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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Um destes dias

Pela segunda vez este ano, O Teatrão acolhe os Artistas Unidos, continuando assim a materializar a parceria celebrada entre ambas as companhias. "A 20 de Novembro" apresenta o ator João Pedro Mamede, que, sozinho no palco, expõe os mecanismos de humilhação que levaram um adolescente à vingança e ao suicídio e interroga a nossa responsabilidade.

A 20 de Novembro (Teatro)
De Lars Norén
Artistas Unidos / Cena Múltipla
31 de outubro e 1 de novembro | quinta e sexta | 21h30 | Preço: entre €4 e €10

Um aluno do ensino secundário apontou uma faca a três colegas e uma funcionária, em Massamá – escreve o Público. Havia uma folha A4 com um plano para matar sessenta pessoas – disse a Lusa. Foi a 15 de Outubro de 2013. Na mochila havia cinco very-light – escreve o jornal. Foi indiciado por terrorismo – disse a agência. A 20 de Novembro de 2006, na Alemanha, um massacre escolar empurrou Lars Norén a escrever uma peça a que chamou apenas “A 20 de Novembro” – tal a perplexidade perante o fatídico ato do rapaz que se suicidou depois de ferir trinta colegas, deixando para trás um diário online. Fossem outros os tempos, e um atentado suicida seria cometido em nome da causa republicana ou revolucionária. Mas nos tempos que correm, o suicida é mais vítima de bullying e videogames que outra coisa qualquer.

Dramaturgo, romancista e poeta sueco (Estocolmo, 1944), Lars Norén é um dos mais proeminentes dramaturgos contemporâneos. Encenador e director do Teatro de Gotemburgo, Norén escreveu a sua primeira peça aos 19 anos. A sua primeira publicação foi uma colecção de poemas, em 1963. Os seus textos são realistas e giram muitas vezes em torno de relações familiares e dos mais pobres e indefesos da sociedade. Em 1971, recebeu o prémio literário do jornal sueco Aftonbladet. A lista das suas peças é longa, com várias destas já representadas em Portugal, como Demónios (1997), Coragem para matar (1999), A noite é mãe do dia (2000), Categoria 3.1 (2001), O caos é vizinho de Deus (2001), Acto (2004), A ronda nocturna (2008), Do Amor (2011).

©Jorge Gonçalves

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O comércio do Amor

Em abril concretiza-se a segunda parte da permuta de espetáculos que O Teatrão e os Artistas Unidos acordaram para 2013. Em fevereiro, UM GRITO PARADO NO AR esteve no Teatro da Politécnica e agora é a vez de A ESTALAJADEIRA se apresentar na OMT.

Rodeada por figuras de todas as classes, desde nobres arruinados a novos-ricos em ascensão, passando por cavalheiros e um criado enamorado, Mirandolina, uma estalajadeira jovem, bonita e inteligente de Florença põe em prática um plano para nos fazer ver como se apaixonam os homens.

Nesta peça estreada em 1753, Goldoni volta a abordar a base fundamental do seu teatro, construindo uma complexa rede de relações sociais que as personagens tentam modificar de acordo com os seus interesses e sem nunca perder de vista a praça diária de uma sociedade onde tudo se compra e tudo se vende. Esta é uma das mais aplaudidas e representadas comédias de Goldoni, que aqui cria personagens de grande valor simbólico e que representam uma sociedade em franca degradação, sem capacidade de se renovar ou de apresentar alternativas.

A ESTALAJADEIRA (TEATRO)
de Carlo Goldoni
Artistas Unidos | Encenação de Jorge Silva Melo
Sala Grande | 12 e 13 de abril | sexta e sábado | 21h30 | M12 | Preço dos bilhetes: entre €4 e €10~


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Um Grito de Resistência, dentro e fora do teatro

Ao longo de 2013 levamos país afora UM GRITO PARADO NO AR, espetáculo que estreámos em outubro passado sob a direção de Antonio Mercado e que fez temporada na Oficina Municipal do Teatro até 5 de janeiro deste ano; desenhamos para este primeiro trimestre saídas a várias casas de companhias e estruturas com quem queremos continuar a desenvolver vínculos de trabalho e partilha. Os Artistas Unidos, companhia que já por várias vezes acolhemos em Coimbra, são uma delas.

O crítico João Carneiro descreve o GRITO como “um clássico do tempo da ditadura brasileira que parece escrito para o mês em que estamos” [Expresso, caderno Atual, 23 fev 2013]. Em sintonia com este espírito de resistência coletiva que a peça nutre e deparados com a circunstância de fazermos este espetáculo em Lisboa neste momento muito particular de resistência e contestação a nível nacional - que conhecerá um pico com a manifestação agendada para dia 2 de março - alterámos para três o número de apresentações deste espetáculo em Lisboa, suprimindo a sessão que estava agendada para as 16h00 de sábado. Assim, nos dias 28 de fevereiro, 1 e 2 de março, estaremos no Teatro da Politécnica com sessões diárias apenas às 21h00.


UM GRITO PARADO NO AR (TEATRO)
de Gianfrancesco Guarnieri | Direção de Antonio Mercado
LISBOA | Teatro da Politécnica (Artistas Unidos) | de 28 de fevereiro a 2 de março | quinta a sábado | 21h00
Informações e reservas: artistasunidos@artistasunidos.pt | 961960281



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Só brincamos com coisas sérias

NÃO SE BRINCA COM O AMOR (teatro)
de Alfred de Musset
Encenação de Jorge Silva Melo
Artistas Unidos
Sala Grande | 6 e 7 de outubro | Quinta e Sexta | 21h30

Os Artistas Unidos voltam à OMT com a estreia em Portugal de um dos «mais belos clássicos de sempre», interpretado por um elenco de jovens atores, com quem o encenador Jorge Silva Melo pretendia trabalhar, desde há alguns anos, a «invenção da juventude, essa melancólica inocência que para sempre ficou no romantismo de Musset.»

«Na produção de Rei Édipo no Teatro Nacional tornou-se clara a minha vontade em trabalhar com os atores mais novos que me foram aparecendo nestes anos de 2009/10 em espetáculos como ANA de José Maria Vieira Mendes, O PESO DAS RAZÕES de Nuno Júdice ou esse mesmo REI ÉDIPO. E lembrei-me da invenção da juventude, essa melancólica inocência que para sempre ficou no romantismo de Musset. Ninguém falou tão bem da palpitação do coração, da incerteza dos dias, da tragédia que é ser jovem e não saber o que fazer dos seus anseios. Esta será a estreia em Portugal de um dos mais belos clássicos de sempre, o dorido On ne Badine pas avec l’Amour. Numa produção quase sem cenário, com um elenco muito jovem, pronta para digressão. Como se voltássemos às récitas escolares...» – JORGE SILVA MELO

©Jorge Gonçalves

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um início de Novembro cheio de teatro!

A OMT entra em Novembro com muito teatro! Recebemos nos dias 3, 4 e 5 de Novembro, na Tabacaria, o espectáculo A Viagem, uma criação de Helena Freitas, Marta Filipe e Natália João Cardoso feita no âmbito de uma residência artística no grupo O Celeiro, de Pereira do Campo. A Viagem é uma comédia onde habitam três velhas. Aqui se fala da viagem delas. A viagem da sua vida e as viagens do seu imaginário. Juntas partilham o desejo de sair, de ir para outro lugar, a vitalidade que quer adiar a viagem final e as ironias do destino. A Viagem não pretende tratar a velhice, nem o que lhe é próprio mas colocar questões, tratar e falar sobre o tema do desejo de mudança e de tudo o que nos prende e restringe.
A Viagem abre as portas às 22h00 e a entrada custa apenas 4 euros.
(Foto de João Lobo)
No sábado, dia 7 de Novembro, pelas 21h30, a Sala Grande da OMT recebe em antestreia nacional os Artistas Unidos, com Ana, um texto de José Maria Vieira Mendes encenado por Jorge Silva Melo. Uma mulher, Ana, e um homem, Paulo, em casa, num dia de descanso. Ele, apesar de tudo, irrequieto, parece que assustado, não se saber ao certo com o quê. Ela resolve fazer um chá que o acalme, mas quando voltar a entrar encontrará já outro homem, um que vem de trás, de outro tempo. E o tempo, motor de Ana, continuará a baralhar à medida que formos avançando pelos três dias que fazem por estruturar uma narrativa que se estilhaça e abre. Para o final, uma mulher sozinha, chamando pelo seu próprio nome, à procura de alguém ao seu lado que justifique a existência. Ana conta com a interpretação de António Simão, Pedro Lacerda, Rita Brutt e Sylvie Rocha.
Os preços de entrada variam entre os 5 e os 10 euros.


(Foto de Jorge Gonçalves)