sexta-feira, 30 de maio de 2008

Extensão do FITEI em Coimbra: ORESTÉIA, o Canto do Bode - Folias d' Arte (São Paulo)


O Teatrão e a Câmara Municipal de Coimbra, no âmbito da extensão do FITEI - Festival de Teatro de Expressão Ibérica, realizado no Porto, apresentam em Coimbra o espectáculo Orestéia, o Canto do Bode, a partir da Oresteia de Ésquilo, com encenação de Marco Antonio Rodrigues, pela companhia Folias d' Arte de São Paulo. Assim, o espectáculo será apresentado nos dias 20 e 21 de Junho, pelas 21h30, no Teatro da Cerca de São Bernardo, junto ao Pátio da Inquisição.


ORESTÉIA, o Canto do Bode

O porquê de fazermos hoje a trilogia trágica grega escrita mais de 2500 anos atrás?

Bem, somos uma companhia de teatro que comemora dez anos de existência. Dez anos de um teatro latino-americano que tem em seu corpo mais de trinta integrantes é como completar oitenta anos de vida. E estes oitenta anos nos levam a procurar entender de onde viemos e para onde vamos. O resultado é que interpretando a nós mesmos, nos referimos aos teatreiros, corpo social a que pertencemos, cenografando o pais onde nascemos, na perspectiva do continente a que pertencemos.

A “Orestéia” de Ésquilo, é constituída das peças “Agamenon”, “Coéforas” e “Êumenides”. As três juntas tratam da formação do estado grego democrático como temos notícia, através da passagem da justiça de sangue, o famoso olho por olho, para a justiça de estado ou da civilização.

A história é simples: Agamenon, rei grego, para fazer a guerra aos troianos deve sacrificar sua filha Ifigênia, fazendo uma oferenda aos deuses para que eles permitam que os ventos soprem e conduzam seus navios em direção à Tróia. Dez anos depois, na volta do rei vitorioso na guerra de Tróia, sua mulher Clitemnestra o mata, ajudada pelo amante, Egisto, e instala a tirania.

A segunda peça, “Coéforas” narra a volta do filho de Agamenon e Clitemnestra, Orestes, à terra natal para vingar o pai, assassinando o casal que tomara o poder e assim libertando o povo.

Na terceira peça “Orestes” é perseguido pelas Fúrias, divindades encarregadas da punição dos crimes de sangue, até ser julgado por um tribunal instituído pela deusa Palas-Atena.

As três peças nos falam por paralelo e analogia, a respeito da constituição do continente latino-americano na contemporaneidade:

- é assim que aqui, a primeira delas tratará do populismo dos anos 50 e 60; a segunda das ditaduras dos anos 70 e 80; a terceira da redemocratização a partir das últimas décadas do século XX.

O fio que usamos para esta costura é o teatro e seus derivados (o rádio, o cinema, a televisão) e o papel que o artista teve e tem no imaginário do país nos últimos oitenta anos.

Divirta-se!

Folias d' Arte


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Espectáculo para maiores de 16 anos
20 e 21 de Junho às 21h30
Teatro da Cerca de São Bernardo - Pátio da Inquisição
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Bilhetes:
Normal _ 10€
Estudante _ 5€

Para este espectáculo não se aplica o habitual preço de grupo.

Informações e reservas: 239 714 013 _ 91 461 73 83 _ geral@teatrao.com

O CENDREV apresenta: Memórias de Branca Dias


No âmbito da parceria estabelecida entre O Teatrão e o CENDREV - Centro Dramático de Évora, a companhia alentejana apresenta nos dias 5,6 e 7 de Junho, pelas 21h30, no Museu dos Transportes, o espectáculo Memórias de Branca Dias, de Miguel Real com encenação de Filomena Oliveira.

MEMÓRIAS DE BRANCA DIAS
Adaptação dramatúrgica do romance de Miguel Real

Com uma existência entre a História e a Lenda, considerada uma das matriarcas do Pernambuco, Branca Dias é, no século XVI, no Brasil, símbolo do povo miúdo português no Novo Mundo, evidenciando o lado popular do heroísmo quotidiano, exultante e aziago, miscigenador e dizimador, generoso e rapace dos primeiros colonos portugueses no Brasil. É sábado. Está muito calor. Estamos em Olinda, no Pernambuco brasileiro do séc. XVI, em casa de Branca Dias, portuguesa cristã-nova de Viana da Foz do Lima. Denunciada pela própria mãe e pela irmã, é presa pela Inquisição em Lisboa, de onde parte clandestinamente com sete filhos, para o Pernambuco. Com Diogo Fernandes, seu marido, constrói Camaragibe, um dos primeiros engenhos de açúcar do Pernambuco, onde cria os seus onze filhos, e onde permanecerá dez anos depois da morte do marido como a primeira senhora de engenho do Brasil. Vende Camaragibe para se instalar em Olinda, onde se torna mestra de meninas, criando a primeira escola de costura e de cozinha. Entre as três orações do dia, Branca Dias recorda e revive os principais momentos e pessoas da sua vida.

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Espectáculo para maiores de 12 anos
5, 6 e 7 de Junho às 21h30
Museu dos Transportes
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Bilhetes:
Normal _ 8€
Estudante _ 5€
Grupo de 10 ou + pessoas _ 3€

Informações e reservas: 239 714 013 _ 91 461 73 83 _ geral@teatrao.com