terça-feira, 15 de janeiro de 2013

SIGILO ETERNO

Na Tabacaria da OMT, teatro e cinema português e brasileiro juntam-se para lembrar 40 anos de História e, a uma só voz com dois sotaques, falar do presente e das possibilidades de futuro.

SIGILO ETERNO (Leitura)
de Noilton Nunes
Tabacaria | 17 janeiro | 21h00 | entrada livre

Enquanto assistia à peça decidi tomar coragem e ligar para você.

Na próxima quinta-feira, com a presença do realizador brasileiro Noilton Nunes, dar-se-á a conhecer o roteiro do filme SIGILO ETERNO, apresentado com uma produção União Europeia Mercosul. Nesta leitura, serão já projetadas algumas das imagens que o cineasta pretende usar na edição do filme.

Noilton está atualmente em Portugal a finalizar Memórias de Pedra e Cal, sobre o património material e imaterial da Região Centro, numa co-produção com investigadores portugueses e brasileiros. O documentário mostra como o rio Mondego e a sua geologia influenciam as técnicas utilizadas na construção e preservação de edifícios e o desenvolvimento das atividades económicas nos 14 concelhos por onde o rio passa.

SIGILO ETERNO é uma longa metragem de ficção, que conta a história de Elza, uma jovem portuguesa estudante de cinema, que vai para o Brasil no início dos anos 70 e conhece Natan, um jovem realizador do Rio de Janeiro. Os dois vivem apaixonadamente até ao início dos anos 80, altura em que se separam de forma traumática. Em 2012, Elza, agora uma diplomata que trabalha na União Europeia, participa dos preparativos para a entrada da Turquia na UE. Depois de assistir, em Coimbra, a UM GRITO PARADO NO AR, espetáculo d’O Teatrão, ela decide contactar Natan, pois foi ele quem a levou para ver a peça no Brasil. Os dois passam então a manter um intenso relacionamento via internet e à partir daí entram numa viagem de memórias esquecidas por mais de 30 anos.

Segundo o seu autor, “o filme pretende alimentar um saudável debate sobre o que representa para a humanidade o facto da UE, Prémio Nobel da Paz 2012, abrir-se para a Turquia, porta da Ásia. A narrativa de SIGILO ETERNO vai também sendo costurada pela história dos filmes do Novo Cinema Português e do Cinema Novo brasileiro e pelos diálogos entre Natan e Elza, que vão destacando acontecimentos no Brasil desde a ditadura militar aos dias de hoje e as preocupações com as atuais políticas de austeridades que são impostas aos portugueses.”

Noilton Nunes é um dos mais destacados documentaristas brasileiros, tendo inclusive presidido à Associação Brasileira de Documentaristas. Tem realizado e produzido no Brasil documentários, longas e curtas metragens, com os quais já venceu diversos prémios e é, ainda, professor de cinema.

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