no TAGV

ORFEU MESTIÇO – UMA HIPHÓPERA BRASILEIRA
Núcleo Bartolomeu de Depoimentos
OMT | Sala Grande | 5 e 6 de junho | quarta e quinta | 21h30 | M14 | Entrada: €5 (preço único)

HYSTERIA
Grupo XIX de Teatro
COLÉGIO DAS ARTES | 8 e 9 de junho | sábado e domingo | 17h | M14 | Entrada: €5 (preço único)

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ano Brasil em Portugal: Mostra de Artes Cénicas: NAVALHA NA CARNE

NAVALHA NA CARNE (Teatro)
de Plínio Marcos
Antecâmara da OMT | 29 e 30 de maio | quarta e quinta | 22h | M16 | Entrada: €5 (preço único) | Lotação limitada

A Mostra de Artes Cénicas - Ano Brasil em Portugal completa-se no final de maio com uma das melhores obras de um dos maiores autores brasileiros do séc. XX. A 29 e 30 de maio, na Antecâmara da OMT, será apresentada NAVALHA NA CARNE, escrita por Plínio Marcos em 1967 e logo censurada pela ditadura brasileira, que proibiu a sua representação durante 13 anos.

Em cena, vemos uma prostituta (Neusa), um cafetão (Vado) e um homossexual (Veludo), habitantes do submundo marginalizado, onde Neusa vive um intenso amor por Vado, apesar do desprezo e da violência deste, que a acusa de roubo. Quando Veludo aparece, o trio envolve-se num jogo cruel de poder e sedução.

Neste espetáculo, e segundo Rogério Barros (um dos seus atores), “o público é catapultado para aquele meio, que normalmente prefere ignorar. Como ignora as favelas, os presídios, os mendigos”.

NAVALHA NA CARNE faz parte da trilogia idealizada por Marta Paret, seguida por Mão na luva, de Oduvaldo Vianna Filho, e Grito parado no ar, de Gianfrancesco Guarnieri, segundo a proposta de levar textos brasileiros a espaços não convencionais. A encenação é de Rubens Camelo e a interpretação está a cargo de Marta Paret, Rogério Barros e Danilo Watanabe.

©Guga Melgar e Fabi Diaz

Plínio Marcos foi um dos mais destacados escritores e jornalistas brasileiros. Homem de múltiplos talentos, diversificou a sua atividade e foi no contacto com uma sociedade brasileira feita de contrastes e violência que se inspirou para a criação da sua obra, tendo parte dela sido censurada. Para além de peças de teatro, contos, novelas e romances, Plínio escreveu para inúmeros jornais e revistas. Foi também ator e encenador, trabalhou em teatro, rádio, cinema, televisão e no circo, para além de ter sido jogador de futebol, vendedor ambulante e um requisitado conferencista. Foi traduzido, publicado e encenado em francês, espanhol, inglês e alemão e galardoado com os mais prestigiados prémios brasileiros.


FICHA TÉCNICA
Texto: Plínio Marcos Direção: Rubens Camelo Elenco: Marta Paret, Rogério Barros e Danilo Watanabe Direção de arte: Marta Paret, Rogério Barros e Rubens Camelo Iluminação: Paulo Denizot Figurino: Jackie Sperandio Trilha sonora: Gabril Fomm Programação visual: Rogério Barros Fotografia: Guga Melgar e Fabi Diaz Produção: Marta Paret

segunda-feira, 20 de maio de 2013

A vida em comunidade

Depois das edições a cargo de Pedro Marques, Jorge Palinhos e Miguel Castro Caldas, chega a vez da dramaturga Sandra Pinheiro programar, nos dias 25 e 26 de maio, várias atividades em torno da leitura das cenas que escreveu para os atores d’ O Teatrão.

O projeto CONTA-ME COMO É resulta do desafio que O Teatrão lançou a estes quatro dramaturgos em 2012: inspirados pelo movimento que levou Bertolt Brecht a escrever Terror e Misério no III Reich (onde explora e desconstrói a influência do regime nazi nas relações privadas e pessoais do povo alemão), estes autores olharam o Portugal contemporâneo em busca das contradições deste, e escreveram cenas que atentam nos reflexos e influências que o nosso contexto macro atual produz nos planos da intimidade e das relações entre indivíduos. Estas cenas, que visam a construção de um espetáculo em 2014, são o centro deste projeto de programação que permite uma viagem ao universo sobre o qual os dramaturgos se debruçaram.

Sobre aquilo que desenha para esta edição do Conta-me, Sandra Pinheiro reflete: “Eu gosto de escrever sobre coisas que observo e, se repararem, as minhas cenas são muito fotográficas. Por outro lado, outra coisa que caracteriza os temas de que escrevo é o papel social das pessoas na comunidade. Misturando estes dois temas, surgiu a ideia destas atividades na programação: ou seja, uma das atividades vai ser sobre o meu olhar sobre a realidade (a leitura) e todas as restantes pretendem ver o olhar do público sobre essa mesma realidade”.

A autora convida mesmo a comunidade a ter uma participação ativa nesta edição do "Conta-me" para a primeira manhã, em ESQUISOMEDIA 1, está programado um périplo pelas ruas de Coimbra onde os participantes são chamados a registar - utilizando telemóveis, máquinas fotográficas e outros gadgets – as entrevistas que, junto com pedaços de peças dos noticiários atuais, lançarão as bases para no dia seguinte acontecer ESQUISOMEDIA 2, no edifício Sede do CAPC; na tarde de 25, MURO DAS LAMENTAÇÕES traduz-se num exercício artístico que, partindo das queixas das pessoas e do “apontar o que está mal”, pode resultar na construção do mural que servirá de cenário à LEITURA ENCENADA que os atores d’O Teatrão farão nessa noite das cenas de Sandra Pinheiro, na Tabacaria da OMT; AA MEETING – Apáticos Anónimos toma como ponto de partida as reflexões observadas nas atividades anteriores e propõe uma reunião no edifício sede do CAPC com pessoas que se sentem apáticas e incapazes de reagir perante a situação atual. A fechar o "Conta-me Como É", Sandra convida-nos para VELHOS E SÓS, sessão de cinema no Salão Brazil, onde será projetado o filme AMOUR de Michael Haneke.



Sandra Pinheiro é natural de Guimarães, e autora das peças ”Emprateleirados” Prémio Miguel Rovisco 2003 (Teatro da Trindade / Inatel), “BlindDate”, “Homens de cá e de lá”, ”Os filhos de Teresa” (Menção Honrosa Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno 2009), “Os trabalhadores invisíveis”, "O Coach" e “Como ser feliz em apenas 5 dias”. Participou em workshops de escrita com José Sanchis Sinisterra e Linda Seger e com Andrea Thome e Michael Bradford da Lark Play Development Centre de Nova Iorque. Em Julho de 2009, com uma bolsa da DGArtes e da Fundação Calouste Gulbenkian participou na residência de escrita dramática do Royal Court Theatre, em Londres, onde trabalhou sobre o texto “Os trabalhadores invisíveis”, sobre a realidade das fábricas do Norte de Portugal - o mesmo Royal Court que agora convida Sandra a integrar a 25 de junho o PIIGS*, evento onde vários escritores internacionais se juntam aos seus homólogos britânicos no Jerwood Theatre Upstairs para partilharem o que é a e como é a vida para aqueles que vivem na austeridade hoje.

* PIIGS - sigla que na língua inglesa designa Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, os países mais afetados pela crescente austeridade económica.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

ÀS ESCURAS, pel'O Teatrão, no festival PANOS da Culturgest

É já a quinta participação das Classes d'O Teatrão no Festival PANOS organizado pela Culturgest. No dia 18 de maio, sábado, às 21h30, os alunos que este ano trabalharam o texto ÀS ESCURAS, de Davey Anderson, irão entrar no palco do Grande Auditório da Culturgest, em Lisboa.
Os PANOS juntam a nova dramaturgia ao teatro escolar ou juvenil. Pela oitava vez, mais de trinta grupos de todo o país encenaram uma das três peças oferecidas (escritas de propósito para serem representadas por adolescentes): dois originais e um texto traduzido do Connections, programa do National Theatre de Londres em que os PANOS de Portugal se inspiram. A encenação d'O Teatrão foi uma das escolhidas para estar no Festival que decorrerá entre 17 e 19 de maio.


ÀS ESCURAS (TEATRO)
Classes de Teatro d’O Teatrão
Espetáculo integrado no Projeto PANOS – Palcos Novos Palavras Novas - da Culturgest
Grande Auditório da Culturgest | Lisboa | 18 de maio | sábado | 21h30 | M12 | Entrada: €2,5 (preço único)

Sinopse
Um adolescente de Glasgow, James, acorda numa cela sem memória do que o levou até lá. Acusado de tentativa de homicídio, e enquanto o seu julgamento é preparado, o rapaz revisita o seu passado, unindo os pontos da história, numa viagem de descoberta que nos vai revelando cada passo dado, cada cicatriz esmiuçada, cada versão dos factos que antecederam a sua prisão.

©Cindy Manta

Ficha Artística e Técnica
AUTOR: Davey Anderson TRADUÇÃO: Mariana Vieira COORDENAÇÃO DO PROJETO: Pedro Lamas ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO E PRODUÇÃO: Margarida Sousa ELENCO: Ana Rita Perdiz, Bernardo Almeida, Carina Santos, Catarina Gomes, Guilherme Lima, Joana Carreira, Luísa Ramalho, Mariana Riquito, Nuno Gomes, Patrícia Silva, Rafael Torres, Raquel Branco, Rita Eufrásio, Sofia Albuquerque e Sofia Dias LUZ: Jonathan Azevedo CENOGRAFIA, FIGURINOS E ADEREÇOS: O TEATRÃO DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Cátia Oliveira PRODUÇÃO EXECUTIVA: Nuno Carvalho e Inês Mourão DIVULGAÇÃO E IMPRENSA: Margarida Sousa EQUIPA TÉCNICA: Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Jonathan Azevedo, Rui Capitão PRODUÇÃO: O Teatrão 2013, no âmbito do projeto PANOS da Culturgest

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Ano Brasil em Portugal - Mostra de Artes Cénicas: Teatro para a Infância

Quase a chegar ao fim, a Mostra de Artes Cénicas do Ano Brasil em Portugal reservou também espaço para o Teatro para a Infância. A 19 e 20 de maio, a Caixa do Elefante, companhia de Porto Alegre, traz à OMT duas propostas: A TECELÃ e ENCANTADORES DE HISTÓRIAS. Com estes dois espetáculos, a Caixa do Elefante convida-nos a embarcar numa viagem a um mundo de imaginação e magia e onde atores, bonecos, marionetas, música e tradições se juntam para deliciarem tanto os mais novos, como os que os acompanham.

A TECELÃ (Teatro)
Repertório Caixa do Elefante – Porto Alegre
Sala Grande | 19 e 20 de maio | domingo e segunda | 21h30 | M4 | Duração: 50m
Entrada: €5 (preço único) | Bilhete Família (Pais e filhos menores): €10

Um espetáculo sem palavras, unindo variadas técnicas para compor uma dramaturgia visual. Uma leitura poética sobre a solidão feminina, uma reflexão sobre as dificuldades de relacionamento e uma ode ao poder criativo como ato transformador. Conta a história de uma tecelã capaz de converter tudo o que tece com seus fios em realidade: a busca pelo companheiro ideal que possa preencher o vazio de seus dias.

©Eduardo Almeida

Ficha técnica
Direção, dramaturgia e cenografia: Paulo Balardim Assessoria de ilusionismo: Eric Chartiot Direção musical e trilha sonora original: Nico Nicolaiewsky Elenco: Carolina Garcia, Valquíria Cardoso e Viviana Schames Construção de bonecos e cenotécnica: Cia. Caixa do Elefante Figurinos: Margarida Rache e Rita Spier Produção de vídeos: Beterraba Filmes Operação de imagens e som: Paulo Balardim Iluminaçao: Andres Tissier Auxliar técnico: David Lippe Montagem de cenário: Alex Limberger, David Lippe e Paulo Balardim Direção de produção: Carolina Garcia Assistência de produção: Luana Pasquimell e Fabiana Lazzari


ENCANTADORES DE HISTÓRIAS (Teatro)
Repertório Caixa do Elefante – Porto Alegre
Sala Grande | 19 de maio | domingo | 17h (público geral) | 20 de maio | segunda | 10h30 (sessão para escolas) | M4 | Duração: 45m
Entrada: €5 (preço único) | Bilhete Família (Pais e filhos menores): €10

Neste espetáculo, dois contadores, cantadores de histórias, recriam os ambientes fictícios e as personagens dos contos de Hans Christian Andersen, numa adaptação original que versifica as suas narrativas, aproximando-as de uma identidade brasileira, aludindo ao contador popular, ao cordelista e ao trovador. Um espetáculo que privilegia a narrativa oral, recheado com canções inspiradas no folclore popular brasileiro e temperado com a poética visual do teatro de bonecos. Montados num poético veículo, uma caixa cheia de portas mágicas, os encantadores contam as seguintes histórias: O soldadinho de chumbo e Tudo está bem quando acaba bem.

Ficha técnica
Direção, bonecos e cenografia: Paulo Balardim Texto adaptado e criação de trilha sonora: Carolina Garcia e Paulo Balardim Elenco: Carolina Garcia e Marcelo Aquino Coreografias: Cristiano Carvalho Orientação de atores: Mário de Ballentti Figurinos dos atores: Maíra Coelho Figurino dos bonecos: Margarida Rache Direção musical: Cristiano Hanssen Preparação vocal: Marlene Goidanich e Celina Del Mônico Operação de som: Paulo Balardim Auxiliar técnico: David Lippe Operação de luz: Andres Tissier Direção de produção: Carolina Garcia Assistência de produção: Luana Pasquimell e Fabiana Lazzari

©Eduardo Almeida

A CAIXA DO ELEFANTE é um grupo com grande destaque no panorama de teatro para a infância brasileiro. Com uma equipa multidisciplinar, organzia oficinas de bonecos, cenografias, espetáculos, além de projetos sociais que reúnem formação artística e cultural. O grupo já participou em diversos festivais internacionais de teatro de animação na Europa, América do Norte e do Sul, e ao longo da sua carreira tem recebido os mais prestigiados prémios.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

IX Mostra de Teatro Escolar

Numa organização da Escola Secundária Jaime Cortesão, da Escola Secundária com 3º Ciclo Quinta das Flores e do Nova Ágora - Centro de Fomação de Associação de Escolas, alunos e professores de escolas da região Centro juntam-se para apresentar e assistir a espetáculos de teatro ensaiados durante o ano letivo.

Para o encerramento desta Mostra, foi convidada a ACERT, de Tondela, que traz o espetáculo ÀS ESCURAS, de Davey Anderson.

IX MOSTRA DE TEATRO ESCOLAR (Teatro)
Sala Grande | 13 a 17 de maio | segunda a sexta | das 10h às 16h | Espetáculo ÀS ESCURAS: 17 de maio | sexta | 21h30 | Entrada livre


quarta-feira, 8 de maio de 2013

Ano Brasil em Portugal - Mostra de Artes Cénicas: POR UM FIO

POR UM FIO (DANÇA)
Mimulus Cia. De Dança (Belo Horizonte)
Sala Grande | 11 e 12 de maio | sábado e domingo | 21h30 | M4 | Duração: 60m | Entrada: €5 (preço único) | Bilhete especial Família: €10

A companhia transpõe o fascínio pelos bordados, escritos, amontoados de Arthur Bispo do Rosário, para o emaranhado de braços e corpos que bordam coreografias. Emaranhado de fios elétricos, filamentos das lâmpadas incandescentes que se confundem com os fios condutores das coreografias e com a sucata do trabalho dos bailarinos, que lhes servem de matéria prima para a composição da obra.

Concepção de cenário e luz:
Cenário e luz partem do emaranhado que tece a memória das coisas, dos inventários do mundo e de suas coleções, das repetições que reverberam o anonimato. Nele se fazem presentes a luz e a sombra, a loucura, a memória, o outro lado da vida intrincada no seu fazer. - Ed Andrade

Concepção do figurino:
Inspira-se na forma como os internos vestiam-se para os bailes da Colônia Juliano Moreira; é confeccionado em sua maior parte com o aproveitamento de retalhos e tecidos descartados. A exemplo das obras do Bispo, as peças são bordadas com textos, palavras e inventários. 
Trabalho realizado pelas “Meninas do Cafezal”.

©Guto Muniz

Ficha técnica
Direção Artística: Jomar Mesquita Coreografia: Integrantes da Mimulus Cia de Dança Bailarinos da Mimulus Cia de Dança: Juliana Macedo / Jomar Mesquita / Andréa Pinheiro / Rodrigo de Castro / Fabiana Dias / Alexandre Tadra / Nayane Diniz / Samuel Samways Figurino: Baby Mesquita e Juliana Macedo Cenografia: Ed Andrade - Osla Arquitetura Cenotécnica: Maria Letícia Marçal Iluminação: Rodrigo Marçal Montagem e operação de luz: Henrique Fonseca Seleção Musical e Mixagem: Jomar Mesquita Fotografia: Guto Muniz Produção: Fabiana Bergamini / Fábio Ramos / Baby Mesquita

domingo, 5 de maio de 2013

Ano Brasil em Portugal - Mostra de Artes Cénicas: CARTA DE AMOR AO INIMIGO

CARTA DE AMOR AO INIMIGO (DANÇA)
Grupo Cena 11 Cia de Dança (Florianópolis)
Sala Grande | 8 e 9 de maio | quarta e quinta | 21h30 | M14 | Duração: 60m

Na véspera de completar 20 anos, o Grupo Cena 11 sublinha com a estreia de Carta de Amor ao Inimigo a construção de um método de criar que formulou estratégias pedagógico/compositivas, situando-o como um núcleo de formação à dança que abraça muitos saberes.

Construída em estabilidades transitórias estabelecidas pelo conhecimento gerado em cada um dos seus dez trabalhos anteriores, a definição de corpo proposta pela Cia., amplia a variável de acesso e compartilhamento das pesquisas realizadas, tornando possível a construção de uma rede cada vez maior de troca de informação e dissipação de saberes engessados.

Com Carta de Amor ao Inimigo, o Grupo Cena 11 crê que a autonomia só é possível com a disponível cumplicidade de um outro.

 ©Cristiano Prim

Ficha técnica 
Direção artística e coreografia: Alejandro Ahmed Elenco e coreografia: Adilso Machado, Aline Blasius, Anderson do Carmo, Jussara Belchior, Karin Serafin, Marcos Klann, Mariana Romagnani Assistência de criação: Mariana Romagnani Assistente de ensaio: Malu Rabelo Iluminação, ambiência sonora, coordenação de montagem e operação de som e luz: Hedra Rockenbach Vídeo e Projeção: Alejandro Ahmed Figurino: Felipe Caprestano e Karin Serafin Fotos: Cristiano Prim Imagens: Cristiano Prim e Mariana Romagnani Interlocução teorico-prática para o projeto “SIM” (2010): Fabiana Dultra Britto Cabelos: Robson Vieira Sede e preparação técnica: Jurerê Sports Center Patrocínio: Petrobrás 

  ©Cristiano Prim

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Ano Brasil em Portugal - Mostra de Artes Cénicas: RITOS e RASTROS

RITOS e RASTROS (DANÇA)
Índios.com Cia de Dança (Manaus)
Sala Grande | 4 e 5 de maio | sábado e domingo | 21h30 | M16 | Duração: 100m | Entrada: €5 (preço único)

Ritos e Rastros abraça as duas vertentes de pesquisa da Índios.com Cia de Dança, apresentando os espetáculos Rito de Passagem e Rastros Híbridos.

Rito de Passagem foi contextualizado a partir da própria história de vida da diretora-intérprete e criadora do espetáculo, Yara Costa, e das suas vivências em São Gabriel da Cachoeira (AM) com Comunidades indígenas Baniwa. Utiliza recursos tecnológicos, interagindo com videodanças, buscando aprofundar a investigação do movimento na dança executado com o suporte de técnicas desportivas verticais e circenses.

O foco principal são as mulheres indígenas e ribeirinhas do Amazonas. Entre as cenas do espetáculo propõe-se um diálogo, uma lamentação, um sonho, uma reflexão e uma realimentação da transformação do corpo em cada ciclo. A trilha sonora é composta de músicas indígenas tocadas e cantadas pelos próprios indígenas de diferentes etnias do Brasil e por músicas de artistas contemporâneos.

©Índios.com

Rastros Híbridos propõe imagens desenvolvidas a partir da vivência da Índios.com Cia de Dança com os ameríndios Kali’na da comunidade de Awala Yalimapo (Guiana Francesa) em 2009 e 2010. Trabalha questões identitárias e culturais, estruturando as cenas num constante crescente circular do espaço e do movimento dançado, como nos rituais.

No decorrer do espetáculo algumas relações entre as intérpretes são construídas e também desestruturadas. A pesquisa de movimento parte de posições do dia a dia do universo indígena, passando pelo total controle do movimento ao corpo que se transfigura “descontroladamente” colapsado. Por meio da música, tocada ao vivo, e do desenvolvimento das posturas corporais dos intérpretes, uma revalorização da cultura tradicional é sugerida para reflexão.

©Índios.com

Fichas técnicas
RITO DE PASSAGEM
Direção Artística / Coreografia / Intérprete: Yara Costa Roteiro / Yara Costa e Ricardo Risuenho Assistente de Palco: Carol Santa Ana / Eliberto Barroncas Figurino: Adroaldo Pereira Cenário: Nelson Magli Captura/Edição de sons e imagens/Técnico de Verticais: Ednaldo Passos Pesquisa de Trilha Sonora/Operação: Yara Costa / Daniela Alves Projeto de Luz / Operação: Ricardo Risuenho / Jonatas Amaral Fotografia: Ruth Jucá / Danilo Jr.

RASTROS HÍBRIDOS
Direção Geral: Yara Costa Direção Artística: Yara Costa e Francis Madson Elenco: Carol Santa Anna, Daniela Alves e Yara Costa Direção Musical: Eliberto Barroncas Figurino: Adroaldo Pereira e Yara Costa Projeto Luz: Ricardo Risuenho Operação de Luz: Jonatas Amaral Fotografia: Ednaldo Passos e Jonatas Amaral