segunda-feira, 30 de março de 2009

"On the Road" na Tabacaria

No ano em que se comemoram os 50 anos da edição de On the Road, obra primordial da Beat Generation, Tó Trips (Dead Combo) na guitarra e Tiago Gomes, lendo excertos do livro de Jack Kerouac, apresentam uma performance que consiste numa banda sonora para aquele livro, acompanhada de um vídeo-beat de Raquel Castro.
Este espectáculo, que O Teatrão traz agora a Coimbra e à OMT, já foi apresentado na exposição Remembering Jack Kerouac, no espaço Av. da Liberdade 211, de onde partiu o convite para esta união em torno da Bíblia da Beat Generation, pela estrada fora, influência para viajantes de todos os tempos.
É de facto a viagem, uma estrada perdida e infinita para onde os dois performers e o vídeo remetem o espectador, para a route 66, América de todos os sonhos que aqui são todas as estradas do mundo: vias rápidas, estradas secundárias, deserto, cidades perdidas na noite e becos sem saída.

On the Road estará na Tabacaria no dia 2 de Abril, às 22h. Será igualmente nesta ocasião que Tiago Gomes lançará a sua Antologia de Poesia Auto-Ajuda.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Bucket


"Um balde divide o mundo. Havendo um balde, há o pé que está dentro e o que está fora. De pernas par ao ar é um banco. Com um pé dentro é um gag antigo. Empilhados, uma torre. Numa loja de cristais é um erro, na construção civil uma constante, se tiver um furo é inútil, se tiver muitos, dependurado num ramo de árvore, é um chuveiro. Há baldes que são dois, meio balde de detergente, meio balde de água limpa. Alguns têm tampo, outros têm rodas, quase todos têm asa. Transportam água, guardam o leite e um balde foi à lua e voltou cheio de pedras lunares. E se um dia nos faltarem? Um balde é também um bom ponto de partida para as histórias que se querem contar. "

Que melhor forma de comemorar o Teatro?

Dias 26, 27 e 28 de Março, às 21h30, na Sala Grande da OMT.
Espectáculo para maiores de 16 anos.
Preços entre os 4 e os 10 euros.

terça-feira, 24 de março de 2009

O Teatrão/OMT - Um novo espaço de Coimbra

É já amanhã que O Teatrão reabre a Oficina Municipal do Teatro. De 25 a 28 de Março, sempre às 21h30, abriremos as portas da Sala Grande com música e teatro. Abriremos também o novo café-teatro, agora baptizado de Tabacaria, e que tem uma nova imagem, criada pela Consigo Interiores.
Cabe a António Olaio e João Taborda a abertura das hostilidades, com um concerto (ou será uma performance?) que promete uma viagem musical bem diferente do que estamos habituados. No delírio conceptual das letras e o ecletismo despudorado das melodias, cada canção tem as potencialidades sugestivas de uma imagem. No universo musical de Olaio (músico e artista plástico) e Taborda (músico), nunca chegaremos a saber se estamos num sonho cor-de-rosa ou num daqueles pesadelos de que é difícil sair.
Segue-se, depois, não um super-grupo, mas uma reunião de velhos amigos... Victor Torpedo (Tédio Boys, Parkinsons), Kaló (Tédio Boys, Garbage Cats, Parkinsons, Bunnyranch) e P-Rocha (Garbage Cats, Ruby Ann and The Boppin' Boozers) estão agora todos reunidos e, juntamente com Tracy Vandal (ex-Karelia) e Boz Boorer (guitarrista e director musical de Morrissey), formam os Tiguana Bibles. Tiguana Bibles são pequenos livros de banda desenhada erótica que proliferaram nos EUA entre as décadas de 20 e 60 do século passado. O pico da popularidade destes "comics" aconteceu durante a Grande Depressão e o seu carácter obsceno e ao mesmo tempo machista/racista provocou a clandestinidade da sua comercialização e consequente enorme procura nos meios alternativos.
Em época de recessão mundial, os Tiguana Bibles procuram sair da clandestinidade e furar o espectro alternativo que sempre foi o "habitat" natural dos seus membros. Com o EP "Child Of The Moon", apresentam-nos cinco canções onde se destaca a belíssima voz de Tracy Vandal e que confirma finalmente Victor Torpedo como um óptimo compositor de canções pop.
Entre os dias 26 e 28, o Teatro da Palmilha Dentada oferece-nos Bucket, um divertidíssimo espectáculo onde, nas palavras de Jorge Louraço, "tendo como ponto de partida um objecto banal, para não dizer da loja de chinês, a equipa da Palmilha dedicou-se à pesquisa de variações em torno de um balde de modo a isolar uma teatralidade original, maior que a soma dos talentos e arte de cada um, e que exista para lá dos recursos técnicos e cenográficos e convenções em voga. (...) É um espectáculo em forma de desafio. A estética em movimento do Teatro da Palmilha Dentada cruza os universos mais eruditos com as linguagens mais populares, passando revista ao teatro da nação, (...) com subtileza e talento ímpares, e oferecendo uma saída para os espectadores que se pelam por teatro vivo."
Muitas razões, portanto, para passar pela OMT!

Sejam Bem-Vindos!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Bim Bom na OMT

A "Sala de Espera", as we know it, está a chegar ao fim... Depois de poesia, teatro, música folk, jazz, o café-teatro da OMT é invadido pelos sons quentes e apaixonantes da música popular brasileira dos anos 50. Caberá ao Bim Bom Duo, composto por Pedro Almeida (piano, voz) e Fernando Pires de Lima (guitarra), as honras de encerramento da programação da "Sala de Espera", no dia 19 de Março, pelas 22h. É, pois, com a belíssima música de autores que tão bem conhecemos e admiramos - Dorival Caymmi, Antonio Carlos Jobim, Newton Mendonça, Ary Barroso, Carlos Lyra, Vinicius de Moraes, Janet de Almeida, Haroldo Barroso, João Gilberto - que nos despedimos da "Sala de Espera". Na semana seguinte, a 25 de Março, iremos reabrir o café-teatro com uma nova decoração e, claro, toda uma nova programação para a OMT. Estejam atentos!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Cenas de Espera II

Seguindo o trabalho desenvolvido a partir das Cenas de Espera I e prosseguindo com o objectivo de utilizar esta Sala de Espera como laboratório de pesquisa, que permite novas experiências, novas temáticas e novas maneiras de nos relacionarmos com o público, surge agora Cenas de Espera II.

Partimos do lugar onde ficámos. As personagens continuam à espera, mas agora já não esperam pelo concreto do quotidiano. Suspendemos o tempo mostrando a sua própria interioridade enquanto esperam.