Como transformar os portugueses em alemães?

OS IK (teatro)

Coordenação de Antonio Mercado
Terceiro ano do curso de Teatro e Educação da ESEC
Sala Grande | até 5 de fevereiro | 21h30 | domingo | 17h

Parece um título engraçado para uma receita. Mas será que é assim tão simples e positivo concretizá-la?

Ingredientes:
Mais meia hora de trabalho diário, corte de feriados, corte de subsídios, mais produção nacional, redução dos dias de férias, menos tempo para a família, menos tempo social.

Modo de preparação:
É aqui que reside a questão fundamental e foi este o nosso mote para o projeto que temos vindo a desenvolver. Mais uma vez, a Escola Superior de Educação de Coimbra e O Teatrão juntaram-se para discutir com o público questões que parecem urgentes nos dias de hoje. A partir do polémico livro «O Povo da Montanha - Sobreviver pela Crueldade», de Colin Turnbull, surgiu “Os Ik”, uma peça que nos leva a refletir sobre estas questões de identidade, da sua perda e da sua mudança. Os Ik são uma tribo africana, nómada caçadora recolectora, que viu o seu território ser reduzido, e se viu forçada a sedentarizar-se e transformar-se num povo agricultor. A partir desta transformação dos Ik fizemos um paralelismo com a transformação do nosso mundo nos dias de hoje. Até que ponto é que este novo sistema económico europeu, que parece ser vantajoso para a economia, acaba por ser vantajoso para a nossa identidade? E até que ponto é que estamos preparados para perder os valores que nos definem enquanto portugueses?

© Carlos Gomes

Macacos de rabo implantado

SABÃO MACACO (Música)
Ciclo Repicar Giacometti
Tabacaria | 7 de fevereiro | terça | 22h | 5 €

Por terem o rabo cortado, decidiram eletrificá-lo. Os Sabão Macaco criam a partir da tradição oral portuguesa e das metáforas do dia a dia, e juntam a guitarra elétrica e os samplers com o rabel, as flautas pastoris e a gaita de foles. Podiam ter nome mais fino, Sabonete Símio, Ape Soap, ou até Savon Macaque, mas estes vão (a cantar) lavar à fonte. Um grupo da safra de 2011, dedicado ao cruzamento do tradicional com o novo, seja na música seja nas letras. Música de e para todo o mundo.

Para ver e ouvir em A música portuguesa a gostar dela própria

Quem são Os Ik?

OS IK (teatro)

Terceiro ano do curso de Teatro e Educação da ESEC
Coordenação do projeto: Antonio Mercado
Sala Grande | 26 de janeiro a 5 de fevereiro | 21h30 | domingo | 17h | Maiores de 16 anos

Preço único de entrada: € 4

Os Ik, uma tribo do norte do Uganda, sempre foram nómadas desde os tempos mais remotos. Caçadores-recoletores, foram obrigados a abandonar o seu modo de vida e a tornarem-se agricultores, pelo Governo do Uganda, que transformou o território dos Ik num Parque Nacional para excursões e safaris. Aos Ik restou apenas uma área muito seca e montanhosa, imprópria para a agricultura. Esta transformação foi imposta aos Ik à força, de um momento para o outro. Passado alguns anos, Colin Turnbull, um antropólogo inglês, decidiu ir estudar as alterações sociais e económicas que ocorreram neste povo. Este espetáculo conta o que Turnbull viu.

(fotografia de ensaio de Carlos Gomes)

Vozes da Vida Real

BANDO À PARTE 2012/13 (formação)
Coordenação de Cláudia Pato de Carvalho

O segundo ciclo do Bando à Parte, com uma turma nova, inicia-se este mês. Durante os próximos dois anos, os alunos receberão formação nas áreas da música, dança e teatro, acompanharão as produções próprias d’ O Teatrão e assistirão aos vários espetáculos apresentados na OMT. Ao longo deste período mostrarão o seu trabalho, em exercícios regulares, abertos ao público, e no final realizarão um exercício de fim de curso. São 20 jovens, das seguintes zonas: Bairro Vale das Flores, Alto de São João, Bairro Fonte da Talha, Eiras, Ingote, Rosa, Pedrulha, Condeixa-a-Nova, Bairro Norton de Matos e Bairro António Sérgio.

Os formandos do primeiro ciclo, que apresentaram em outubro de 2011 o seu exercício de fim de curso, continuam n’ O Teatrão, e quem nos vier visitar vai encontrá-los nas várias atividades da OMT. Os mais velhos terão ainda um importante papel a desempenhar no acompanhamento dos que agora chegam.

O Projeto Bando à Parte dá formação artística a um grupo de adolescentes que normalmente não vai ver espetáculos nem tem aulas de música, dança ou teatro; mas também dá a oportunidade à equipa d’ O Teatrão de conhecer o olhar (e o escutar, e as vozes, e os gestos) desses jovens sobre o real e a arte.

O Ano do Fim do Mundo

2012 tem sido anunciado como o ano do fim do mundo, uns dizem que em dezembro, outros que a qualquer momento. Apesar disso, O Teatrão programou vários espetáculos de teatro, dança e música para a Oficina Municipal de Teatro, e uma série de atividades de formação e debate, começando no primeiro trimestre do ano. Se o mundo acabasse amanhã, o que faria hoje cada um de nós?

Em janeiro, apresentamos Os Ik, com coordenação de Antonio Mercado, a história de uma população nómada do Uganda cujo território foi transformado em Parque Nacional. Em fevereiro, António Fonseca estreia os cantos VIII e IX d’Os Lusíadas. Ainda nesse mês, o espetáculo de dança Hyper Nova Utopic Empire, de Pedro Rosa, mostra dois astronautas à deriva no espaço. Em março, volta A Naifa, a rodar um disco novo, e estreamos uma produção própria, Shakespeare pelas Barbas, com direção de Ricardo Correia, que cruza a fantasia do inglês com o imaginário pessoal dos nossos atores.

No primeiro semestre de 2012, aliás, daremos a conhecer a obra de Shakespeare de várias maneiras: nas Leituras Atravessadas, uma vez por mês; no espetáculo Shakespeare pelas Barbas, em março; e na Visita com Shakespeare ao Castelo, em julho, em Montemor-o-Velho. Já sabe onde estamos.

Let's Do It

Ursos com frio nos igloos fazem
Corajosos cangurus fazem
Façamos, amor também.
Coelhos só e tão só fazem
As seis renas do trenó fazem
Façamos, amor também.

de Let’s do it (let’s fall in love)

SINGLE SINGERS BAR (Música/Teatro)
Encenação de Dagoberto Feliz | com música de Cole Porter, Kander & Ebb, George & Ira Gershwin

Centro Cultural D. Dinis (Coimbra) | 10 de janeiro | terça-feira | 21h30
Sobral de Ceira | 21 de janeiro | sábado | 21h30

Um cabaré habitado por solitários profissionais que cantam para espantar os males. Os atores d’ O Teatrão jogam com o repertório musical norte-americano, de espetáculos como Chicago e Cabaret e de compositores como os irmãos Gershwin e Cole Porter.

Macbeth

LEITURAS ATRAVESSADAS (Ciclo de Leituras)
Tabacaria | Terça | 22h | Entrada Livre
MACBETH | 17 de janeiro

Uma das peças mais curtas de Shakespeare, Macbeth é também das mais impressionantes, pela violência das imagens que evoca e pela crueldade dos atos do protagonista. Até então um fiel membro da corte escocesa, Macbeth, confiante numa profecia sobrenatural e encorajado pela esposa, assassina o rei e toma o trono. Consciente da usurpação mas julgando-se protegido pelas profecias, o novo rei torna-se um ditador sanguinário, que suspeita de tudo e todos. Cada vez mais só, Macbeth acaba por ser derrotado de acordo com as profecias, cujo significado não compreendera totalmente.

No primeiro semestre de 2012, daremos a conhecer a obra de Shakespeare de várias maneiras: nas Leituras Atravessadas, uma vez por mês, leremos as peças mais emblemáticas; no espetáculo Shakespeare pelas Barbas, em março, apresentaremos uma fusão entre personagens shakespearianas e personagens atuais, inspiradas em pessoas reais; e na Visita com Shakespeare ao Castelo, em julho, em Montemor-o-Velho, com direção de Deolindo Pessoa, faremos uma colagem e adaptação ao espaço de cenas das principais peças do autor inglês.

Canções feitas de um dia para o outro

O ESPETÁCULO D’ONTEM (música)
Tabacaria | 12 de janeiro | Quinta | 22h

Dois parceiros de longa data apresentam as suas canções feitas de um dia para o outro, mas tratadas com cuidado, pela harpa ora majestosa, ora delicada, de Eduardo Raon (do duo Ela Não É Francesa Ele Não É Espanhol) e pela voz grave e aveludada de Joaquim de Brito.

Este novo duo toca músicas como “A Última Canção”, “Lovesongs’ Words Are Unique” e “Papel de Rebuçado” (escrita com Pedro da Silva Martins, dos Deolinda). Eduardo Raon (Bypass, Hipnótica, Ela Não É Francesa Ele Não É Espanhol) e Joaquim de Brito (Bypass, Melting Pot, SW) têm um currículo que vai da música erudita à world music, passando pelo rock e pela música improvisada.