ÀS ESCURAS (TEATRO)
Classes de Teatro d’O Teatrão
Sala Grande | 4 a 7 de abril | quinta a sábado | 21h30 | domingo | 17h00 | M12 | Entrada: €4 (preço único)
Um adolescente de Glasgow, James, acorda numa cela sem memória do que o levou até lá. Acusado de tentativa de homicídio, e enquanto o seu julgamento é preparado, o rapaz revisita o seu passado, unindo os pontos da história, numa viagem de descoberta que nos vai revelando cada passo dado, cada cicatriz esmiuçada, cada versão dos factos que antecederam a sua prisão: é este o pano de fundo do espetáculo ÀS ESCURAS que, com texto de Davey Anderson e tradução de Mariana Vieira, as Classes de Teatro d’ O Teatrão apresentam na Oficina Municipal do Teatro entre 4 a 7 de abril, no âmbito do projeto de dramaturgia juvenil PANOS – Palcos Novos Palavras Novas, da Culturgest.
A partir das ideias e discussões em torno do percurso e destino do James, a turma PANOS d’ O Teatrão desenvolveu um projeto de intervenção junto das comunidades em que se insere, desde núcleo de amigos, comunidade escolar, família, etc., no sentido de oferecer um retrato, contraditório e polémico, da sua geração. Para isso foram recolhendo desses indivíduos à sua volta contributos e conteúdos que serão incluídos e organizados na fanzine Rasgão, publicação de distribuição gratuita cuja linha editorial e gráfica é da inteira responsabilidade dos alunos.
Este projeto alimenta-se de uma urgência em reacender a nossa memória, tal como James o faz, combatendo a ideia de que é apenas um resultado das suas circunstâncias ou uma marioneta de algo que está fora do seu raio de ação. Como James, também os alunos mexem com essa urgência de reação, renegando os sentimentos de impotência e passividade que tantas vezes travam os homens e os apequenam perante as coisas que lhes aparecem como invisíveis, inevitáveis e omnipotentes.
Os participantes deste projeto acreditam que a sua história importa. Acreditam que não são só aquilo que os pintam ser. Acreditam que são pessoas, com sentimentos, ações, escolhas, vidas. E que têm o poder de agir. Alterar, interferir no decurso da História; e o poder de a escreverem também. E que para isso, é necessário resgatar o poder de não deixarmos que escrevam a nossa história por nós. Que é urgente sairmos das escuras, deste apagão onde nos movemos.
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
AUTOR: Davey Anderson TRADUÇÃO: Mariana Vieira COORDENAÇÃO DO PROJETO: Margarida Sousa e Pedro Lamas ASSISTÊNCIA: João Santos ELENCO: Bernardo Almeida, Carina Santos, Catarina Gomes, Guilherme Lima, Joana Carreira, Luísa Ramalho, Mariana Riquito, Nuno Gomes, Patrícia Silva, Rafael Torres, Raquel Branco, Rita Eufrásio, Rita Perdiz, Sofia Albuquerque e Sofia Dias DESENHO DE LUZ: Jonathan Azevedo CENOGRAFIA, FIGURINOS E ADEREÇOS: O TEATRÃO DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Cátia Oliveira PRODUÇÃO EXECUTIVA: Nuno Carvalho e Inês Mourão DIVULGAÇÃO E IMPRENSA: Margarida Sousa EQUIPA TÉCNICA: Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Jonathan Azevedo, Rui Capitão PRODUÇÃO: O Teatrão 2013, no âmbito do projeto PANOS da Culturgest
Dos três textos propostos este ano pela Culturgest, a turma PANOS 2014 d'O Teatrão escolheu "Eles são mesmo assim?", da inglesa Lucinda Coxon. Da estranheza inicial - ainda por cima sendo as personagens pais e mães da atualidade! - fomos descobrindo como este texto está perto de todos nós: fala de teatro, de coletivo, de inseguranças, da difícil relação entre pais e filhos, do tempo que passa para todos e muito mais depressa do que julgamos. Partindo destas ideias, resolvemos usar este texto para brincar com o que é fazer teatro: de onde nascem a personagem e o jogo teatral? Como se constroem e exploram? E como cruzamos essas personagens com a nossa própria vida?
OS AVÔS (teatro)
FESTIVAL PANOS (Teatro)
DESLIGAR E VOLTAR A LIGAR (TEATRO)
Jacob: Nunca há nada para fazer aqui. Nada para fazer, nenhum sítio para onde ir. Estamos sempre para aqui sentados, à espera de alguma coisa, à espera que alguma coisa aconteça. Nunca acontece. Nunca acontece nada na Belavista.
O Teatrão associa-se, mais uma vez, ao projecto PANOS - Palcos Novos, Palavras Novas da Culturgest. Tratando-se de uma iniciativa que pretende dar a conhecer novas dramaturgias e produções teatrais para a adolescência, O Teatrão participa com o texto Refuga, interpretado pelos jovens que, desde há cinco anos, têm desenvolvido um processo de formação no projecto pedagógico da companhia.