A vida secreta das bandas indie

BIRDS ARE INDIE + GOBI BEAR (música) 

Tabacaria | 1 de maio | terça | 21h30 | Entrada: € 5

Um rapaz, uma rapariga e quatro EPs, com um som descomprometido e um tom nada virtuoso. Estes BIRDS ARE INDIE são pássaros lá de casa, mas livres de voar. GOBI BEAR é parecido, deixa a voz e a guitarra enganá-lo no caminho. Começar é melhor que acabar, mas melhor que isso é perder-se a meio da viagem.

BIRDS ARE INDIE são um rapaz e uma rapariga, de Coimbra, que se apaixonaram há 14 anos. Começaram a fazer músicas no início de 2010 e entretanto editaram dois EPs pela netlabel Mimi Records, outro em nome próprio e agora ‘How Music Fits Our Silence’, o primeiro LP na sua editora Murmúrio Records. Já tocaram um pouco por todo o país, foram à rádio e à televisão, mas apesar de tudo isto, continuam a ser um projeto absolutamente descomprometido e nada virtuoso. Agora um pouco menos rudimentar e talvez um pouco mais afinado. O mais importante persiste, ainda, o amor. 

 GOBI BEAR é um rapaz com uma guitarra. E algumas coisas mais. Diz o que tem a dizer e pronto. Não quer sempre acabar o que começou. Prefere o simples, ao complicado, prefere a genuinidade do erro. Deixa as cordas soar como elas querem e a voz seguir o seu caminho. Tenta e acha que está bem assim. Depois de um primeiro EP na netlabel Mimi Records, em 2011, regressa a essa editora para o seu segundo, intitulado 'LP EP'. A versão física do disco tem o selo da Murmürio Records.

Funk God! Goze enquanto pode!

FUNKENSTEIN (música)

Tabacaria | 24 de abril | terça | 22h | Entrada: € 5

Véspera de 25 de Abril e não sabe o que fazer porque os concelhos da margem sul do Tejo açambarcaram o que resta dos cantautores nacionais? Funk god! Goze o feriado enquanto pode! Os Funkenstein são um monstro bom, que gosta de dar o seu pezinho de dança, feito com sons da mais variada proveniência, e trazido à vida pelo génio louco destes cientistas do Funk. Após o concerto haverá DJ SET com Dr. Jack, n.padi e DJ Ska. Mais informações aqui

No tempo em que os ratos tinham bibliotecas

A BIBLIOTECA RUSSA (teatro)

Biblioteca Municipal de Coimbra | 23 de abril | 10h30 e 14h30 | M4 | Duração: 45 min.

Uma versão site-specific e unplugged d’ A Biblioteca Russa, a história da redescoberta do verdadeiro foral de Coimbra, desta vez contada numa biblioteca a sério, a Municipal, para crianças a partir dos 4 anos - por ocasião do Dia Mundial do Livro.

A descoberta do verdadeiro foral de Coimbra pelo professor Ratov, um rato de biblioteca de São Petersburgo, lança o valente roedor bibliófilo numa perigosa aventura contra a grande conspiração dos hamsters, na qual conta com o prestimoso auxílio do seu velho mestre português, D. Ratelo, rataraneto de Ratelo Sanches, injustamente acusado de ter roído a rolha da garrafa de rum do rei da Rússia, no tempo de Ratarina, a Grande. O foral agora redescoberto contém as leis de partição de queijo entre homens e ratos, escritas no tempo em que os homens se entendiam com os animais.

A cadeira que queria ser sofá

A CADEIRA QUE QUERIA SER SOFÁ (livros)

de Clóvis Levi

Editora Lápis de Memórias

21 de abril | sábado | 16h30 | Entrada Livre

Lançamento do novo livro de Levi, autor que recebeu o Selo de Recomendação do Plano Nacional de Leitura com o seu livro para adolescentes “O Beco do Pânico”, e com ilustrações de Ana Biscaia, uma das representantes de Portugal na última Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha.

O livro contém três histórias, com delicada abordagem sobre a morte: “Espanto Feliz!”, “O Piano de Calda” e “A Cadeira que queria ser Sofá”.

Clovis Levi é autor teatral premiado no Brasil, com suas peças “Se chovesse, vocês estragavam todos” (co-autoria de Tânia Pacheco) e “Amor e Morte de Nelson Rodrigues”. Ana Biscaia recebeu Distinção Prémio Nacional de Ilustração 2010 com o livro "Luís de Camões para todos"; Peter Pan Silverstar, prémio IBBY na Suécia, com o livro de Alice Vieira "Honungsblomma"; e Selecção do Júri, Titan-illustration in design, Esad Matosinhos com o livro "O carnaval dos animais", de Rui Caeiro.

Terreiro das Bruxas

Ciclo Repicar Giacometti

Sala de Ensaios | 21 e 28 de abril | 11h às 13h | Preço: € 4

Oficina de expressão dramática para crianças entre os seis e os nove anos em que as propostas partem do imaginário das bruxas e feiticeiras, das mezinhas e rezas e das superstições recolhidas em diversas regiões do país por Giacometti.

Leituras Atravessadas (ciclo de leituras)

RICARDO III | 17 de abril

Tabacaria | terça | 22h | Entrada Livre

E agora o inverno de nosso desgosto
fez-se verão glorioso ao sol de York;
e as nuvens que cobriam nossa casa
estão todas enterradas no oceano.

Sinopse
Depois de uma longa guerra civil, Eduardo IV, dos York, reina em Inglaterra. O seu irmão mais novo, Ricardo, fisicamente deformado, conspira para conquistar o trono: consegue que executem o irmão do meio, Clarence, e que a culpa dessa execução acabe com o velho (e doente) Eduardo IV, tornando-se regente até à maioridade dos dois príncipes. De assassinato em assassinato, extermina os apoiantes dos príncipes e por fim, as crianças. Por esta altura já Ricardo III se tornou um odiado ditador, e Richmond, dos Lancaster, junta um exército em França para derrubar o tirano. Depois da batalha em que Ricardo é morto, o novo rei é coroado Henrique VII.



No primeiro semestre de 2012, damos a conhecer a obra de Shakespeare de várias maneiras: nas Leituras Atravessadas, uma vez por mês, lemos as peças mais emblemáticas; no espetáculo Shakespeare pelas Barbas, em março e abril, apresentamos uma fusão entre personagens shakespearianas e personagens atuais, inspiradas em pessoas reais; e na Visita com Shakespeare ao Castelo, em julho, em Montemor-o-Velho, com direção de Deolindo Pessoa, fazemos uma colagem e adaptação ao espaço de cenas das principais peças do autor inglês.

OS AVÔS

OS AVÔS (teatro)
de Rory Mullarkey
Classes d’ O TEATRÃO | PANOS 2012 (Culturgest)
Brigada de Intervenção - Convento de Sant’ Anna | 11 a 15 de abril | quarta a domingo | 21h30 | M12 | Duração: 60 min


O TEXTO
Tanto em Portugal (recentemente) como no Reino Unido (há 50 anos) acabou o serviço militar obrigatório, mas continua a haver adolescentes por todo o mundo a serem mobilizados para as forças armadas. The Grandfathers acompanha oito jovens recrutas no treino que os transforma em máquinas de guerra.
Numa estrutura em flashback, a primeira cena passa-se entre tiros e explosões, enquanto os soldados adolescentes veem morrer o seu amigo. A seguir recorda-se a viagem que os integrou na máquina militar: os momentos em que tiveram de ser capazes de apunhalar um saco de areia, em que tiveram de reagir à incursão de um pássaro ferido no seu território e em que aprenderam a ignorar o escuro.

O AUTOR
Rory Mullarkey é licenciado pela Universidade de Cambridge em Russo, Latim e Ucraniano. Também estudou na Academia Estatal de Artes Teatrais em São Petersburgo, tendo vivido a maior parte de 2008 no Quirguistão, na Ásia Central.
É tradutor de teatro russo, tendo colaborado com o ADC Theatre de Cambridge, o Royal Court de Londres e o Teatro Livre da Bielorrússia.
Entre as suas peças contam-se: Single Sex (Royal Exchange), Remembrance Day (Royal Court), Tourism (Headlong) e Come To Where I’m From (Paines Plough). Em 2010 foi escritor residente no Royal Court, e está actualmente em residência no Royal Exchange Theatre, Manchester.

O PROJETO
Esta é já a quinta participação d’O Teatrão no projeto PANOS. Tem sido uma oportunidade muito interessante de trabalhar com dramaturgias criadas especificamente para jovens adolescentes. Algo que continua a ser muito raro em Portugal.
O texto que escolhemos este ano foi levado a cena no ano passado em Londres, no National Theatre e escolhemo-lo porque nos interessa muito a discussão nele contida. A história da recruta destes oito jovens fez-nos pensar na dificuldade extrema de conciliação de duas posturas: trabalhar em prol de um coletivo não abdicando da individualidade. Durante os quinhentos e quarenta e sete dias de recruta, Tol guia os seus homens pelo inferno do extremo esforço físico e psicológico em prol da inscrição de uma ideia comum. Durante este tempo e como consequência do treino, estes jovens transformam-se, perdem ingenuidade e mudam as suas opiniões acerca da vida e do que significa arriscá-la por uma ideia. Que tem tudo isto a ver com um grupo de dezoito jovens que quer fazer teatro? Achamos que muito. Poder construir com eles um grupo focado na potência do teatro como descoberta de si e do mundo é extremamente mobilizador num tempo em que sentimos que muitos acreditam em muito pouco. Foi ainda muitíssimo gratificante poder trabalhar em parceria com uma instituição como a Brigada de Intervenção, estrutura genuinamente interessada, cooperante e aberta como poucas.

Ficha Técnica e Artística:
Autor: Rory Mullarkey Tradução: Ana Mendes Coordenação do projeto: Isabel Craveiro, Nuno Carvalho e Pedro Lamas Assistência de Direção e Produção: João Santos Elenco: Alexandra Fonseca, Beatriz Sequeira, Carlos Santos, Carolina Carriço, Inês Cardoso, Joana Dias, Júlia Pereira, Luísa Rebelo, Maria Barros, Maria Inês Rosário, Maria João Cruz, Maria Melo, Maria Pinheiro, Mariana Matos, Mariana Rodrigues, Natacha Miguel, Raquel Conde Margalho, Rita Capelo Grafismo: Rita Capelo Direção de Produção: Cátia Oliveira Produção Executiva: João Santos e Nuno Carvalho Divulgação e Imprensa: Margarida Sousa Equipa Técnica: Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Jonathan Azevedo, Rui Capitão Produção: O Teatrão 2012, no âmbito do projeto PANOS da Culturgest
Agradecimentos: Brigada de Intervenção Exército, Major Morgado Braz e Bombeiros Sapadores de Coimbra

Workshop de Contacto

Com MARINA NABAIS
Sala de Ensaios | 4, 5 e 6 de maio | sexta, sábado e domingo | Horários: Sexta 19h-23h, Sábado 10h-14h, Domingo 10h-14h | Preço: € 60 (até 16 de abril) / € 70 (após 16 de abril) | Para atores, bailarinos e estudantes destas áreas.

Neste workshop irá partir-se do nosso corpo como reservatório de informações próprias e criar disponibilidade para estabelecer contacto com outros corpos, através de duetos, trios, ou grupos maiores. O contacto servirá como descoberta do corpo e ampliação das possibilidades de movimento, gerado a partir da imprevisibilidade das ligações que se vão estabelecendo com o outro. Marina Nabais partirá de algumas bases técnicas já conhecidas do contact-improvisation e serão abordados padrões de movimento específicos, serão exploradas as possibilidades de pontos de contacto e serão feitas improvisacões estruturadas, para chegar a uma linguagem singular, que será gerada durante este trabalho.

Nota biográfica de Marina Nabais:
As suas bases de contacto começam com os seus estudos na School For New Dance Development (SNDO) em Amsterdão, com Benno Voorham e Nancy Stark-Smith; em Portugal destaca a formação e colaboração em performances com Peter Michael Dietz, formação com Kurt Koegel, contacto como intérprete com Nigel Charnock. No ano de 2011, frequenta o Contactfestival Freiburg com Karen Nelson, entre outros.

Bem vindos ao deserto do real

Uma exploração da sensibilidade sonora, motivada, entre outras coisas, pela coleção de sons enviada para o espaço sideral a bordo das sondas Voyager 1 e 2. Ou, dito de outra forma, inspirado pela certeza de que até uma nave à deriva encontra o seu destino.

VOYAGER #1 (Performance)
Ana Guedes e Rodrigo Malvar
Teatro do Frio
Tabacaria | 10 de abril | terça | 22h | Entrada: €5 (preço único)

Sinopse
Os Tuning Forks (diapasões) são instrumentos em forma de garfo com 2 dentes que, através de um movimento de percussão, vibram uniformemente produzindo ondas sonoras de extrema precisão e pureza. A frequência Sonora emitida depende do comprimento dos dentes abrangendo toda a escala captada pelo ouvido humano. Voyager #1 é uma performance em que se tira partido das características acústicas dos diapasões conjugando-as com as potencialidades de reverberação de diferentes materiais numa criação artística que cruzará a linguagem musical, plástica e cénica.

Programação ABRIL-JUNHO 2012

Fez 18 anos este março que Manuel Guerra e Deolindo Pessoa, entre outros, fundaram O Teatrão. Nesta idade já não há muitas coisas a fazer pela primeira vez, mas a cada dia que passa lá tentamos inventar uma coisa nova. E de vez em quando lá calha uma estreia. Este trimestre é a prova disso. Algumas coisas parecem as mesmas mas não são. SHAKESPEARE PELAS BARBAS, em cena até ao fim de abril, é um espetáculo que todos os dias muda um pouco. A BIBLIOTECA RUSSA é refeita em versão ambulante. O URSO E A RAPOSA voltam mais velhos. OS AVÓS e CAHAHAHBARET DE VARIEDADES são estreias. Mas os projetos mais originais são os de música, incluindo uma performance do Teatro do Frio, VOYAGER #1. Isto, claro, apenas se excluirmos a grande novidade deste verão, a MOSTRA SÃO PALCO, no âmbito da qual virão a Coimbra alguns dos espetáculos mais importantes do chamado Movimento de Teatro de Grupo de São Paulo. Já sabem onde estamos.