terça-feira, 24 de março de 2009

O Teatrão/OMT - Um novo espaço de Coimbra

É já amanhã que O Teatrão reabre a Oficina Municipal do Teatro. De 25 a 28 de Março, sempre às 21h30, abriremos as portas da Sala Grande com música e teatro. Abriremos também o novo café-teatro, agora baptizado de Tabacaria, e que tem uma nova imagem, criada pela Consigo Interiores.
Cabe a António Olaio e João Taborda a abertura das hostilidades, com um concerto (ou será uma performance?) que promete uma viagem musical bem diferente do que estamos habituados. No delírio conceptual das letras e o ecletismo despudorado das melodias, cada canção tem as potencialidades sugestivas de uma imagem. No universo musical de Olaio (músico e artista plástico) e Taborda (músico), nunca chegaremos a saber se estamos num sonho cor-de-rosa ou num daqueles pesadelos de que é difícil sair.
Segue-se, depois, não um super-grupo, mas uma reunião de velhos amigos... Victor Torpedo (Tédio Boys, Parkinsons), Kaló (Tédio Boys, Garbage Cats, Parkinsons, Bunnyranch) e P-Rocha (Garbage Cats, Ruby Ann and The Boppin' Boozers) estão agora todos reunidos e, juntamente com Tracy Vandal (ex-Karelia) e Boz Boorer (guitarrista e director musical de Morrissey), formam os Tiguana Bibles. Tiguana Bibles são pequenos livros de banda desenhada erótica que proliferaram nos EUA entre as décadas de 20 e 60 do século passado. O pico da popularidade destes "comics" aconteceu durante a Grande Depressão e o seu carácter obsceno e ao mesmo tempo machista/racista provocou a clandestinidade da sua comercialização e consequente enorme procura nos meios alternativos.
Em época de recessão mundial, os Tiguana Bibles procuram sair da clandestinidade e furar o espectro alternativo que sempre foi o "habitat" natural dos seus membros. Com o EP "Child Of The Moon", apresentam-nos cinco canções onde se destaca a belíssima voz de Tracy Vandal e que confirma finalmente Victor Torpedo como um óptimo compositor de canções pop.
Entre os dias 26 e 28, o Teatro da Palmilha Dentada oferece-nos Bucket, um divertidíssimo espectáculo onde, nas palavras de Jorge Louraço, "tendo como ponto de partida um objecto banal, para não dizer da loja de chinês, a equipa da Palmilha dedicou-se à pesquisa de variações em torno de um balde de modo a isolar uma teatralidade original, maior que a soma dos talentos e arte de cada um, e que exista para lá dos recursos técnicos e cenográficos e convenções em voga. (...) É um espectáculo em forma de desafio. A estética em movimento do Teatro da Palmilha Dentada cruza os universos mais eruditos com as linguagens mais populares, passando revista ao teatro da nação, (...) com subtileza e talento ímpares, e oferecendo uma saída para os espectadores que se pelam por teatro vivo."
Muitas razões, portanto, para passar pela OMT!

Sejam Bem-Vindos!

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