quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Agora eu era...

Aproveitando a paragem letiva e o espírito transfigurador da época, O Teatrão propõe aos mais pequeninos a possibilidade de jogarem a um Carnaval mais “selvagem” e de brincarem com os vários “e ses” que o Entrudo oferece.

ENTRUDO DOS ANIMAIS (FORMAÇÃO)
para crianças entre os 4 e os 11 anos
Sala de Ensaios | 12 de fevereiro | terça | 11h00 – 12h30 | Inscrição: 4 euros


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Fado ácido na OMT

SR. CASTANHO E SR. PRETO (MÚSICA)
Pedro Castanheira (guitarra), Chullage (voz)
Tabacaria | 5 de fevereiro | 22h00 | Entrada: € 5 (preço único)

Depois de em 2012 ter lançado Rapressão Vol.1, Chullage continua a pôr o dedo na ferida do momento de crise que atravessamos, desta feita com SR. CASTANHO E SR. PRETO: um trilho diferente deste rapper que é um dos mais influentes nomes do Hip Hop nacional da última década.

Chullage, aqui em modo spoken word, junta-se à tensão das cordas da guitarra de Pedro Castanheira para este projeto onde habitam notas e palavras de “fado ácido, pó e azia”: frutos de uma vontade de mudança, denunciada e potenciada naquilo que, segundo os músicos, é um “manifesto em construção sobre o amor, a arte e a sociedade”.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Perdidos na Casa de Partida - últimas sessões!

PERDIDOS NA CASA DE PARTIDA (Teatro)
Curso de Teatro e Educação da ESEC
Sala Grande | até 2 de fevereiro | 21h30 | M12 | Bilhete: € 4 (preço único) | Entrada gratuita para professores, estudantes e funcionários da ESEC

Não podemos desistir do nome de Humano.
Cinco quadros de personagens tão perdidas como qualquer um de nós. São talvez estranhas, meio desfiguradas até, mas ligadas a nós pela vontade de se fazerem valer num mundo onde a incerteza reina e a segurança se esvai por entre os dedos.
Estar perdido, à deriva, desarmado é assustador. Mas é daí, de remexer no mais fundo de nós, que nasce o riso, a consciência de quem somos e quem sabe, até mesmo a esperança de continuarmos a ser quem nos propusemos ser.
Afinal, não é por estarmos perdidos que vamos, de bom grado, desistir do nome de Humano.

Alunos do 3º Ano do Curso de Teatro e Educação da ESEC

©Carlos Gomes

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Um Grito Contínuo

Ao longo de 2013, levamos país afora UM GRITO PARADO NO AR, espetáculo que estreamos em outubro passado e que fez temporada na OMT até 5 de janeiro deste ano.

UM GRITO PARADO NO AR (TEATRO)
de Gianfrancesco Guarnieri | Direção de Antonio Mercado
PEREIRA| Celeiro dos Duques de Aveiro | 2 de fevereiro | sábado | 21h30
Informações e reservas: 919 390 603

Depois de Sobral de Ceira, o GRITO d’O Teatrão acerca-se de Pereira, terra de saborosas queijadas, de milho e de casas abrasonadas.

No desenho das saídas a várias casas de companhias e estruturas profissionais e amadoras com quem queremos continuar a partilhar trabalho e experiências, o segundo palco a receber UM GRITO PARADO NO AR é o Celeiro dos Duques de Aveiro, sede do grupo de teatro O Celeiro, que tem desempenhado um papel de forte dinamização cultural em Pereira e que já colaborou com O Teatrão nos espetáculos PEREGRINAÇÕES (2010), COIMBRA 1111 (2011) E SHAKESPEARE NO CASTELO (2012).



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Manobras do Coração

Um Boi bipolar e um Burro muito preocupado com o estado de saúde do seu companheiro de estábulo irrompem pelo Hospital adentro no dia 31 de janeiro. A enfermeira Galinha vai então ajudar estes pobres bichinhos desalojados pelo Papa, e com muita imaginação e fita adesiva vai tratar das penas… deles.

MANOBRAS DO CORAÇÃO fortalece a ligação d’ O Teatrão ao Hospital Pediátrico de Coimbra, bem como os sorrisos das crianças que por lá passam.

MANOBRAS DO CORAÇÃO
O Teatrão no Hospital Pediátrico
Hospital Pediátrico de Coimbra | 31 janeiro | quinta-feira | 14h30


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um GRITO que não se cala

Ao longo de 2013 levamos país afora UM GRITO PARADO NO AR, espetáculo que estreamos em outubro passado sob a direção de Antonio Mercado e que fez temporada na OMT até 5 de janeiro deste ano.

Desenhamos para este primeiro trimestre saídas a várias casas de companhias e estruturas profissionais e amadoras com quem queremos continuar a desenvolver vínculos de trabalho e partilha.

O primeiro porto de abrigo onde atraca este espetáculo é o Auditório do C.P.T., casa-mãe de um dos grupos da região há mais tempo no ativo: o Grupo de Teatro de Sobral de Ceira, companhia com a qual temos andado a estreitar laços desde COIMBRA 1111.

UM GRITO PARADO NO AR (TEATRO)
de Gianfrancesco Guarnieri | Direção de Antonio Mercado
SOBRAL DE CEIRA | Auditório do CPT | 26 de janeiro | 21h30
Informações e reservas: 96 95 19 153


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

E agora o que fazemos?

PERDIDOS NA CASA DE PARTIDA (Teatro)
Curso de Teatro e Educação da ESEC
Sala Grande | 23 de janeiro a 2 de fevereiro | 21h30 | Domingo | 17h | M12
Bilhete: € 4 (preço único) | Entrada gratuita para professores, estudantes e funcionários da ESEC

O “Perdidos na Casa de Partida” é um projeto de teatro desenvolvido pelos alunos do 3º ano de Teatro e Educação da ESEC em coprodução com O Teatrão.
“O que é que fazemos agora?” tornou-se o nosso mote de ação, o nosso ponto de partida para um projeto que ambiciona comunicar com o público, e pôr em discussão o que anda no ar e se nos entranha na pele quase até doer, ou quase até rir.
Partindo da nossa situação atual de alunos finalistas prestes a entrar no mercado de trabalho (ou de não trabalho), deparamo-nos agora com medos, dúvidas e indecisões. Medo do futuro, medo do que virá, medo de que não possamos caber num país cada vez mais pequeno, e numa sociedade cada vez mais desumanizada. Medos que são nossos, e que são comuns a tantos outros finalistas, e no fundo, a tantos outros portugueses.


SINOPSE 
Um grupo de 10 atores novatos prepara-se para apresentar um espetáculo. “E se isto corre mal?” é a pergunta que passa pela cabeça de cada um. Não há forma de voltar atrás, o público já está sentado na plateia. Apesar da vontade e do esforço feito para levar a cena uma comédia disparatada sobre um elefante e a sua mãe, são continuamente sabotados pelo seu próprio medo de falhar, e pelos espetadores impacientes e insaciáveis.
A frustração de não conseguirem apresentar o seu espetáculo desencadeia um motim onde se procura um lugar para a culpa.
Da revolta, nasce a necessidade de se juntarem uma vez mais, desta feita para falarem sobre os tempos de hoje. Através de pequenas cenas do quotidiano, que aparentemente nos são estranhas e distantes mas que, no fundo, nos são tão próximas, propõe-se uma discussão sobre a nossa realidade. Envolvidos num ambiente de medo e instabilidade, vemos como consequências a alteração de valores que se refletem nas relações humanas deixando-nos cada vez mais distantes daquilo que nos propusemos inicialmente a ser.


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Texto: a partir de textos dos participantes e de “Vermelhos, Negros e Ignorantes” de Edward Bond Direção: António Fonseca Assistência de Direção: Inês Duarte Elenco: Adriana Pais, Ana Bárbara Soares, Boaventura Faria, Diogo Binnema, Diogo Lestre, Fábio Rocha, Hugo Inácio, Inês Duarte, Joana Saraiva, João Paiva, Telmo Ferreira e Soraia Correia Desenho de Luz: Jonathan Azevedo Cenografia: Adriana Pais, Hugo Inácio, Joana Saraiva e João Paiva Figurinos: Adriana Pais, Fábio Rocha, Inês Duarte e Soraia Correia Adereços: Adriana Pais, Fábio Rocha e Soraia Correia Música: Cristina Faria Direção e apoio musical: Cristina Faria Som: Ana Bárbara Soares, Diogo Lestre e Hugo Inácio Equipa Técnica: João Castro Gomes, Rui Capitão, Jonathan Azevedo e Alexandre Mestre Caracterização: Adriana Pais, Andreia Tomás, Telmo Ferreira e Soraia Correia Fotografia: Carlos Gomes Grafismo: Sofia Frazão Montagem de Cenário: José Baltazar Operação de Luz e Som: Mário Pais e Carolina Carvalhais Frente de Casa: Ana Carolina, Sandy Quaresma, Beatriz Melo Promoção e Divulgação: Inês Duarte, Hugo Inácio, Joana Saraiva e Telmo Ferreira Contacto com Imprensa: Ana Bárbara Soares, Boaventura Rodrigues, Inês Duarte e Joana Saraiva Direção de Produção: Cátia Oliveira Produção: Escola Superior de Educação / O TEATRÃO 2013

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PROGRAMAÇÃO JAN-MAR


VOZ DE GENTE

Aqui estamos nós, em 2013. Ano ‘horribilis’ predizem alguns. Outros, menos preocupados com profecias apocalípticas, apostam no risco como o traço a seguir.

Dados lançados. O que será de nós? O que vai acontecer? E agora o que fazemos? Poderiam ser perguntas à volta deste ano que agora começa, mas são na verdade algumas das questões-mote para PERDIDOS NA CASA DE PARTIDA, o espetáculo que os alunos finalistas do curso de Teatro e Educação da ESEC, dirigidos por António Fonseca, nos fazem chegar em janeiro. Em jeito de resposta, soa uma possibilidade: “Agarrei no hip-hop com unhas e dentes / Com coragem de enfrentar outras mentes” – versos de Chullage, que, em SR. CASTANHO, SR. PRETO E SR. SÉPIA, nos oferece uma sessão de fado ácido em que a palavra dita se junta à viola de Pedro Castanheira e às imagens de Artur, para mexer, despertar e destilar o medo pelo encontro de uma voz.

Olhemos também para quem arriscou novos rumos e palavras em tempos de incerteza e de mudança. Ouvimos, na memória, “Vós sois o sal da terra” e reconhecemos a voz do “Imperador da Língua Portuguesa” no SERMÃO AOS PEIXES, agora recriado pelo Trigo Limpo Teatro ACERT. E que dizer de 20 DIZER, o exercício poético-teatral com que José Rui Martins celebra trinta anos de percurso no teatro?

Uma voz insistente, persistente, e acima de tudo, coletiva. A mesma que Guarnieri aponta em UM GRITO PARADO NO AR, que, terminada a temporada na OMT, sai em digressão levando a sua poética de resistência a outras paragens. Uma voz que nasce de partilhas e discussões, como as que o LABORATÓRIO TEATRO E COMUNIDADE quer suscitar, juntando as experiências de companhias profissionais e amadoras das regiões Centro e Norte num programa que prevê espetáculos, oficinas e seminários, e pretende refletir sobre o papel destas estruturas na dinamização das comunidades.

Uma voz que se multiplica em CONTA-ME COMO É, projeto para o qual O Teatrão desafiou quatro dramaturgos portugueses e inclui, neste trimestre, a programação de dois fins de semana em torno de leituras encenadas de cenas escritas por Pedro Marques e Jorge Palinhos. Mas também novas vozes, que continuamos a procurar com os nossos alunos, com quem vier experimentar os nossos workshops no carnaval, na primavera e na páscoa, e com as crianças que vamos encontrar no Hospital Pediátrico de Coimbra quando lá estivermos em MANOBRAS DO CORAÇÃO.

A nossa proposta para estes meses de inverno é que esqueçamos as vozes proféticas e ouçamos gente real. Medo, todos temos, e por isso sugerimos um início alternativo para 2013. O medo, deixe-o em casa. Venha ao teatro. Vai ver que tem voz.



terça-feira, 15 de janeiro de 2013

SIGILO ETERNO

Na Tabacaria da OMT, teatro e cinema português e brasileiro juntam-se para lembrar 40 anos de História e, a uma só voz com dois sotaques, falar do presente e das possibilidades de futuro.

SIGILO ETERNO (Leitura)
de Noilton Nunes
Tabacaria | 17 janeiro | 21h00 | entrada livre

Enquanto assistia à peça decidi tomar coragem e ligar para você.

Na próxima quinta-feira, com a presença do realizador brasileiro Noilton Nunes, dar-se-á a conhecer o roteiro do filme SIGILO ETERNO, apresentado com uma produção União Europeia Mercosul. Nesta leitura, serão já projetadas algumas das imagens que o cineasta pretende usar na edição do filme.

Noilton está atualmente em Portugal a finalizar Memórias de Pedra e Cal, sobre o património material e imaterial da Região Centro, numa co-produção com investigadores portugueses e brasileiros. O documentário mostra como o rio Mondego e a sua geologia influenciam as técnicas utilizadas na construção e preservação de edifícios e o desenvolvimento das atividades económicas nos 14 concelhos por onde o rio passa.

SIGILO ETERNO é uma longa metragem de ficção, que conta a história de Elza, uma jovem portuguesa estudante de cinema, que vai para o Brasil no início dos anos 70 e conhece Natan, um jovem realizador do Rio de Janeiro. Os dois vivem apaixonadamente até ao início dos anos 80, altura em que se separam de forma traumática. Em 2012, Elza, agora uma diplomata que trabalha na União Europeia, participa dos preparativos para a entrada da Turquia na UE. Depois de assistir, em Coimbra, a UM GRITO PARADO NO AR, espetáculo d’O Teatrão, ela decide contactar Natan, pois foi ele quem a levou para ver a peça no Brasil. Os dois passam então a manter um intenso relacionamento via internet e à partir daí entram numa viagem de memórias esquecidas por mais de 30 anos.

Segundo o seu autor, “o filme pretende alimentar um saudável debate sobre o que representa para a humanidade o facto da UE, Prémio Nobel da Paz 2012, abrir-se para a Turquia, porta da Ásia. A narrativa de SIGILO ETERNO vai também sendo costurada pela história dos filmes do Novo Cinema Português e do Cinema Novo brasileiro e pelos diálogos entre Natan e Elza, que vão destacando acontecimentos no Brasil desde a ditadura militar aos dias de hoje e as preocupações com as atuais políticas de austeridades que são impostas aos portugueses.”

Noilton Nunes é um dos mais destacados documentaristas brasileiros, tendo inclusive presidido à Associação Brasileira de Documentaristas. Tem realizado e produzido no Brasil documentários, longas e curtas metragens, com os quais já venceu diversos prémios e é, ainda, professor de cinema.